Capítulo I

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"- Katie, desculpe-nos o incômodo, mas precisamos fazer umas perguntas sobre o seu incidente.

Hank sinalizou com a cabeça para Nick, que aproximou-se da cama hospitalar aos poucos, observando a menina encará-lo.

- Está tudo bem, Katie. - tranquilizou-a o detetive. - Não vou machucá-la.

Ainda assim, o olho bom da garota permanecia arregalado, o outro esforçando-se para abrir-se.

- Katie, nós queremos ajudá-la. - interviu Hank.

Aos poucos, a postura de Katie relaxou, mas ainda mantinha-se atenta o máximo que conseguia.

- Quais são as perguntas?"

Nick olhava fixamente para o computador a sua frente, tentando de todos os jeitos imaginar o motivo pelo qual alguém cometeria um crime desses.
Tudo bem, o mundo não era um mar de rosas, estava longe de ser um, mas ele jurou a si mesmo que quando encontrasse o homem o faria pagar da pior forma possível.
Ele já ouviu histórias, a maioria contadas por Monroe, sobre essa espécie de Wesen, e ele desejava ter uma foice em mãos para decapitá-lo.
O detetive foi tirado de seus pensamentos pelo parceiro que se pronunciou pela primeira vez desde que voltaram do hospital.

- Os médicos falaram que ela vai ficar bem, pelo menos fisicamente.

Não havia mais nada que ele pudesse dizer que faria Nick se sentir menos culpado, por mais que não fosse sua culpa.

- Se eu o tivesse pego...
- Então o quê? - interrompeu Hank. - O que teria feito, Nick?

O rapaz abriu a boca para responder o parceiro, mas se conteve e engoliu em seco.

- Teria feito jus aos meus ancestrais. - disse-lhe Burkhardt, dando de ombros.

Griffin franziu o cenho.

- Como assim?

Nick apenas voltou sua concentração para a tela do computador.

- Nick, Hank!

A voz do Sargento Wu soou logo atrás dos detetives, que viraram em sua direção quase que imediatamente.

- Eles tem uma possível localização, melhor pegaram o carro. - Wu informou e deu as costas para os parceiros, sendo acompanhado pelos mesmos.

No meio do caminho, Nick parou o mais velho.

- Irei em outro carro. - declarou o detetive. - Vamos encurralá-lo.

Hank assentiu e apressou os passos atrás de Wu em direção oposta da qual Nick seguiu.

Assim que parou o carro, desceu e se apressou em bater na porta da casa do amigo.
Minutos depois a porta foi aberta por Rosalie que possuía um sorriso gentil no rosto.

- Nick!

Ela deu um sutil abraço nele, Nick sabia que não era felicidade por vê-lo, e sim porque ela reparou em seu nervosismo e de alguma forma sentiu que deveria reconforta-lo, era um dos grandes motivos pelo qual gostava de manter Rosalie por perto.

Monroe logo chegou e Nick se precipitou em dizer o que aconteceu ao ver que ele parecia preocupado, lógico, obviamente ele não esperava receber Nick naquele horário.

- Cara, o que houve? - perguntou Monroe. - Você parece abatido.

- Um Klaustreich espancou uma adolescente e matou a mãe dela. - esclareceu Nick. - Temos de ir ao endereço que Wu me mandou.

- É claro, vamos com você. - afirmou Rosalie.

Monroe entrou rapidamente para pegar a chave de casa, trancando-a enquanto Nick e Rosalie seguiam a passos apressados para o carro.

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