Masmorra da Liberdade | Taeyoonseok

|Capítulo onze|

Taehyung se sentia bem, repassava em sua memória o dia que passou com seus Dom's, tinha um misto de comoção e excitação em seu interior. Os beijos e os toques, o encaixe perfeito de seus corpos.

Aquele espaço era dele.

O sentimento que fluía em seu âmago agora era abraçado com ferocidade, desbravando seu coração sem o mínimo de cautela e ele estava despreocupado quanto a isso.

O moreno se sentiu acolhido e desejado, foi escutado e compreendido sem a necessidade de pedir por aceitação.

Taehyung conversava com Jimin, de um jeito que o loiro esperou anos para rever. Tae não estava triste e nem com uma feição cansada, não dava sorrisos falsos e nem respondia no automático... Kim Taehyung era apenas o Kim Taehyung. Nu e cru em sua forma harmoniosa.

Park se surpreendeu quando o amigo o abordou animado, realmente animado. Ele não esperava que Taehyung renasceria em tão pouco tempo, no fundo o loiro sempre achou que ele seria aquele que salvaria Taehy da escuridão de sua vida, e quando falhou, temeu que o moreno se perdesse ainda mais. Jimin agradeceria Hoseok e Yoongi até a morte, mesmo sem entender exatamente o que acontecia entre os três, o resultado era o que importava.

E o resultado se mostrou altruísta.

Ficou emocionado ao ver aquele sorriso frouxo outra vez.

— Minie, você está me escutando? — Taehyung perguntou ao ver que o amigo parecia viajar em suas palavras, sem realmente prestar atenção.

— Sinceramente Tae, parei de ouvir há alguns minutos. — O loiro respondeu, tentando disfarçar os olhos lacrimejados com uma risada desengonçada.

— Eu vou repetir mais uma vez então, vamos ao Night Pleasure sábado, Hobi e Yoon me convidaram, vai ser a primeira vez que vamos nos encontrar comigo sendo o Submisso deles. — Taehyung falava com orgulho estampado em seu olhar. — Tomara que seja como andar de bicicleta, uma vez que se aprende, nunca se esquece.

— Acredita em mim, é como andar de bicicleta. — Os amigos gargalharam com a metáfora, mas no fundo sabiam que a ansiedade era válida.

Taehyung parou para pensar... Desde aquele dia, ele já tinha entregado o controle nas mãos dos mais velhos, ele era deles e a confiança era complacente.

— Eu vou andar muito naquelas bicicletas então... — Tae colocou um sorriso ladino nos lábios. Não seria difícil para ele seguir o casal, aparentemente, ele já esbravejava obediência aos seus mestres, se colocaria de joelhos sem pensar duas vezes apenas para recebe-los de bom grado.

— Puta merda Taehyung, seja lá o que você está pensando, para. Nós estamos em público e sua cara de safado não é nada discreta.

— Me deixa em paz, eu tenho dois gostosos para chamar de meu, é difícil controlar os pensamentos. — O moreno se justificou.

— Com dois anos na seca, deve ser difícil mesmo...

Ao terminar a frase, o loiro teve que se desviar de um tapa e riu alto chamando atenção de todos ao redor. Taehyung foi para cima do amigo apenas para tentar pará-lo e acabou tendo que segura-lo quando ele tropeçou nos próprios pés — parado — fazendo com que ambos caíssem no chão. No meio a bagunça, Jimin olhou para Tae e escutou a melodia de seu riso, o som mais belo. Como ele tinha sentido falta...

Taehyung mostrou uma felicidade espontânea.

Park se levantou e trouxe o amigo consigo, o puxou para um canto mais discreto e o abraçou forte e protetor.

— Eu estou feliz. — Jimin falou, já não segurando mais as lágrimas.

— Ei... Minie, está tudo bem?