𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶

𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:01

- 𝙿𝚛𝚎𝚜𝚎𝚗𝚝𝚊𝚝𝚒𝚘𝚗 -

Meu nome é Hemmy Flyer, tenho 24 anos e moro em São Paulo com meus pais e meu irmão mais velho, Gabriel. Nossa família tem uma vida bem estável.

Trabalho como garçonete em um restaurante próximo, não por necessidade, mas porque gosto de ter meu próprio dinheiro. Assim que as férias acabarem, começarei o último semestre da faculdade de medicina veterinária.

Aqui em casa, todos somos são-paulinos fanáticos e, sempre que possível, vamos aos jogos, já que moramos bem perto do Morumbi. Eu tenho uma vantagem: minha janela oferece uma vista privilegiada do estádio.

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— Bom dia — dei um beijo na bochecha dos meus pais.

— Bom dia — meu pai respondeu, sem tirar os olhos do celular.

— Cadê o Gabriel? — perguntei, me sentando.

— Já foi trabalhar — minha mãe respondeu.

— Ele saiu mais cedo? — perguntei, surpresa.

— Não, meu anjo. Já são 9:00 da manhã — ela respondeu, sorrindo.

— O quê? — olhei rapidamente para o relógio.

— Estou muito atrasada! — levantei apressada e corri para o meu quarto.

Peguei minha mochila, me despedi deles e saí correndo para o trabalho. Tenho uma moto, mas como o restaurante é perto, prefiro ir caminhando. Passei pelo estádio e, como sempre, dei uma olhada rápida antes de lembrar que estava atrasada e apressar o passo.

[...]

— Olha a hora, Hemmy — Carlos, meu chefe, comentou.

— Juro que não vai se repetir — respondi rapidamente, enquanto colocava o avental.

— Sem problemas, está desculpada — ele disse, indo para sua sala.

— Amiga, achei que você ia ser demitida hoje — Natália comentou, me entregando a vassoura.

— Eu também — respondi, rindo de leve.

— Mais tarde —

Já eram 15:00, hora de ir embora. Coloquei a mochila nas costas e, quando estava prestes a sair, vi meu irmão entrando no restaurante.

— Oi — Gabriel disse, dando um beijo no topo da minha cabeça.

— Oi, saiu mais cedo hoje? — perguntei, abraçando-o.

— Sim, resolvi te acompanhar até em casa — ele bagunçou meu cabelo.

— Entendi, estava mesmo saindo agora — respondi, indo até Natália.

— Tchau, até amanhã — abracei-a.

— Tchau, até — ela respondeu, sorrindo. Saí abraçada com meu irmão.

— Em casa —

— Oi — cumprimentei assim que entrei.