No sábado a noite houve um jantar, pra comemorar a volta de Gwyn. Todos estavam avisados pra se atentar aos detalhes, inclusive Grace. Azriel chamara a mãe pra conversar e explicara que seu casamento ia mal, por isso Gwyn fugira pra New Jersey antes do acidente, e que o único modo dele não perder a mulher e o filho era se ela não se lembrasse. Ela não concordou a inicio, mas a aflição nos olhos do filho foi tão grande ao pedir aquilo que ela não teve como se negar.
Juliette e Feyre ajudaram Gwyn a se arrumar. Era uma ocasião social, então pedia um pouco mais de atenção. Juliette ajudou Gwyn a se maquiar, ensinando-a a passar lápis de olho, rimel, uma maquiagem bem levinha porém bonita, ressaltando os olhos e os lábios. Das opções que Feyre escolheu, Gwyn ficou com um vestido de seda vermelho vinho, fechado na frente porém com um decote nas costas. O cabelo foi arrumado, as ondas cheios de vida reunidos em um dos lados do ombro e sapatilhas pretas. Ao chegar na torre branca, Gwyn se deslumbrou com a visão da casa, e Azriel prometeu apresentá-la adequadamente mais tarde. Ela conhecia todos lá, se sentiu a vontade, exceto por...
Nestha: Gwyn, essa é Ianthe, nossa prima. – O sorriso de Gwyn morreu no rosto, enquanto ela segurava seu copo de suco de melancia.
Ianthe: Oi, Gwyn. – Cumprimentou, o olhar parecendo esconder algo, mas aparentemente simpática.
Gwyn: Oi, Ianthe. – Disse, neutra. Não era o normal de Gwyn. Fora calorosa com todo mundo agora.
Ianthe: Você se lembra de mim? – Perguntou, estranhando.
Gwyn: Não. – Admitiu, quieta. Juliette estava sentada atrás de Gwyn, parecendo uma sentinela, sem dizer nada.
Ianthe: Estranho. Você parece não gostar de mim. – Disse, parecendo se divertir com isso.
Gwyn: Você bateu no meu filho. – Disse, o rosto caindo pro lado. Juliette sorriu de canto – É claro que eu não gostei.
Ianthe: Oh. – Piscou, perante a hostilidade – Foi um acidente. Eu não fiz por querer. – Disse, imprimindo o máximo de sinceridade que conseguia na voz – Me desculpe.
Gwyn não sabia o que era falsidade, ou hipocrisia. Ela piscou, considerando, e não viu o sorriso debochado de Juliette, vestindo um prada preto, atrás de si.
Nestha, usando um tomara que caia roxo, observava, quieta. Era muito interessante de assistir.
Gwyn: Tudo bem. – Disse, por fim, e Juliette fez uma careta desgostosa – Mas não repita. Nunca mais. – Disse, severa – Ou eu vou ter que interferir. – Avisou. Juliette engasgou com o vinho.
Ianthe: Tudo bem. – Disse, ainda com o sorriso falso, estendendo a mão. Gwyn a cumprimentou, os olhos observadores.
Remo: Mamãe! – Chamou, entrando correndo na sala e Gwyn se virou, ignorando Ianthe olhando o menino que vinha rindo. Ele a alcançou e a abraçou pelas pernas, fazendo-a cambalear.
Gwyn: O que foi? – Perguntou, divertida.Remo: Ganhei! – Disse, satisfeito.
Serafina: Não foi justo! – Exclamou, emburrada. Serafina, agora com 6 anos, quase 7, lembrava muito Juliette – Você saiu primeiro!
Remo: Não ia ser justo se eu saísse ao mesmo tempo. Suas pernas são maiores. – Rebateu, esperto.
Juliette: Não briguem. Vem aqui, meu amor. – Chamou, e a menina veio, o cabelo liso balançando as costas e Juliette a abraçou, sentando-a em seu colo – O que vocês tinham apostado?
Serafina: Era pra eu chegar em você primeiro, mamãe. – Admitiu, derrotada. Remo alcançara Gwyn primeiro.
Juliette: Não fique assim. – Disse, dando um beijo estalado na menina – Como recompensa, vou te deixar comer o dobro de sorvete de sobremesa. – Sussurrou, cúmplice.
Serafina: O dobro? – Perguntou, animada. Juliette assentiu, sabendo que a menina não aguentaria nem comer sua porção, mas só de saber que podia comer o dobro a alegraria.
Nestha: Isso não é lá muito justo. Remo ganhou. – Disse, e Juliette e Serafina olharam, um olhar avaliativo, impressionantemente parecidos – Porque Serafina ganha um brinde?
Juliette: Porque ela é adorável. – Disse, dando de ombros e beijou a filha de novo. Remo olhou a mãe.
Remo: Posso comer o dobro também? – Perguntou, a cabeça tombada pra trás pra olhar Gwyn. Gwyn hesitou. Azriel era bem cuidadoso com a dieta do filho.
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A Court Of Beginnings And Lies - Livro 2
RomanceQuando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existe duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das asas de uma borboleta pode desencadear um tufão...