Gwyn e Azriel acordaram tarde no domingo. Ele acordou primeiro, passou um tempo olhando-a dormir, sem acreditar na sorte que tinha, e depois a acordou com beijos. Ela sorriu, preguiçosa, se esticando debaixo do lençol.
Azriel: Bom dia. – Murmurou, enchendo o rosto dela de beijos.Gwyn: Já? – Murmurou, com um biquinho, fazendo-o rir.
Azriel: Já passam das 10. Remo está nos esperando. – Lembrou. Ela abriu os olhos, sorrindo pra ele. Estava tão gostoso ali que momentaneamente ela esquecera o mundo lá.
Gwyn: Remo. – Disse, se sentando, abraçando o lençol. A saudade a apertou. Parecia ter se passado uma vida desde a ultima noite, quando ela se despedira do filho.
Gwyn saltou da cama, cambaleando pro banheiro, agora apressada e largando Azriel esquecido e abandonado na cama. Ele riu, deliciado, e se levantou indo atrás dela. Pouco mais de meia hora depois eles chegaram a Torre Branca, onde a família toda estava reunida. Remo apareceu, correndo, e se jogou no colo da mãe, soterrando-a com as novidades “recentes” dele. Gwyn ouviu tudo, com atenção, acariciando os cabelos dele, e logo Azriel se entrosou. Estavam preparando um churrasco na área da piscina, e o clima era agradável.
Azriel: Ainda amolando sua mãe com isso? – Perguntou, depois de algum depois, se sentando com os dois.
Gwyn: Ele não está amolando. – Ralhou.
Remo: ...E teve a partida de XBOX, não sou muito bom, e tio Cassian disse que vai trazer cds novos pra jogarmos hoje antes de dormir. – Emendou, sorridente.
Gwyn: Hoje a noite? – Perguntou, mordendo o lábio. Azriel a observava.
Remo: Sim! Ele mesmo vai ficar pra jogar com a gente, ele jura que é melhor. – Ele revirou os olhos.
Gwyn: Remo, nós precisamos ir pra casa. Você tem escola amanhã. – Lembrou.
A felicidade no rosto de Remo se apagou feito uma vela soprada. Gwyn observou, agoniada, o menino ficar tristonho. Precisava fazer alguma coisa, precisava fazer alguma coisa...
Gwyn: A não ser que a gente durma aqui. – Remo a olhou, esperançoso – E amanhã você vai pro colégio, nós ficamos aqui. – Disse, sorridente, então se virou pra Azriel, parecendo hesitante. Ele prendia o sorriso. – Podemos dormir aqui?
Azriel: Hum... – Remo e Gwyn olhavam ansiosos, os olhos azuis idênticos e inocentes esperando. Era meio engraçado. – Aqui. – Ele apontou a bochecha com um dedo e ela riu, atacando-o com um monte de beijos. Remo bateu palmas, vitorioso – Vou em casa buscar roupas. Pra nós três. Amanhã Remo vai pro colégio, você vai pra terapia e eu vou pro trabalho. Está bom assim?
Gwyn: Tá ótimo, ta lindo, ta maravilhoso! – Exclamou, enchendo-o de beijos por todo o rosto – Você vai demorar? – Perguntou, parecendo agora frustrada.
Azriel: Volto em um piscar de olhos. – Garantiu.
Azriel saiu imediatamente. Gwyn o levou até o carro, beijando-o antes que ele fosse, e ele partiu. Ela ficou na escadaria, sentada no degrau de cima, se sentindo meio vazia, observando ele sumir pelo portão.
Grace: Está tudo bem, querida? – Perguntou, se sentado ao lado dela e Gwyn olhou, toda bonitinha em um vestido leve, azul marinho.
Gwyn: Sim, eu só... – Ela olhou a porta por onde Azriel saíra... Não tinha como explicar. – Eu me sinto meio triste quando ele vai embora. – Admitiu. Grace sorriu.
Grace: Você não se lembra de nada, não é? – Perguntou, observando-a, e Gwyn assentiu – O casamento de vocês tinha alguns problemas... – Interrompida.
Gwyn: Não, por favor. – Pediu, quietinha – Azriel fica triste quando eu tento me lembrar das coisas. Ele tem medo que eu lembre e odeie ele. Não quero que ele fique triste.
Grace: Eu só queria entender... Você não o conhecia, e mesmo assim se apegou justamente a ele. Por que? – Perguntou, simples.
Gwyn: Bem, eu acordei e não havia nada. – Se lembrou. – Era escuro, não havia tato, quase não havia som... Não havia nada. Aos poucos as coisas foram voltando, e ele apareceu, foi quando Rhys percebeu que eu estava sem memória.
Grace: E então? – Incentivou.
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A Court Of Beginnings And Lies - Livro 2
عاطفيةQuando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existe duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das asas de uma borboleta pode desencadear um tufão...