Diana acordou cedo no outro dia para que pudesse procurar as coisas que queria com Nick.
Adalind acreditava inclusive que a menina preferia Nick a ela.
Ela acompanhou Nick e Diana até o sótão, onde a menina deu um gritinho de empolgação.— Nick, mamãe! Olhem quantos jogos e brinquedos!
Nick riu e pegou uma caixa vazia empoeirada.
— Aqui, Diana. — disse. — Coloque o que quiser aqui para levarmos para baixo.
— Tudo bem.
Enquanto o grimm ajudava a garota com os jogos e brinquedos, Adalind procurou algo que fosse lhe ser útil. Ela vasculhou discretamente, tomando cuidado para que Nick não a visse.
Quando achou que não havia nada que fosse lhe servir, encontrou um caderno envolto em couro, com letras escritas em uma língua que Adalind não reconhecia.
Ela pegou o caderno e saiu do sótão, certificando-se que os outros dois não a notassem.
Adalind guardou o caderno embaixo do colchão de seu quarto e limpou as mãos. Ela descobriria sobre o que se tratava mais tarde.
Foi até o quarto de Kelly e Diana e encontrou o menino tentando devorar o macaco de pelúcia.
- Oi, Kelly.
O menino sorriu com os poucos dentes que já haviam nascido.
Adalind pegou o menino no colo e foi arrumá-lo para que pudessem sair logo daquele lugar. Depois de um tempo escutou o barulho do sótão se fechando e passos apressados pelo corredor.
- Mamãe, eu e Nick estamos indo para a cidade. Nós vamos caminhando para gravar as ruas. - disse. - Nick deixou a chave do carro em cima da mesa da cozinha.
- Tudo bem, Diana. Divirta-se.
A menina sorriu e sumiu pela casa outra vez.
- É... parece que agora somos eu e você garoto.
Adalind colocou Kelly na cadeirinha que Nick achou no sótão. Então entrou no carro e partiu.
Ela devia ter dado diversas voltas pela cidade até finalmente achar a mulher que estava no supermercado. Ela estacionou do outro lado da rua, os vidros escuros do carro fechados.
Adalind desviava o olhar da senhora sentada na varanda tricotando para o filho, adormecido na cadeirinha.
Ela deve ter passado quinze minutos observando a velha até bufar de frustração e pegar o caderno na bolsa.
Adalind abriu-o e analisou cada página dele, as letras em uma língua que não compreendia e os desenhos, que tinha absoluta certeza de estarem retratando o mundo wesen.
Criaturas que ela nunca havia visto antes.
E que ela tinha quase certeza de serem muito piores do que as Hexenbiests.
Adalind sobressaltou-se com o toque do celular. Ela pegou-o e viu uma mensagem de Burkhardt na tela.
Diana quer te mostrar o que comprou. Onde você está?
Adalind suspirou e ligou o carro, indo para a casa temporária.
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Unidos pelo Destino
FanfictionNick a odiava mais do que odiava qualquer outra pessoa. Adalind o odiava tanto quanto. Não possuíam nada de parecido, não tinham um vínculo, muito menos uma boa relação. Eles se odiavam com todas as forças, mas será que um feitiço que deu errado que...