𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:101

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Saí do carro e me aproximei da mulher que estava no veículo da frente.

— Me desculpe — disse, pela janela.

— Você deveria prestar mais atenção no trânsito — ela respondeu.

— Você está bem? — perguntei.

— Estou sim, e você? — ela retrucou.

— Eu e meu filho estamos bem — garanti.

— Vou acionar meu seguro — avisei, pegando meu celular.

— Um tempo depois —

Após resolver tudo sobre a batida, entrei no carro e dirigi rapidamente até o estádio. O acidente não foi tão sério; havia apenas um amassado na frente do meu carro. Cheguei ao estádio e fui até o camarote com Pedro. Olhei para o telão e vi que a equipe adversária já estava ganhando por 0 a 1. Quando o intervalo chegou, decidi ir até o gramado. Assim que Jonathan me viu, correu em minha direção e me abraçou.

— Como você está? — ele perguntou, preocupado.

— Estou bem, não foi nada sério — respondi, oferecendo um leve sorriso.

— E você? — Jonathan indagou, pegando Pedro no colo.

— Estou bem. A mamãe que é muito distraída e não olhou para frente — respondeu Pedro.

— O que aconteceu nesse primeiro tempo? — perguntei.

— Eu não consegui me concentrar no jogo. Com certeza vou levar uma bronca assim que descer para o vestiário — Jonathan admitiu.

— Vocês vão virar, eu confio no meu time — disse, dando um beijo na bochecha dele.

— Eu te amo — Jonathan disse, antes de se afastar e descer para o vestiário.

O segundo tempo começou e a bola rolou. O jogo estava morno, até que Luciano fez um passe preciso para Galoppo, que empatou a partida. Eles comemoraram muito, e o jogo seguiu. Nos acréscimos, Calleri fez uma bela jogada e deixou Luciano cara a cara com o gol, passando a bola para ele finalizar com precisão. O juiz apitou o fim do jogo e, por mais absurdo que pareça, o time adversário começou a criar confusão, reclamando de uma falta no último lance.

A situação piorou e os jogadores começaram a se empurrar, levando a polícia a entrar em campo. Após alguns minutos de discussão, os meninos finalmente ergueram a taça. Depois de muita comemoração, um dos membros da comissão me chamou para ir até o campo.

Fiquei confusa, mas fui. Um funcionário se ofereceu para ficar com Pedro no banco enquanto eu ia sozinha. Fui recebida por Jonathan com um abraço apertado e um beijo. Uma roda de jogadores começou a se formar ao nosso redor e, em um momento inesperado, ele se ajoelhou na minha frente.

— Você quer casar comigo? — ele perguntou, abrindo uma caixinha.

— Sim, sim! — exclamei, animada, com um sorriso enorme no rosto.

Ele me abraçou e me encheu de selinhos, enquanto os jogadores começaram a bater palmas e o estádio explodia em gritos. Para minha surpresa, Pedro apareceu caminhando em nossa direção, segurando um buquê de flores. Nessa altura, eu já estava em lágrimas. Peguei o buquê e dei um beijo no rosto do Pedro, que correu em direção ao padrinho.

— Está na hora de oficializar isso, né? — Jonathan sussurrou, me abraçando novamente.

— Sim, quero passar o resto da minha vida com você — respondi, dando um selinho nele.

— Eu te amo, você é a mulher da minha vida — ele declarou, deixando um beijo carinhoso no topo da minha cabeça.

𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora