Capítulo 6

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Baby, I am here.

•••

~ Timothée Chalamet ~
Perspectives

Nunca acreditei em controle. Ou em destino.
Sempre fui de viver o momento.
Sempre acreditei que, você tem o direito e a liberdade de escrever sua própria história.
Como quiser e da forma que quiser.
E tudo o que sempre defendi e vivi, está sendo
posto a prova com essa história de sonhos e...
Amor predestinado.

Recusei-me a aceitar, porque eu não quero relacionar-me com alguém por conta do destino,
e sim, porque eu quero e gosto da pessoa.

Apesar desta convicção, os sonhos...
Os malditos sonhos...
Zendaya insiste em atribuir toda esta situação ao filme que estrelamos, Duna.
Ela diz que eu entreguei-me ao personagem de tal forma, que parte dele, ainda está vagando dentro de mim.
Todavia,
Mesmo tendo similaridades, isto aqui,
é completamente diferente.

Quando eu fecho os olhos e adormeço, eu vejo ela.
A Mulher.
Deitada ao meu lado, sorrindo.
Com a luz da aurora atravessando a janela e a deixando, céus!
A deixando extremamente linda.
Eu sinto a pele de suas mãos tocando meu rosto.
O calor,
O cheiro do perfume.
Seus olhos vívidos, castanho médios, olhando-me, fazendo-me sentir como algo divino.
Uma arte sendo admirada.
Como ela tem este poder sobre mim?!

Eu sinto, em meus lábios, o seu beijo,
Doce, quente, apaixonado.
Como?! Como?!

Seus cabelos cacheados, balançando sobre o vento, enquanto ela corria, como aqueles cachos podem encantar-me desta forma?

Eu não sei...
Só sei que, merda!
Será que eu estou apaixonando-me?

Em meio ao meu vagar perdido nos meus próprios pensamentos, Pauline, desperta-me:

— Irmãozinho, você está tão distraído hoje! - Ri -
É a terceira vez que pergunto se quer pedir comida italiana, não estou afim de cozinhar hoje.
- Murmura -

— Lin, você nunca está afim, e você sabe muito bem que é óbvio que eu quero comida italiana! - Bufo -

Ela revira os olhos

— Eita, que humor homem! - Reclama -

Agora é a minha vez de revirar os olhos

— O que aconteceu para você ficar insuportável desse jeito? - Ela questiona enquanto pega algo na geladeira -

Rio com desprezo, seguidamente suspiro

— O que você faria se, sua filosofia de vida fosse confrontada? - Questiono, enquanto observo fixamente o gelo derreter, dentro do copo de vidro, na qual usei para beber água. -

— O quê, ou melhor quem, seria capaz de fazer você, mudar sua forma de viver?

Ela encara-me, e eu, levanto o olhar para ela.
Não digo nada, porque estou frustrado demais para responder. Porém em meio ao meu silêncio, ela desvenda-me:

— Mulher! - Responde alterada -

Levo um susto

— Você está assim por causa de uma mulher! - Ela afirma convicta -

— Do que está falando! Não tem nada a ver com...

Ela interrompe-me

— Só uma mulher pode fazer a gente repensar nossas filosofias. No caso, você. Eu gosto de homens. - Fala um tanto desajeitada -

Eu rio

— Saquei o que você quis dizer.
E... - Suspiro - suponhamos, não que seja, mas se, este fosse o caso, o que você faria?

Ela pensa por alguns instantes e responde:

— Sempre existe novas formas de se enxergar as coisas, ou até mesmo a vida. - Suspira pensativa -
Não acredito que isso seja um problema, talvez seja uma ótima oportunidade para se aprender mais, e para amadurecer também.

Minha expressão é de impressionado

— Nossa irmãzinha, você sabe como dar conselhos!
Deveria ser terapeuta, ou conselheira. - Rio -

Neste mesmo instante vêm um flash de lembrança:

" — Timothée. Você é um excelente ator. Não se intimide ou se limite. Você não apenas faz o seu trabalho, mas expressa a arte e profundidade que ele possui. Sua atuação é linda. Apenas se jogue e sinta, ok?

— Você é impressionante Rayssa. Conseguiu tirar um peso enorme que eu estava carregando. Eu me sinto até mais leve agora! Estou completamente confiante! Obrigado!

— Não há de quê. Estou aqui para ajudar.

— Se quiser, pode ser terapeuta, ou conselheira, você leva jeito! "

Meu coração acelera, sou tomado pela euforia.
Rayssa, este é o nome da mulher que está nos meus sonhos! Meus olhos atônitos, e minha boca inquieta despertam a preocupação da minha irmã.

— Tim, você está bem? Parece que viu um fantasma.

Eu a olho atordoado

— Agora eu sei o nome dela. - Respondo
sussurrando -

Ela olha-me confusa.

— O quê? - Questiona -

Ela nada sabia, sobre os sonhos que estão assombrando minhas noites nesses últimos tempos.
Ninguém sabia, além do Tom e da Daya.
Minha mãe é neurótica, ela faria uma tempestade se soubesse. E minha irmã, é tão preocupada quanto.
Apesar de seu ciúme por nossa mãe tratar-me como o queridinho da família.
Eu quero resolver isto, sem envolver minha família.
Os Chalamet são caóticos em certas questões.

— Estou bem sim. - Sorrio forçado - É só que, - Pigarreio - eu lembrei de algo. Aí, falei sem pensar. - Falo desinteressado, dando de ombros, na expectativa de que o assunto morresse ali. -

— Me admira saber que você pensa. - Ela diz rindo  -

Reviro os olhos

A comida chega,
para minha satisfação e alegria.
Então degustamos da mesma e
do vinho da adega de minha irmã.

•••

Estou em uma festa com meus possíveis futuros colegas de trabalho.
Estamos em fase de negociação.
Entretanto,
O projeto que foi proposto, despertou minha atenção.
"Bones and All"
Eu gosto de desafios.
E já estou familiarizado com o diretor
Luca Guadagnino...

Estou olhando para a festa, os convidados, o ambiente.
Quando olho para a entrada e vejo duas pessoas chegando.

Mas que...

— Aquela mulher que chegara, não é, A Mulher,
na qual eu tenho sonhado por todo esse tempo?

•••

Olá queridos leitores!
Espero que estejam gostando!
Estou aberta à melhorias e sugestões ✨
Se houver erros, me noticiem!

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