Capítulo 13

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Estamos condenados ao confronto, ao sentir, ao recordar, ao ressignificar.

•••

Estamos na etapa final da produção do filme Duna,
E eu estou muito satisfeita.
Denis, o diretor, descobrira o que eu tinha feito naquele fatídico, porém cômico dia com o figurino "importantíssimo", como Steve gosta de chamar. Tanto que chamou-me para conversar e disse que eu desempenhava meu papel com a excelência que ele sempre procurou ter, em seus trabalhos e direções...
Foi um grande momento para mim, finalmente meu trabalho estava sendo reconhecido.
E por alguém na qual eu me espelhava e admirava muito.
Por isto, uma festa não seria má ideia.
Apesar de não ser exatamente uma festa para comemorar nossa vitória triunfante sobre o tempo e a pressão midiática em que estávamos sob alvo de ataque.

— É um casamento. - Diz Timmy, enquanto olhava as roupas da arara, dentro daquela loja luxuosa.

— Exatamente por isso! Não vai ser estranho eu ir? Eu nem conheço ela Timmy! - Digo protestando, sentada no puf, tomando sorvete -

— Mas ela é minha amiga, e também parceira comercial do nosso projeto, seria indelicado não ir.
E você é a minha namorada.
Não tem problema nenhum você acompanhar-me.
Eu não quero ficar sozinho lá, sem você.
Um monte de casais na festa,
e minha namorada em casa?
Não faz sentido, e não é nada divertido.

—Ahn. - Esbravejo como uma criança mimada -
Tudo bem então! Mas saiba que só estou fazendo isso por você.

— Você é a melhor namorada do mundo.
- Pisca rapidamente, com um sorriso ridiculamente fofo em seu rosto -

Sorrio

— Quem vai estar nesta festa Timmy?
- Questiono, dando uma colherada no sorvete -

— Ah, vai o direito Denis, é claro.

Não parece tão claro para mim, mas enfim

— Também vai o Steve, o David Zaslav, o presidente da Warner Bros, e, eu. - Sorri -
Deve ter outros também, mas os que eu sei, são esses.

— Uau! - Exclamo surpresa - Sua amiga é beeem influente né?

— É. - Responde sem muita empolgação, focado, ainda procurando alguma roupa de seu gosto na arara -

Então recordo-me:

— Vai ser nossa primeira aparição em público como casal, Timothée! - Digo exclamando -

Ele olha-me com um sorriso tanto envergonhado quanto culpado.

— Então esse, era seu o plano, seu espertinho!
- Falo levantando e indo em sua direção -

— Às vezes sua inteligência me irrita. - Ele diz abraçando-me - Porque você tem que entender tudo tão rápido?

Rio

— A culpa é sua por gostar de mulheres inteligentes e observadoras.

Ele me dá um selinho

— Eu não me arrependo disso nenhum pouco.

Rio, olhando seus olhos verde-esmeralda.
E por uns instantes admiro seus traços do rosto, e o toco com carinho.

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