Capítulo 14

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E hoje em diaComo é que se diz:“Eu te amo?”

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E hoje em dia
Como é que se diz:
“Eu te amo?”

Legião Urbana, Como é que se diz Eu te amo

      Sinto como se minhas estruturas estivessem fracas ao despertar. Mas um sorriso surge em meu rosto quando vejo que os olhos de Odin estão direcionados aos meus, com um meio sorriso malicioso brincando em seu rosto.

      A mão dele se projeta sutilmente em minha direção, tocando meu rosto, pondo uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Esse toque tão delicado faz um calorzinho gostoso se espalhar pelo meu corpo e os pêlos dos meus braços se arrepiarem. Como é possível a gente sentir calor e arrepio ao mesmo tempo?

      Me mantenho imóvel, só curtindo a carícia do meu namorado, que desliza seus dedos pelo meu pescoço, clavícula e toca um dos meus seios nus. Ao sentir seus dedos tocarem meu mamilo, sinto-o ficar duro.

      — Bom dia — ele diz.

      — Bom dia — respondo.

      O semblante dele é o de um garoto travesso pronto para transpor seus limites com uma garota. Confesso que quero muito isso. Ah, como eu quero! Se eu fôsse um pouco mais inconsequente e não ligasse para compromissos que exigem de mim muita dedicação, eu podia ficar a manhã inteira com ele.

      Os olhos dele fazem um escaneamento completo do meu corpo em perfeita sincronia com suas mãos, que descem e tocam minha intimidade. Parece há um braseiro nessa parte, e que se eu não me controlar, vou me perder de mim e ficar louca.

      — Não tem coisa melhor do que acordar e te ver assim, tão perfeita, como você foi criada — ao dizer isso, Odin aproxima seu rosto do meu. Meus olhos se fecham, minha respiração se acelera um pouco. Os lábios dele encontram os meus.

      Dormimos sem nenhum lençol sobre nossos corpos nus. Foi uma noite incrível, como são todas as noites em que transamos. Às vezes dizemos palavrões, palavras de baixo calão. Noutras vezes nos limitamos a apenas fazer amor, sem dizer nada. É nosso jeito, e gostamos assim.

      A verdade é que nunca cansamos um do outro. Nunca me canso de dizer e ouvir as mesmas frases ousadas, nunca me canso de sentir a textura dos dedos dele tocando meu corpo.

      Meu sorriso se transmuta de alegre para malicioso assim que nossos lábios desfazem o contato. Meus olhos se cruzam com os dele e consigo ver um pouco de cansaço e preguiça, com uma pequena insinuação de desejo e um convite pra eu fique.

      Correspondo ao contato dos seus dedos no meu sexo com uma carícia demorada em seu rosto.

      — Também adoro te ver assim — direciono meus olhos para seus músculos oblíquos. Para seu sexo. — Uau! — mordo os lábios.

      Antes que eu perca o controle dos meus instintos, desvio meu rosto dos olhos de Odin e me levanto de um jeito impulsivo, andando nua até a janela aberta. Me espreguiço, olho para o céu púrpura que aos poucos ganha tons claros, com algumas poucas estrelas que se apagam uma a uma e que logo vão se apagar.

Princesa de CristalWhere stories live. Discover now