Capítulo VIII

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Na manhã seguinte, eles pegaram a estrada.
As crianças ainda estavam dormindo quando pararam em uma lanchonete na beira da estrada.
Ao menos foi o que Adalind pensou.
Assim que estacionaram Diana abriu os olhos e olhou ao redor.
— Porque paramos?
Nick olhou para Diana pelo retrovisor e sorriu.
— Vamos pegar algo para comer. — explicou. — Tem algo que você esteja querendo?

A menina fez uma careta.

— Ir ao banheiro.

Adalind suspirou.

— Eu te levo, Diana.

Eles acordaram Kelly e saíram do carro. A lanchonete parecia quase deserta, se não fosse pela vendedora e um grupo de amigos que Adalind supôs serem universitários.

Kelly acabou ficando com Nick e ela levou Diana ao banheiro.

- Sinto muito. - disse Diana, quando estavam saindo. Adalind a olhou confusa.

- Por que?

A menina não respondeu, apenas segurou a mão dela. Juntas caminharam em direção a Nick e Kelly. O rapaz já havia feito e pago o pedido.

— Prontas?

— Claro. — respondeu Adalind.

Eles voltaram para o carro e Nick entregou a comida de cada um.
Kelly pediu um cupcake de chocolate com granulado colorido, e Adalind colocou o leite que Nick comprou na mamadeira e deu para o menino.
Diana comia ovos e bacon, assim como Nick, e tomava suco de laranja.
Adalind comeu um cupcake também.

Nick terminou de comer e deu partida.

•••

— Nick, Nick, Nick. — cantarolou Diana.

— O que houve?

— Posso escolher uma música?

— Ah... Claro.

A menina mexeu por um tempo no rádio até encontrar uma estação que a agradasse.

— Nós já estamos chegando? — perguntou, apoiando a cabeça entre os bancos.

Nick olhou para Adalind rapidamente.

— Você pode olhar quanto tempo falta? Eu não sei.

Adalind assentiu e conferiu o tempo.

— Duas horas, no máximo.

— Está bem, obrigada. — disse a menina, voltando ao seu lugar.

Cinco minutos depois, ela voltou a pôr a cabeça entre os bancos.

— Podemos jogar um jogo? Por favor.

— Diana, o seu irmão está dormindo. — lembrou a loira. — E se nós o acordamos...

— Kelly não vai acordar, acredite. — afirmou a garota. — Por favor, mamãe. Por favorzinho.

— Diana...

— A gente sempre joga, qual o problema de jogarmos desta vez?

— Eu... Está bem. — cedeu Adalind. — Sobre o que é o jogo?

— Perguntas e respostas.

Nick olhou para ela pelo retrovisor.

— Tipo... Questões de matemática e coisas assim?

— Hum... Não. — então ela se virou para Adalind. — Mamãe, quando soube que estava apaixonada por Nick?

Adalind se arrependeu instantaneamente de ter cedido.

— Como é?

Nick deu uma risada curta.

— Diana, eu acho que se esqueceu de que está no passado. — disse Nick. — Nós não amamos.

— Ainda. — disse a menina.

Adalind engoliu em seco.

— Certo, ainda. Mas...
— Mas vocês vão precisar de uma história quando chegarem lá. É uma cidade pequena, não um ponto morto no meio do deserto.

Nick respirou fundo e balançou a cabeça.

— É verdade. Diana está certa. Precisamos urgentemente de uma história. Uma convincente.

Adalind quis pular do carro em movimento e correr na direção oposto o mais rápido que conseguisse.

— E então, mamãe. — Ela sentiu o olhar da menina novamente. — Como você soube que estava apaixonada pelo Nick?

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