Demorou até as crianças dormirem aquela noite. Todos estavam alvoroçados com as brincadeiras, e Cassian não ajudava. Estava ficando tarde, e não havia jeito. Até que Warner se agachou do lado de Serafina, sério, e falou algo com ela. A menina assentiu, parecendo frustrada por não poder mais brincar, mas obedeceu o pai, estendendo os braços pra ser carregada. Ele sorriu, apanhando-a no colo, e juntamente com Juliette foram dormir. Azriel aproveitou e deu o bote, apanhando Remo. Maddie já havia tombado a muito tempo, toda fofinha. Remo protestou: Azriel havia prometido que deixaria ele dormir com Greg, pros dois assistirem o filme que haviam programado.
Azriel: Você sabe que tem colégio amanhã. Vai terminar cansado. – Disse, severo, e Gwyn tocou o braço dele, intercedendo. Não gostava de falar duro com Remo.
Gwyn: Bebê, você não quer ficar comigo? – Perguntou, parada ao lado de Azriel.
Remo: Quero, mamãe, mas... – Ele suspirou, dividido. Mas era incapaz de dizer não a Gwyn. – Tudo bem. – Disse, derrotado. Gwyn olhou Azriel, com o coração partido, e ele suspirou, revirando os olhos.
Azriel: Remoh, você vai dormir assim que o filme acabar? – Perguntou, sério – Sem nenhuma brincadeira, comentário, nem nada? – O menino assentiu, solene – Eu vou lá checar. Se você não estiver dormindo, vai ficar de castigo sem vir na casa da sua avó por um mês. Entendidos?
Remo: Sim, papai. – Disse, solene, e Azriel suspirou de novo. Nunca tinha chances contra Remo e Gwyn. Essa, por sinal, apanhou o menino do colo dele.
Gwyn: Então durma direitinho. – Disse, dando um monte de beijos apertados nele – E sonhe com os anjos. – Completou. Azriel sorriu de canto. Greg apareceu na sala, avisando que o filme ia começar e Remo se foi. – Não faça essa cara. – Disse, abraçando Azriel.
Azriel: Vocês me fazem de gato e sapato. – Disse, desaforado, ela riu – E você ri?
Gwyn: Desculpe. – Disse, prendendo o riso – Olhe, como as outras frutas da próxima vez se você não ficar bravo comigo. – Prometeu, beijando os dedos. Azriel sorriu.
Azriel: Não estou bravo com você. – Disse, retribuindo o abraço dela – Nunca.Os dois ficaram na sala de estar conversando com os outros por mais algum tempo, e depois todos se recolheram. Ao passar no quarto de Greg, ele e Remo já haviam pego no sono, o filme passando na TV abandonado. Azriel desligou a televisão e as luzes enquanto Gwyn acomodava Remo e Greg na cama, e logo os dois saíram. Os dois tomaram banho separadamente, ela primeiro enquanto ele lidava com as malas e depois ele. Quando voltou, ela sorria consigo mesma, penteando os cabelos.
Azriel: Do que está rindo, senhora Hadria? – Perguntou, divertido, secando os cabelos.
Gwyn: Você trouxe uma cueca pra mim. – Disse, rindo em seguida. Vestia uma camiseta e cueca brancas. Ele olhou e riu também.
Azriel: Minha mulher só dorme de cueca. – Confidenciou, e Gwyn riu.Gwyn: Inteligente, ela. – Se gabou, fazendo charme, e ele riu, fascinado.
Espiar por maçanetas era ridículo. Sempre fora ridículo, em toda a história da humanidade, mas Ianthe não podia evitar. Ela precisava confirmar. A casa toda estava em silencio, todos dormiam (ou estavam ocupados), mas ao chegar à porta do quarto mais distante do resto da casa o riso alegre de Gwyn ressonava. Ela se inclinou, e a fechadura grega a deu uma boa visão.
Eles brincavam. Entre beijos e carinhos, brincavam. Azriel nunca brincava com ninguém, exceção a Remo, e ele ria junto com ela. Ele falou algo e ela se soltou dele, empurrando-o e correu, mas ele tropeçou com a mala e caiu de bunda no chão. Ela parou de correr, tapando o riso com as mãos, os olhos arregalados, e ele ergueu as sobrancelhas pra ela, largado no tapete.
Gwyn: Ai. Meu. Deus. – Disse, voltando até ele, que continuava no mesmo lugar – Você está bem?
Azriel: Não consigo levantar. Me ajude. – Disse, oferecendo a mão e ela, inocente, pegou.
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A Court Of Beginnings And Lies - Livro 2
Любовные романыQuando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existe duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das asas de uma borboleta pode desencadear um tufão...