Capítulo X

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O centro da cidade era minúsculo, no entanto, era reconfortante.

Adalind contou um mercado, uma igreja, uma escola pequena, uma lanchonete e um parque. Além de um pronto-socorro.
É, talvez não fosse tão ruim ali.

Ela havia entregue Kelly para Nick, dizendo que ela não era boa com crianças. Disse que iria ao centro e pegaria o essencial para evitarem de sair de casa. Ela convidou Diana para ir com ela, mas a menina disse que ficaria com Nick para ajeitar as coisas.

Uma desculpa esfarrapada para fugir do assunto.

Aquilo estava incomodando Adalind desde a lanchonete.
Porque Diana pediria desculpas? Até onde ela sabia, ela mesma havia os enviado para o passado. Aquilo não fazia o menor sentido.

Claro, duas crianças que nascem no futuro também não. Mas ela não estava confiante que a culpa de qualquer coisa fosse da menina.

Adalind pegou poucas coisas no mercado, mas duraria um tempo.
Enquanto esperava na fila, uma senhora que estava em sua frente virou-se para ela e sorriu.

— Olá. — cumprimentou com um sorriso. — Que moça bonita! Como se chama?

— Adalind.

— Oh, que nome maravilhoso. Adalind. — a senhora tocou em uma mecha do cabelo loiro de Adalind. — Você é nova por aqui, não é?

— Sou. — Adalind disse. — Eu... Eu e meu marido acabamos de chegar.

— Ah, você tem um marido! — a senhora riu. — Mas é claro que sim. Uma moça gentil como você...

— Obrigada.

— Oh. — a senhora deu um pulo. — a cidade fará uma grande festa daqui uns dias. Na quinta-feira. Você e seu marido deveriam ir.
Vai ser ótimo para se enturmar.

— Eu falarei com ele.

— Maravilha. — a senhora virou-se e colocou sua cesta no caixa. — Ah, que falta de educação a minha.

Ela virou-se outra vez e estendeu a mãao.

— Eu me chamo Mary. — ela disse. — Sou professora na escola... Bem, a única escola por aqui.

Adalind segurou sua mão firmemente.

— É um prazer conhecê-la, senhora Mary.

— O prazer é todo meu, Adalind.

Então a senhora se virou outra vez e começou a passar suas compras.

Antes de sair, a senhora acenou para Adalind alegremente.
Adalind acenou de volta,  certa de que havia algo de esquisito naquela senhora.

Talvez fosse apenas simpática.
Mas ela duvidava muito daquilo.
Ela teria que investigar.

O problema é: Ela não é detetive alguma.

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