August Rain (Magcon) S.M

Chapter 8

POV CALLIE

Essa semana não haveria aula, porém haveria um passeio que eu não estava nada afim de ir, mas era obrigatório e valia nota. Eu fui obrigada.

Parei na esquina esperando minha melhor amiga, logo vi a mesma se aproximar com sua mochila de costas e seu cabelo recém escovados voando contra o vento. April era linda e deixava qualquer garoto aos seus pés, mas a mesma só tinha uma pessoa na cabeça. Sam Pottorff. E as vezes eu me perguntava se ele também pensava nela, se falava da minha amiga para Kian ou outro amigo.

- Olá florzinha. Ela disse com sua animação rotineira.

- Olá April. Forcei um sorriso.

- Vamos para o colégio, não quero me atrasar.

Depois de 15 minutos ouvindo April tagarelar o caminho todo acabamos chegando na escola. Fomos direto para a fila do ônibus. Um casal entrou em nossa frente e eu e minha amiga subimos o ônibus.

- Não acredito que vim de vestido. Ela resmungou assim que sentamos.

- Você não tira isso do corpo, parece que se tirar nasce um no lugar! Ri e April me olhou feio.

- Vestidinhos são a última moda Lie, uma dama tem que estar adequada para qualquer lugar.

- Mas nós vamos ao um museu!

- Qual é Callie?! Não quer dizer que é um museu que nós precisamos ir como molambentas! Ri alto.- Você viu como a Charlie vai? Pura elegância.

Olhei disfarçadamente para a garota sentada ao lado de seu namorado jogador de futebol, a mesma tinha um rosto angelical e uma maquiagem suave, seus cabelos presos em um coque arrumado e ela vestia uma vestido rodado rosa de seda. Como April diz, pura elegância.

- O namorada dela é um brutamontes. Fiz careta assim que falei de Tyler.

- Com todo mundo, menos com ela.

Observei o mesmo olhar sorrindo para a namorada e beijar sua bochecha.

- Uma prova de amor. Disse

- Queria ter alguém que me olhasse assim como Tyler olha para Charlie. Minha amiga disse e eu assenti concordando.

A imagem de Shawn surgiu em minha mente me fazendo sorrir discretamente, seu olhar fazia minha mente flutuar e meus olhos se fecharem suaves.

- Pensa em quem?

- Shawn. Disse.

- Como ele está?

- Eu não sei ao certo, às vezes ele está bem, outras não. Disse sincera.- Eu não sei quantos dias ele ainda tem.

April mordeu o lábio.

- Eu sinto muito.

- Tudo bem. Sorri.

Todos sentem.

[...]

O dia foi rápido e eu tentei o máximo possível nas explicações do professor enquanto nós passávamos por alguma estátua ou pintura. Assim que chegamos na escola todos desceram correndo do ônibus, April como sempre calculista e lerda demorou uma hora para descer.

- Você é uma tartaruga, que merda!

- Não sou não, esqueceu que estou de vestido? Rolei os olhos.- Não faça essa cara, já disse que vestidinhos são...

- A última moda, já sei. Repeti o que ela tinha dito mais cedo.

April bufou e me arrastou para o caminho de volta para minha casa.

- Eu vou ver o Shawn.

- De novo? Você já viu ele esses dias.

- April, nós já conversamos.

- Tá bom, mas promete que vai sair comigo amanhã?

- Prometo. Disse e ela sorriu.

[...]

- Esse violão está uma merda! Shawn exclamou fazendo careta.

- Kian já me mostrou um desses, ele disse que é uma marca boa.

- E na verdade é, só que ele está velho. Ele disse e eu assenti.- Quem é Kian?

- Meu primo americano.

- Ah sim, ele mora com você?

- Sim, ele tem 19 é quase um irmão mais velho.

- Eu tenho uma irmã mais nova. Shawn sorriu.- O nome dela é Aaliyah.

- A quanto tempo você não a vê?

-Desde que eu tive a recaída... Comprimiu os lábios.- Eu sinto a falta dela.

- Você ainda irá vê-la, logo logo.

- E eu espero que sim. Seu sorriso brotou novamente em seus lábios.

- Acho que já sei o qual será meu desejo.

[...]

- Mas por que resolveu querer bolo de cenoura como último desejo? Perguntei a ele.

Shawn deu uma risada nasal e engoliu o que comia.

- Me lembra minha casa.

[...]

POV SHAWN

Não agüento mais o cheiro e a comida do hospital. Não agüento não poder sair como um adolescente normal, ou namorar com alguém que goste.

Beijar Callie foi meu pior erro, talvez se eu fizesse ao contrário ela nunca tinha voltado a me visitar. Eu amo Callie, e discordo da teoria que você só ama depois de quatro meses de convivência, eu amo Callie como se a conhecesse em longa data. Talvez se eu fizesse ao contrário, eu nunca tinha me apaixonado.

E me dói muito saber que seu primeiro filho não será meu também, dói saber que eu não acordarei e dormirei com ela ao meu lado, sem sentir seu cheiro até a hora que eu sentisse sono. O futuro de Callie não será comigo, eu não serei lembrado com ela.

Minhas musicas nunca fizeram tanto sentido, agora eu escrevo o que eu sinto não o que forma uma melodia. E como minha música dedicada a Callie diz: talvez eu seja uma criança.

Me sinto como se eu estivesse em um balanço me balançando tão alto para tenta chegar no céu. Mas também sinto que eu irei cair a qualquer momento, imprevisível e não premeditado. Só que agora eu tenho Callie tentando me levantar, e eu sei que eu irei decepcioná-la.

- Eu tenho que ir. Ela disse me encarando.

- Tudo bem.

- Prometo que volto amanhã. Sorri; Ela me abraçou.

Os abraços de Callie são apertados e demorados e eu gosto muito deles.

Beijei sua testa e a vi partir.

Toda vez que ela ia embora eu me sentava na minha cama e pedia para mim mesmo mais um dia.