A Court Of Beginnings And Lies - Livro 2

Capítulo 30

Azriel: Eu... – Era muita coisa pra administrar. Há um minuto atrás ele achava que ela estava em coma, então ela não estava e ela estava...- Eu não entendi.
– Disse, meio débil, se sentindo mentalmente exausto.
 
Rhysand: Ela está grávida. De um mês e meio, mais ou menos. – Confirmou. Após um instante vieram as comemorações, mas a preocupação de Azriel ainda resistia.
 
Azriel: Ela está bem? Está acordada? – Rhysand assentiu, sorrindo – Porque ela apagou daquele jeito?
 
Rhysand: Ela disse que sentiu umas dores de cabeça então apagou. Eu creio que a dor de cabeça tenha sido pela exposição à temperatura baixa demais. Ela passou 4 anos em um hospital, depois em temperaturas controladas, o frio daqui deu dor de cabeça, foi só. – Disse, dando de ombros.
 
Azriel: PERAE! – Gritou, tirando Cassian de suas costas, mas já sorria feito uma criança – E...?
 
Rhysand: Se você prestar atenção, todos os sinais estão aqui. Ela desmaiou no natal. Ela tem tido sono, fome... Ela até teve um enjôo ontem. Nós pensamos que fosse pelas lembranças, mas... – Ele deu de ombros de novo – Só faltam os hormônios pra completar o quadro.
 
Azriel: Não faltam. – Murmurou, ainda bobo, se lembrando do modo decidido como ela quisera sexo ontem a noite. Ele estranhara, mas...
 
Rhysand: O que mais eu posso dizer? – Perguntou, sorrindo abertamente – Além de parabéns, é claro?
 
Azriel: Jesus Cristo. – Disse, agora rindo, e tapou a boca.
 

Era como sair do inferno diretamente pra uma nuvem fofinha no céu. Azriel recebeu os parabéns sorrindo como um idiota, e logo após mandar buscarem Remo (que ainda sofria em casa), foi atrás de Gwyn. Ela estava em uma maca, olhando o chão e balançando os pés no ar. Vê-la acordada de novo foi um balsamo pra alma dele, que estava em frangalhos.

 
Azriel: Hey, baby. – Murmurou, apressando o passo e indo até ela, que o abraçou.
 
Gwyn: O que aconteceu? – Perguntou, preocupada ao ver a expressão cansada no rosto dele – Eu estava com Remo, minha cabeça doeu e... Bem, eu estava aqui. – Ela olhou em volta com uma careta.

Azriel: Dor de cabeça com o gelado. – Simplificou e ela assentiu, entendendo
– Você desmaiou, ai te trouxemos.
 
Gwyn: Vamos ter que voltar pra casa? – Perguntou, com uma carinha desapontada.
 
Azriel: Não, vamos ficar aqui com os outros. – Ela abriu um sorriso radiante – Baby... Precisamos conversar.
 
Gwyn: Ok. – Disse, puxando ele pra maca como se fosse o sofá de casa. Ele riu. A felicidade era tão grande que ele era capaz de ficar rindo atoa, sozinho.
 
Azriel: Lembra que você desmaiou no natal? E você falou que tava comendo feito uma porca, e você tava tendo mais sono... – Começou, e ela assentiu – E ontem você enjoou, e hoje desmaiou de novo...
 
Gwyn: Ok, eu acho que prefiro a pancada de vez. Eu vou morrer, é isso? – Perguntou, estudando ele. Azriel riu gostosamente.
 
Azriel: Não, sua boba. – Ele apanhou o rosto dela, selando os lábios – Olhe, dessa vez é bem diferente da outra porque na outra eu era um idiota, você era insuportável e deu tudo errado...
 
Gwyn: E você tá enrolando... – Disse, rindo dele.
 
Azriel: Ok. – Ele coçou o cabelo – Nós vamos ter um bebê. - Entregou, estudando a reação dela.
 

Gwyn primeiro piscou. Duas vezes. O encarou, pensativa, depois olhou o chão, como se estivesse avaliando. Ele esperou, dando o tempo dela.

Aquilo era absurdo, em geral eram as mulheres que davam a noticia da gravidez. No fim ela sorriu, olhando o chão, e ele viu a mão direita ela indo até a barriga sob o suéter, o diamante da aliança de noivado reluzindo no dedo.
 
Gwyn: Um bebê? – Azriel assentiu, sorrindo – Na minha barriga, como a Juliette? – Ele assentiu de novo – De nós dois?
 
Azriel: Como Remo. Ou uma garota. Só que dessa vez você está acordada. – Disse, maravilhado.
 
Gwyn: Vamos ter um bebê. – Repetiu, sorrindo consigo mesma – Vamos ter um bebê! – Anunciou, como se ele não tivesse acabado de lhe dar a noticia, e pulou no pescoço dele, abraçando-o. Ele riu, abraçando-a apertado, erguendo- a do chão.
 
Azriel: Cristo, como eu amo você. – Murmurou, o rosto afundado no pescoço dela. – Nunca me deixe, Gwyn. Me odeie até, mas me aguente. Desaprendi a viver sem você. – Admitiu, se permitindo suspirar. Vivera o inferno horas atrás, mas tudo perdia perspectiva quando ela estava nos braços dele assim.