𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:94

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— Próximo jogo —

Era um sábado e eu já estava 100%. A virose que me atormentou só serviu para me fazer refletir sobre o Kauan. Hoje é dia de jogo do Tricolor, e estou a caminho do estádio. Estou dirigindo, com a Lorena ao meu lado e a Maya e o Pedro na cadeirinha no banco de trás. Chegamos ao estádio e fomos para o camarote.

Estava vestindo a camisa principal com o nome do Calleri, o Pedro usava a camisa número três com o nome "P. Calleri", e Lorena e Maya estavam com a camisa listrada do Luciano. É um jogo importante, que vale uma vaga na final do Campeonato Paulista.

[...]

Os jogadores entraram em campo, e notei que o Calleri estava no banco, o que me deixou confusa. O Luciano entrou com a faixa de capitão e ia comandar o ataque. O jogo começou, mas, em um vacilo feio do Kauan, tomamos um gol. O clima ficou tenso, e os jogadores começaram a discutir entre si. Durante o intervalo, Lorena e eu conversamos.

— Não sei se estou confiante — digo, cabisbaixa.

— Digo o mesmo — Lorena responde.

O segundo tempo começou e a bola rolou, sem alterações no time. O jogo estava quase no fim, e infelizmente estávamos sendo eliminados do campeonato. Faltando cinco minutos para o término, houve uma substituição: o Luciano saiu e o Calleri entrou. Ele passou a faixa de capitão para o Jonathan.

Em um rápido contra-ataque, o Calleri recebeu um cruzamento na pequena área e, com tranquilidade, fez um gol, colocando o São Paulo de volta no jogo. O juiz apitou o fim do tempo regular e a partida foi para os pênaltis. A torcida começou a cantar alto, e as cobranças começaram.

Nosso goleiro defendeu a primeira cobrança, enquanto o Galoppo fez o seu. Eles marcaram, e o Igor Vinícius também converteu. Depois, eles marcaram e o Kauan chutou para fora, recebendo vaias da torcida. Eles marcaram mais um, e o Diego Costa fez o dele. Nosso goleiro pegou mais uma cobrança, e o Calleri se preparou para a decisiva.

Todos estavam super angustiados enquanto ele posicionava a bola. Ele correu e chutou no canto do gol, balançando a rede. Depois, tirou a camisa e saiu comemorando com os outros. Estamos na final, caralho! Lorena e eu pegamos as crianças e fomos para o gramado. Colocamos os pequenos no chão, e eles correram até o Luciano e o Jonathan, que os levantaram nos ombros.

[...]

Já em casa, o Jonathan saiu para comemorar com os amigos e só voltaria depois que a festa terminasse. Dei um banho no Pedro e o coloquei para dormir. Depois, fui tomar um banho e me deitar também. Eram 3:20 da madrugada quando acordei com um barulho na sala. Coloquei um roupão por cima do pijama e desci, encontrando Jonathan deitado no sofá.

— Acabou a comemoração? — pergunto.

— Aham — ele resmunga.

— Acho que exagerei um pouco — diz, passando a mão pela testa.

Ele se levantou com dificuldade, e eu fui até ele. Ele deu algumas cambaleadas, então coloquei o braço dele ao redor do meu pescoço para ajudá-lo a se manter em pé.

— Você deve ter bebido muito para ficar assim — comento, guiando-o até a escada.

— Só um pouquinho — ele diz, rindo.

Levei-o até o banheiro e o ajudei a tomar um banho. Depois, ele vestiu apenas uma bermuda e se jogou na cama, adormecendo instantaneamente. Olhei para ele, sem saber se me preocupava ou se ria da situação. Cobri-o com o lençol e me deitei ao seu lado.

𝙳𝙴𝚂𝚃𝙸𝙽𝚈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora