Capítulo XV

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Depois que voltaram do festival, Nick perguntou a Adalind o que tanto a incomodou a noite inteira.
Sem outra alternativa, a mulher contou-lhe sobre a velha Mary.

Agora, dois meses depois, toda e qualquer informação que obtiveram de Mary estava lá.
Eles haviam posto o quadro no sótão, longe do alcance de Diana.

Pelo menos, era isso que Nick havia contado para Rosalie.

O caminho até o local que estavam hospedados foi longo, rendendo diversas ligações de um Monroe preocupado.
No entanto, Rosalie chegou lá sã e salva, alguns dias depois de sua partida.

Ela estacionou o carro na cidade, longe de olhares curiosos, mas não tão perto da casa de Nick. Pegando sua bolsa e certificando-se de que possuía tudo o que precisava para mostrar a Nick e Adalind, Rosalie iniciou sua caminhada até o chalé.

No meio do trajeto, ligou para Monroe.
Nos primeiros segundos, ela não foi capaz de entender nada que Monroe pronunciava, sua voz denunciando sua preocupação.

"Monroe. Eu estou bem. Está tudo bem." disse Rosalie.

"Algum problema na estrada? Com o carro?" questionou o blutbad.

"Não e não." afirmou. "E me certifiquei de não ser seguida, não se preocupe."

"Certo." Rosalie ouviu Monroe respirar fundo do outro lado da linha. "Tome cuidado, Rosalie. Você e Nick."

"Pode deixar."

"Tchau." disse Monroe.

"Tchau, Monroe." despediu Rosalie antes de encerrar a ligação.

Rosalie nem havia percebido que já havia chego na localização do chalé. Bem onde Monroe havia lhe dito.

Rosalie subiu os degraus da varanda e bateu à porta.
Logo a porta foi aberta pela menina de cabelos loiros, a filha de Adalind.
Diana.

A menina sorriu ao ver Rosalie.

- Olá, Rosalie! Como você está?

- Estou bem e você?

- Eu estou ótima! Mamãe e Nick compraram um livro de colorir para mim. - disse Diana. - Você quer ver?

- Claro.

A menina deu espaço para Rosalie passar e fechou a porta atrás dela.
Elas caminharam até a sala e Rosalie sentou-se no sofá.

- E os outros? - perguntou Rosalie, enquanto olhava os desenhos de Diana.

- Kelly está dormindo. Mamãe e Nick estão no sótão, mas eu não tenho autorização para ir até lá.

- Porque não?

A menina deu de ombros.

- Muito pó. - explicou.

Rosalie devolveu o livro para Diana.

- Eles são lindos, Diana. - disse Rosalie. - Eu adorei.

- Obrigada. - ela disse. - Eu ainda não terminei de pintar todos, mas eu te mostro quando terminar.

- Combinado.

Diana guardou o livro e levantou-se.

- Venha. - chamou. - Vou te levar até Nick.

***

Nick e Adalind contaram tudo a Rosalie, além de explicarem-lhe a respeito do quadro de informações.

- Certo. - disse Rosalie. - Então ela tem cerca de 78, 79 anos. Mora sozinha em uma casa um pouco longe da praça, ainda na cidade. E é extremamente intrometida?

- Isso. - disse Adalind.

- Ela parece uma senhora normal.

Nick a olhou pelo canto de olho.

- Eu pensei nisso, no começo. Mas tem algo de muito, muito errado com aquela mulher, Rosalie.

- Tudo bem. - concordou Rosalie. - E o que faremos a respeito? Eu não consegui nenhum registro dela.

- Talvez... - começou Adalind, pensativa. - Talvez ela tenha excluído os registros.

- Talvez ela não tenha. - murmurou Rosalie, olhando para o quadro. - Talvez ela não tenha nenhum registro porque ela não pertence a esse momento do tempo.

Nick assentiu, compreendendo a linha de raciocínio da amiga.

- Ela não tem registros porque viajou no tempo.

- Exato.

Adalind suspirou.

- Esperem aqui, eu já volto. - ela disse antes de deixar o sótão.

Alguns minutos depois, a mulher voltou com um livro de capa de couro em mãos.

- Eu achei isto aqui quando viemos ao sótão pela primeira vez. - disse, hesitando antes de entregá-lo a Rosalie. - Ainda não consegui decifrar uma palavra.

Nick parou atrás de Rosalie, esperando que ela abrisse.

- Porque não mostrou antes? - perguntou o detetive.

- Não achei que fosse relevante.

Rosalie passou os dedos pelas páginas amareladas do livro, ignorando a discussão.

- Nick, porque não olhamos o livro agora? - disse a loira. - Eu não passei nem da primeira página.

A contragosto, Nick voltou sua atenção para o livro enquanto Adalind se aproximava dele, ambos atrás de Rosalie.

- Eu acho melhor mandarmos uma foto para Monroe. - disse Rosalie. - Talvez ele saiba traduzir.

***

Invadir casas. Uh, ela certamente não planejou invadir nada outra vez.
Ela esperou o sinal de Nick, dizendo que a mulher estava na praça, para poder se esgueirar pelos fundos da casa.
Rosalie certamente não tinha um bom pressentimento sobre isso.

Ela abriu uma das janelas e pulou para dentro da casa.
Poeira subiu e preencheu o ar do ambiente.

Rosalie deu uma olhada em volta, observando a grossura da poeira cobrindo os móveis e os porta-retratos.

Alguém certamente não morava ali a pelo menos uma década.

Ela aproximou-se de uma das prateleiras, observando os porta-retratos.

As fotografias eram todas em preto e branco.
Desde as daquela prateleira, até as outras.

Não havia ninguém morando ali. Não podia haver morando ali.
O celular de Rosalie vibrou.

Rosalie pegou o celular apressadamente, olhando a mensagem mostrada na tela.

Nick
Saia daí agora. Perdemos ela de vista.

Antes que pudesse se virar, Rosalie sentiu uma pancada na cabeça, fazendo com que perdesse o equilíbrio e esbarrasse na prateleira a frente.

Recuperando-se o suficiente para levantar e se virar, Rosalie sentiu outra pancada, desta vez na testa.

Caída no chão, não foi capaz de ver o rosto de quem a atacou, por mais que fizesse uma boa ideia de quem era.

Sua visão escureceu e Rosalie sentiu-se ser puxada para alguma direção antes de perder completamente a consciência.

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Notas da Autora

Oii, como vocês estão?

Eu tenho que admitir, eu adorei escrever no ponto de vista da Rosalie. Ela é a minha personagem favorita.

Eu gostaria de agradecer a minha amiga de longa data, Kim_Dubu20 por me dar 90% das ideias para este capítulo e me direcionar para escrevê-lo. Se não fosse ela, esse capítulo não saía esse mês.

Para quem tem o Spirit, sigam ela lá, ela também escreve fanfics.

Perfil: OT_Love

Unidos pelo DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora