Capítulo XIII

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Diana acordou cedo no outro dia para que pudesse procurar as coisas que queria com Nick.
Adalind acreditava inclusive que a menina preferia Nick a ela.
Ela acompanhou Nick e Diana até o sótão, onde a menina deu um gritinho de empolgação.

— Nick, mamãe! Olhem quantos jogos e brinquedos!

Nick riu e pegou uma caixa vazia empoeirada.

— Aqui, Diana. — disse. — Coloque o que quiser aqui para levarmos para baixo.

— Tudo bem.

Enquanto o grimm ajudava a garota com os jogos e brinquedos, Adalind procurou algo que fosse lhe ser útil. Ela vasculhou discretamente, tomando cuidado para que Nick não a visse.

Quando achou que não havia nada que fosse lhe servir, encontrou um caderno envolto em couro, com letras escritas em uma língua que Adalind não reconhecia.

Ela pegou o caderno e saiu do sótão, certificando-se que os outros dois não a notassem.

Adalind guardou o caderno embaixo do colchão de seu quarto e limpou as mãos. Ela descobriria sobre o que se tratava mais tarde.

Foi até o quarto de Kelly e Diana e encontrou o menino tentando devorar o macaco de pelúcia.

- Oi, Kelly.

O menino sorriu com os poucos dentes que já haviam nascido.

Adalind pegou o menino no colo e foi arrumá-lo para que pudessem sair logo daquele lugar. Depois de um tempo escutou o barulho do sótão se fechando e passos apressados pelo corredor.

- Mamãe, eu e Nick estamos indo para a cidade. Nós vamos caminhando para gravar as ruas. - disse. - Nick deixou a chave do carro em cima da mesa da cozinha.

- Tudo bem, Diana. Divirta-se.

A menina sorriu e sumiu pela casa outra vez.

- É... parece que agora somos eu e você garoto.


Adalind colocou Kelly na cadeirinha que Nick achou no sótão. Então entrou no carro e partiu.

Ela devia ter dado diversas voltas pela cidade até finalmente achar a mulher que estava no supermercado. Ela estacionou do outro lado da rua, os vidros escuros do carro fechados.

Adalind desviava o olhar da senhora sentada na varanda tricotando para o filho, adormecido na cadeirinha.

Ela deve ter passado quinze minutos observando a velha até bufar de frustração e pegar o caderno na bolsa.

Adalind abriu-o e analisou cada página dele, as letras em uma língua que não compreendia e os desenhos, que tinha absoluta certeza de estarem retratando o mundo wesen.

Criaturas que ela nunca havia visto antes.

E que ela tinha quase certeza de serem muito piores do que as Hexenbiests.

Adalind sobressaltou-se com o toque do celular. Ela pegou-o e viu uma mensagem de Burkhardt na tela.

Diana quer te mostrar o que comprou. Onde você está?

Adalind suspirou e ligou o carro, indo para a casa temporária.

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