𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:13

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Voltei ao trabalho e o resto do dia foi tranquilo. Quando terminei, fui para casa, tomei um banho rápido, peguei minha moto e segui para a faculdade.

[...]

— Hemmy, posso falar com você? — meu professor me chamou.

— Claro — respondi, levantando-me e o acompanhando para fora da sala.

[...]

— Queria saber se você está com alguma dúvida nas aulas — ele perguntou, com uma expressão neutra.

— Acho que não... — respondi, estranhando o tom.

— Entendi — ele disse, fazendo uma pausa. — Você acharia estranho se eu te chamasse pra sair? — ele soltou, de repente.

— Sim, eu acharia estranho — respondi, desconfortável.

— Não vejo por que, nossa diferença de idade é mínima — ele insistiu.

— Acho melhor não misturarmos as coisas — encerrei o assunto, voltando para a sala sem esperar resposta. Que conversa mais estranha...

Recebi uma mensagem do Calleri. Ele pediu para nos encontrarmos na praça onde estivemos da última vez. Após a aula, peguei minha moto e fui direto para lá. Quando cheguei, ele já estava sentado no mesmo banco daquele dia.

— Oi — disse, tirando o capacete.

— Oi, eu precisava te ver — ele disse, me dando um selinho.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei, preocupada.

— Não, nada de importante. Só não conseguia parar de pensar em você hoje — ele disse, me dando mais um selinho.

— Em mim? — perguntei, surpresa.

— Sim, desde ontem você tem estado meio diferente comigo. E eu sei que é porque você quer algo mais sério — ele comentou, com sensibilidade.

— Você me entende, né? — perguntei, buscando confirmação.

— Claro que sim. Deixa eu te explicar o meu lado — ele começou a falar, explicando seus receios, incluindo o fato de que as torcedoras poderiam começar a me odiar, o que me convenceu a manter nosso relacionamento em segredo por enquanto.

— Aconteceu algo interessante com você hoje? — ele perguntou, tentando mudar de assunto.

— Na verdade, aconteceu algo bem bizarro. Meu professor me convidou para sair — contei, sentindo um arrepio de nojo.

— Que cara abusado — ele disse, com uma expressão de desagrado.

— Ele sempre me olhava de um jeito estranho, mas eu nunca pensei que tivesse segundas intenções — comentei, desconfortável.

— Se você tiver qualquer problema com ele, me avisa — ele disse sério, com firmeza.

— Pode deixar — assegurei.

Sentamos ali, trocando beijos e conversando sobre o dia, quando algumas torcedoras começaram a gritar de longe. Assim que percebi, coloquei o capacete e me afastei rapidamente. Fui para a moto e saí sem me despedir. Chegando em casa, encontrei minha família.

— Oi, gente — falei, entrando.

— Carla, quanto tempo! — disse, abraçando-a.

— Sim, faz um tempão mesmo — ela respondeu.

— Se resolveram? — perguntei, provocando.

— Hemmy — minha mãe chamou minha atenção.

— O que foi? — perguntei, confusa.

𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora