Capítulo XII

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Enquanto Diana ajudava Adalind a arrumar a mesa, Nick foi pegar a pizza e pagar.
Em pouco tempo os três estavam sentados na mesa de madeira arredondada, comendo em silêncio. Todos atentos a qualquer sinal de que Kelly acordasse.

— Mamãe, Nick. — Adalind olhou para a menina, assim como ele. — Nós podemos procurar uma loja de cds, ou algo assim? Para revezarmos entre filmes e jogos. Por favor. Esse lugar não tem internet.

— Claro. — disse Nick. — Podemos ir amanhã cedo, se quiser. Mas antes podemos olhar o sótão também. Deve ter bastante coisa guardada lá.

Diana sorriu.

— Isso seria ótimo! Obrigada, Nick.

Nick sorriu simpaticamente antes de tomar um gole de água.

— Ah, Diana. — Adalind chamou. — Enquanto você e Nick vão procurar filmes, eu vou dar uma volta com Kelly. O que acha?

Diana concordou com a cabeça.

— Tudo bem.

Eles voltaram a comer em silêncio, até que Adalind se lembrou da senhora no mercado.

— A propósito, terá um tipo de festa na cidade e... Uma senhora nos chamou para ir.

Nick olhou-a confuso.

— Uma senhora?

— Sim. O nome dela é Mary.

O detetive deu uma risada.

— Não sabia que gostava de fazer amizade com velhinhas. O que vai ser a próxima coisa que eu vou descobrir sobre você? — ironizou Nick — você tricota?

— Ha ha, muito engraçado.

Diana deu uma risadinha.

— Mamãe não tricota, Nick. — disse a menina. — Mas ela gosta de desenhos.

O detetive olhou-a divertido, enquanto Adalind respirou fundo.

Não era mentira. Ela gostava de desenhos desde pequena. Fosse fazer, ganhar ou comprar. Mas aquilo era uma coisa dela.

Uma coisa que Nick Burkhardt não deveria saber. Nunca.

— Interessante.

— Enfim... — interrompeu Adalind. — Eu acho melhor irmos, Diana.

— Claro.

Antes que mais algum assunto surgisse, o choro de Kelly preencheu a cozinha e Adalind se levantou rapidamente.

— Com licença.

A mulher se retirou as pressas, louca para fugir da menina e, principalmente, de Nick Burkhardt.

Ela entrou no quarto e pegou Kelly nos braços.

Depois de um tempo, ela começou a balançar o menino calmamente, esperando que ele dormisse outra vez.

Olhando para os olhos azuis do filho, Adalind soltou um suspiro.

— Como você pode ser nosso filho? — questionou, mesmo ciente de que ele não responderia.


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