Capítulo 13

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Eu apenas peço coragem, para nunca desistir, independente das dificuldades.

•••

Estamos no Central Park, sentados no banco do mesmo, observando a multidão de pessoas sentadas sobre a grama, algumas fazendo piquenique, outras brincando com seus filhos.
Eu enviara uma mensagem de texto para Timmy,
avisando que eu estaria lá, resolvendo-me com Oli.
E que, era para ele me encontrar lá,
logo depois que terminássemos a conversa.
Eu sei que não devo nenhum relatório da minha vida a ele mas, nós tínhamos acabado de nos reconciliar,
eu não quero brigar mais, não por outros mal entendidos.

— Pode começar. - Digo, ajustando minha postura -

— Bom, - Suspira hesitante, tocando as pontas dos dedos de uma mão na outra - eu nunca esqueci você. Nunca me perdoei por ter terminado contigo.

Suspiro, ouvindo atentamente.

— E quando nos reencontramos no escritório do meu irmão, pensei que fosse o destino.

Eu queria rir, mas não é o ideal.

— Mas depois de ouvir sua história e tudo o que aconteceu com você, eu compreendi o meu papel nisto tudo.
Mesmo eu desejando com todas as minhas forças, eu sei que você nunca será minha. - Suspira cabisbaixo - Eu já tive a minha chance, mas se eu soubesse naquela época que... - Pausa - Enfim...
Não importa o que está acontecendo, ou o que virá a acontecer, apenas, por favor, - Segura minhas mãos - deixe-me participar de sua vida.
É tudo o que eu peço. Não me afaste.
Deixe-me ajudar.
Eu serei o que você precisar que eu seja.

— Oli... - Suspiro tentando absorver o que eu acabara de escutar - Eu fico lisonjeada com tamanho carinho da sua parte, mas você não acha que está se humilhando demais implorando por minhas migalhas?
- Coloco a mão sobre ombro dele -
Você é um homem incrível, inteligente e um verdadeiro parceiro.
Você merece uma mulher que te ame de
forma inabalável.
E eu não posso te oferecer isso.

— Você não entende, não é Rayssa?
- Vira o rosto para mim - Estamos conectados.
E apesar de eu tentar me relacionar com outras mulheres, nunca deu certo.
Mesmo tendo tudo para dar.
Eu nunca entendi o porquê, mas agora eu sei o motivo. - Olha para as próprias mãos -

— O que quer dizer? - Questiono confusa -

O tom dele mudara, de uma forma que fez com eu sentisse uma tensão crescendo em meu estômago.

— Sim, - Suspira - nós somos personagens de um livro.
- Afirma, virando o rosto para minha direção
outra vez -
E eu estou condenado à seguir-te, até o fim da minha vida. - Suspira -

Mas que...

— Você não sabe, - Continua - mas eu estudei e pesquisei bastante seu caso, depois das informações que você me deu, e das que eu obtive, eu juntei as peças:

- Ele tira um papel um tanto amassado de seu bolso do sobretudo. -

— Tudo começa neste livro. - Aponta para o papel -
Ou melhor, termina.

— Olhos de Esmeralda? - Indago, olhando para o papel - Mas eu já li, você sabe disso.
E eu não vi nada de extraordinário além do fato de ter dados as respostas para as perguntas que a ciência não conseguira responder.

Olhos de Esmeralda Onde histórias criam vida. Descubra agora