𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:46

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— Como você sabia? — Jonathan pergunta.

— É difícil explicar tudo o que aconteceu — respondo, olhando para baixo.

— Me conta — ele diz, segurando meu queixo e olhando nos meus olhos de forma carinhosa.

— Melhor a gente ir para a consulta, senão vamos acabar levando uma multa aqui — digo, e ele concorda.

Fomos ao hospital e, ao chegarmos, fomos atendidos rapidamente. A médica coletou uma amostra do meu sangue e pediu que eu deitasse na maca e levantasse a blusa. Ela passou um gel bem gelado na minha barriga e colocou o aparelho.

— É tão pequeno que é difícil de enxergar — diz a médica.

Eu sorria enquanto olhava para a tela, sentindo algo completamente novo, um sentimento que nunca havia experimentado antes. Olhei para Jonathan, que estava com um sorriso bobo e os olhos brilhando.

— Está tudo bem com o bebê. Vou buscar os seus exames. Pode se limpar — a médica diz antes de sair.

— Agora podemos conversar? — Jonathan sugere, pegando um papel e limpando o gel da minha barriga.

— Vamos a algum lugar depois e conversamos com mais calma — respondo, me levantando.

A médica retorna com um envelope e alguns potes de remédios.

— Sua alimentação não está boa — ela diz.

— Eu imaginei — respondo.

— Por enquanto, o bebê recebeu os nutrientes necessários, mas se você continuar com essa má alimentação, vai acabar prejudicando ele — avisa a médica.

— Aqui estão algumas vitaminas e uma dieta especial — ela entrega os remédios e um papel.

— Tudo bem, muito obrigado — Jonathan diz, pegando os itens.

— Imagina, até mais — ela se despede, e nós saímos.

[...]

— Agora me conta, estou curioso — Jonathan diz, sentando-se em um banco da praça, e eu faço o mesmo.

— Tive um sonho, e juro que aquilo aconteceu — digo.

— Sério? — Jonathan pergunta, intrigado.

— Sim, mas no sonho, aquele carro bateu na gente — confesso.

— E bateríamos se você não tivesse mudado de faixa — ele argumenta.

— Foi horrível — digo, relembrando.

— O que aconteceu com a gente? — ele pergunta.

— Quando o carro bateu no seu, o airbag acionou e quase nos sufocou. Eu lembro de você todo ensanguentado, pedindo para eu ficar acordada, mas eu desmaiei — relato.

— Nossa — Jonathan diz, surpreso.

— Quando acordei no hospital, vi você com o braço direito engessado, e infelizmente eu... — travo, não conseguindo terminar a frase.

𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora