𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:87

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Estávamos saindo do estádio quando encontramos Kauan no caminho.

— Hemmy — ele me chamou.

— Ela não está a fim de conversar, cara. Com licença — Jonathan respondeu, afastando-se.

— Vamos conversar, por favor — Kauan disse, ignorando Jonathan.

— Olha, minha paciência já se esgotou. Se você não parar de encher, vou quebrar sua cara — Jonathan ameaçou.

— Você já perdeu o respeito há muito tempo, e não se esqueça de que eu te vejo todos os dias nos treinos — ele acrescentou, em tom ameaçador.

— Eu preciso falar com ela; não se mete — Kauan insistiu.

— Não temos nada para conversar — eu disse.

— Você sai e não me deixa me defender — Kauan retrucou.

— Espero não voltar a te ver — respondi, puxando Jonathan para sair.

Chegamos ao estacionamento e entramos no meu carro. Jonathan decidiu não voltar para o CT de ônibus com o restante da delegação.

— Alguns minutos depois —

Já estávamos há um tempo esperando o resultado, nervosos como da primeira vez. Logo, o médico nos chamou, e fomos até a sala dele.

— E então? — perguntei, ansiosa.

— Você me disse que fez o teste de farmácia, não é? — o médico indagou.

— Sim, deu positivo — respondi.

— Então parece que tivemos um falso positivo; no exame de sangue deu negativo — o médico explicou, e um sorriso aliviado apareceu no meu rosto.

— Você tem certeza? — Jonathan perguntou, apreensivo.

— Tenho sim, o exame de sangue não falha. Já os testes de farmácia têm margem de erro, principalmente por defeito, validade, etc. — o médico completou.

— Que maravilha! Muito obrigada — eu disse, extremamente feliz.

— Muito obrigado, doutor — Jonathan sorriu e apertou a mão dele.

Saímos do hospital e caminhamos até meu carro. Abracei Jonathan o mais forte que pude.

— Eu te amo. Não quero me afastar de você nunca mais — declarei.

— Eu também te amo. Agora vamos fazer dar certo — ele respondeu, me beijando.

— Será que agora eu posso dizer que te avisei? — Jonathan brincou.

— Meu amor, você pode dizer o que quiser. Nada vai tirar esse sorriso do meu rosto — respondi, radiante.

— Vamos buscar nosso filho. Será que devemos contar que não é dessa vez que ele vai ganhar um irmãozinho? — perguntei.

— Se ele quiser, podemos realizar esse desejo para ele, né? — ele disse, sorrindo maliciosamente.

— Não sorri desse jeito que eu fico tentada a aceitar — ri.

[...]

— Desculpa a demora, Lo — disse, percebendo que já se passavam quase duas horas desde que o jogo havia terminado.

— Imagina — ela respondeu.

— Vim buscar o Pedro — avisei.

— Ah, sim — ela disse, abrindo espaço para entrarmos.

— Cadê o Luciano? — Jonathan perguntou.

— Está lá no pula-pula com as crianças — Lorena respondeu, rindo.

— Eu vou lá — Jonathan disse, também rindo, e foi para a área externa.

— A gente precisa conversar — falei com Lorena.

Atualizei Lorena sobre tudo o que estava acontecendo, e ela parecia cada vez mais chocada a cada frase que eu dizia.

— Amiga, que desilusão — Lorena comentou.

— Assim foi melhor; agora voltei com o Jonathan e vamos fazer dar certo — respondi, sorrindo.

— Vocês foram feitos um para o outro, não tem jeito — ela disse.

— O nosso destino é ficarmos juntos, apesar de tudo — concordei.

— Seus olhos estão até brilhando; eu não via você assim desde que ele foi embora — Lorena observou.

— Quando ele foi, levou meu brilho junto. Agora chega de falar disso; hoje é dia de alegria — declarei, sorrindo.

— Fico muito feliz por vocês — Lorena disse, também sorrindo.

— Isso é muito importante para mim — comentei.

— Já contaram para o Pedro que estão juntos? — ela perguntou.

— Ainda não — respondi.

— Um tempo depois —

Fomos embora, e Jonathan foi dar um banho no Pedro. Eu fiquei na sala mexendo no celular. Alguém bateu na porta, e quando abri, vi a última pessoa que queria.

— Não acredito — exclamei, rindo.

— Me dê cinco minutos, por favor — Kauan pediu.

𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora