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Olivia chegou em casa contando como havia sido o dia com a mãe, ao contrário do que Pete pensou, Annie deixou a menina em casa no horário e pelo visto havia sido muito agradável já que Olivia rasgou elogios para a mãe e o passeio que fizeram.

― O que o tio Vegas tá fazendo aqui? ― Olivia perguntou depois de tomar banho e trocar de roupa, quando chegou viu o Theerapanyakul na sala com o pai.

― Ele veio conversar comigo ― Pete explicou ― Sua mãe falou alguma coisa?

― Não, ela só disse que estava feliz em sair comigo ― disse sorrindo.

― Hm ― sorriu pequeno ― Você quer comer alguma coisa?

― Não papai, eu quero brincar com o brinquedo que a mamãe me deu ― falou e Pete assentiu.

― Eu vou estar na sala ― disse e Olivia assentiu sentando na cama e abrindo a caixa que havia ganhado.

Pete saiu do quarto e voltou para a sala, Vegas estava sentado no sofá com o celular nas mãos, o Theerapanyakul bloqueou o celular e olhou para Pete;

― Tudo bem? Annie fez alguma coisa?

― Fez, tratou a Olivia bem ― Pete disse sentando ao lado do homem ― E eu não sei como me sentir em relação a isso, não parece comum.

― Ela quer ganhar a menina de alguma forma, sabe que não vai ser através de você então terá que partir para a ação de boa moça ― murmurou  ― O ruim nisso é que ela vai acostumar  a Olivia a uma coisa que ela não terá sempre.

― Esse é meu medo e agora que ela vai ter que conviver com a Annie... ― suspirou e abraçou o Theerapanyakul ― Eu não gosto disso, eu me sinto sem saber o que fazer.

― Vai ter que esperar bonitão, nem sempre ela será um amor ― falou ― E aí você pode usar isso contra ela.

― Como a cabeça dela é tão perversa ao ponto dela se fingir de boa ― Pete resmungou ― Que ódio.

―Calma ― beijou o rosto do outro ― Não deixe isso tornar de você, acaba fazendo mal.

― Papai ― Olivia entrou na sala e Vegas se afastou do outro ― O que estão fazendo?

― Conversando ― Pete disse e a menina se aproximou sentando no colo do pai ― O que foi? Não gostou do brinquedo?

―É legal ― murmurou olhando para Vegas.

― Tem algo no meu rosto, princesa? ― Vegas perguntou sorrindo.

― Não é que... ― negou.

― É que... ― Pete incentivou ― Continue amor.

― A mamãe disse que o tio Vegas não era legal e que eu não deveria ficar perto dele ― contou ― Mas eu acho que ela tá errada, o tio sempre foi legal e também é padrinho da Yuna.

― Ela disse isso? ― Pete perguntou incrédulo ― O que mais ela disse, amor?

― É segredo, então não pode contar pra ninguém, papai.

― Isso, tá certo ― Pete sorriu.

― Ela falou que eu não posso ser legal com o tio Vegas ― murmurou ― Mas eu gosto de você, tio Vegas. A mamãe tá errada?

― Sim, ela está ― Vegas disse sério ― Eu gosto muito de você, Olivia e eu não sou uma pessoa ruim, se eu fosse ruim seu pai não me deixaria ficar perto de você, eu sou bom e eu não quero seu mal e nem o do seu pai.

― O que sua mãe falou não foi certo ― Pete falou.

― Tá bom ― abraçou Pete ― Ela também disse algo feio, mas depois foi tudo legal.

― Que algo feio? ― Pete perguntou e a menina segurou sua cabeça e sussurrou em seu ouvido ― Oh.

― Mas ela te tratou bem, não foi? ― Vegas perguntou e Olivia assentiu.

― Sim, ela foi legal, tio Vegas, só falou essas coisas, mas tudo bem ― sorriu ― Você quer ver o que eu ganhei?

― Claro ― disse e Olivia saiu do colo de Pete e foi correndo até o quarto ― O que ela disse?

― Que você era um merda ― Pete falou ― Como ela... Ah que ódio.

― Ela quer me atacar ― Vegas sorriu ― Sabia que eu teria que lutar por você, bonitão.

― Vegas, não é brincadeira.

― Não estou brincando, se ela quiser ser baixa assim, eu também posso ser, mas não usarei Olivia como ela está fazendo ― riu ― Eu sou mais baixo ainda, bonitão.

― Aqui tio, é um salão de beleza ― Olivia disse voltando com a caixa.

[...]

Dias depois.

Vegas queria que Pete relaxasse, então o chamou até seu apartamento, Arm também estava lá então Pete não iria se sentir tão tímido ou achar que o Theerapanyakul queria apressar as coisas. Vegas sabia que deveria ir com calma em relação a Pete, ele não estava preparado para um relacionamento já que seu emocional ainda precisava ser arrumado, imagine se o Theerapanyakul quisesse sexo, Pete piraria.

― Ela saiu tão feliz que eu acho que nem vai querer voltar para casa ― Pete disse entrando no apartamento ― Não sei como me convenceu a deixar Olivia na casa de Porsche e Kinn, e eles nem tinham chamado ela, Vegas.

― Yuna que chamou, ela que manda lá ― Vegas fechou a porta ― Sinta-se em casa, bonitão.

― Boa noite! ― Arm disse da cozinha ― Você é o famoso Pete?

― Famoso eu não sei, mas Pete sou eu mesmo ― disse sorrindo e Arm se aproximou.

― Arm o ex soldado e melhor marinheiro que você irá conhecer, além do mais gostoso ― disse e Pete riu ― Você é muito bonito para estar saindo com o Vegas, você tem algum tipo de baixa auto estima?

― Que merda, Arm ― Vegas bufou.

― Não amigo, pra te aceitar o cara deve estar na fila da morte ― sorriu para Pete ― Largue ele e fique comigo, meu namorado não tem ciúme.

― Agora eu entendi o porquê do conselho de Kinn.

― Como assim? ― perguntaram juntos.

― Ele falou que eu deveria me preparar, porque se eu aguento um Vegas, eu tenho que ter forças para aguentar o outro ser chamado Arm ― repetiu o que Kinn havia falado quando deixou Olivia na casa dele.

― Olha que amigo merda ― Arm resmungou ― Vegas, devemos mudar de amigos.

― Eu já te disse isso, mas você não acreditou ― falou abraçando Pete pela cintura.

Pete sabia que sairia dali com o rosto doendo de tanto rir.

Nova Fase • vegaspete•Onde histórias criam vida. Descubra agora