Capítulo 22

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O medo faz coisas estranhas com as pessoas,
mas não com você,
O medo te deixa mais forte.

•••

— Isso não vai funcionar. - Sussurro, balançando a cabeça em negação -

— É um bom plano Ray, apesar de complicado.
- Enfatiza Calebe -

— É arriscado de mais! - Afirmo -

— Mas você está aqui, não está? - Diz Calebe -

— Isso é um erro! - Sussurro nervosa -

— Segue o plano, o Delegado disse que estaria à postos, então é só fazermos a nossa parte. - Sussurra ansioso -

Reviro os olhos, fuzilando-o com o olhar.
Então me coloco na posição.

•••

— Senhorita Oliveira, que bom que chegou!
- Diz o autor da voz sinistra que aterrorizávamo-nos pelo celular -

Ele é alto, branco, está usando  um terno branco e um lenço vermelho, porém discreto, no bolso lateral-esquerdo de seu terno. Está calçando sapatos pretos de classe, cabelo loiro, porém ralo, com um sorriso que esbanjava simpatia, apesar dele ser um sociopata de merda.

— Claro que eu vim. - Digo com um sorriso forçado -
Só assim para eu saber se Timothée está a salvo.

Ele bebe o uísque daquele copo de vidro.
Com classe, encosta o quadril na mesa.

— Que bom, está com a maleta. - Sorri -

Um dos lacaios, vêm até minha posição, pegar a maleta da minha mão, sem muita gentileza.

— Devo confessar que estou muito impressionado por sua coragem... - Suspira -

O lacaio está conferindo, se o valor do dinheiro na maleta, está correto.

— Se disponibilizar para estar aqui, com uma quantia alta em dinheiro, com um galpão cheio de criminosos cruéis e insaciáveis... - Passa a língua pela boca, seguido de um sorriso -

Nojo

— Sabendo que pode muito bem morrer a qualquer momento, e tudo isso por causa de um namoradinho.  - Ele fala com uma voz estúpida a palavra "namoradinho". - É impressionante. - Sorri e suspira - e um tanto estúpido... Mas quem sou eu para julgar? - Ri -

Ele olha na direção do lacaio e o mesmo afirma com a cabeça que a quantia está certa.

— Já fiz a minha parte, cadê o Timothée? - Falo diretamente e impaciente -

— Calma mocinha. Precisamos esperar a transferência estar completa. - Suspira -
20 bilhões, é o valor que esta empresa fatura todos os anos, e um cara patético como Calebe Harrigan não deveria estar à frente dela.

Rio com desprezo, revirando os olhos e cruzando os braços

— E você com certeza seria a pessoa perfeita para comandar não é? - Ironizo -

Ele ri com meu comentário

— Eu sou apenas o mediador. O negociante.
Por favor não me odeie. - Levanta os braços -
É claro que receberei com generosidade a minha parte, mas não se engane, não sou eu que estou chefiando. Na verdade, preciso admitir o quanto eles são intrigantes juntos. E o quanto a raiva pode ser algo motivacional. É fascinante. - Ri impressionado -

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