Nick estava no hall de entrada da casa de Monroe com Rosalie, discutindo o próximo passo.
Monroe estava na cozinha, preparando seja lá o que for e Adalind estava na sala com as duas crianças.
Adalind não disse uma palavra desde que saíram da casa dela. Nem mesmo quando viu as crianças. Diana falava sem parar com ela e ela apenas concordava e sorria enquanto o menino dormia em seu colo.— Nick? — chamou Rosalie.
— Desculpe, Rosalie... o que disse?
— Eu sinto muito. — Rosalie suspirou. — Eu não queria que nada disse acontecesse, eu juro.
— Rosalie. — interrompeu Nick. — Está tudo bem, você não fez por mal.
— Eu não deveria ter ligado pro Conselho em busca de respostas, eu... Eu coloquei você e as crianças em perigo e... E Adalind também e...
— Rosalie, se acalme. — disse Nick. — Você está falando muitos "e...".
— Então, gente. — Rosalie deu um pulo aí ouvir Monroe atrás dela. — Me desculpe, Rosalie. Novidades?
— Mais ou menos.
— Como assim?
— Eu liguei para o Conselho e agora eles querem a localização das crianças. Bem, já devem estar a caminho da casa de Nick e da casa de Adalind. Eles correm perigo em Portland.
— Ah.
— Ah? Como assim "ah"?
— Porque não jantamos antes? Fiz uma receita de família!
— Monroe...
— Venham, vocês vão adorar!Quando Nick se sentou ao lado de Monroe, ao lado oposto de Adalind, o menino correu até ele e levantou os bracinhos.
— Papai.
Nick sentiu o estômago revirar, mas pegou o garoto no colo.
Ele querendo ou não, aquele menino era parecido com ele, tinha traços dele, mas... E quanto a Juliette?— Se transforme. — ele disse a Adalind. — Mostre o seu rosto a ele.
Por um momento, Adalind ficou com confusa, mas logo compreendeu a mensagem.
Se ela se transformasse e o menino se assustasse, talvez ele não fosse filho dela, talvez a confundisse com a mãe.Mas é claro que ele estava errado.
Quando Adalind se transformou ao invés dele gritar e chorar como uma criança normal faria, ele sorriu e deu risada.— É seu. — ela murmurou e voltou a comer.
— O quê? — perguntou Rosalie.
— Os olhos dele. — respondeu. — São iguais aos de Nick. Ele é um Grimm.
— Diana. — A menina voltou os olhos para ele. — De que ano vocês vieram?
— Não posso lhe contar isso.
Ele suspirou.
A pergunta sobre o que aconteceu com Juliette ecoava em sua mente sem parar.— O que houve com Juliette?
A menina ergueu os olhos, surpresa, e pigarreou em seguida.
— Você deve estar falando da Eva. Ela está bem, viva e bem.
— Eva? — questionou Monroe.
— Vocês vão descobrir.
— Ah, claro.
— Eu posso ir brincar? — ela perguntou, revezando o olhar entre Adalind e Nick.
— É claro. — Adalind se recuperou mais rápido do que ele. — Porque não leva o seu irmão com você?
— Tudo bem.
O menino deslizou do colo de Nick e correu atrás da irmã.
Quando as crianças deixaram o cômodo, a energia parecia mais pesada.
Eles ficaram bons minutos em silêncio, até que Rosalie falou.— Monroe, qual era a sua ideia?
— Ah, é. Hum... — O blutbad pareceu um pouco perturbado. — Eu herdei uma casa de um tio avô em uma cidade pequena, longe de Portland, acho que deveriam ir para lá. Quando o Conselho vier eu e Rosalie botamos eles pra correr.
— Você está sugerindo que eu e Burkhardt fiquemos embaixo do mesmo teto por tempo indeterminado?
— Tem uma ideia melhor?
Adalind engoliu em seco.
Monroe olhou para Nick desta vez.— Cara, você tem uma ideia melhor?
— Por hora não.
— Ótimo. — disse Monroe. — Quando tiverem uma ideia melhor vocês liguem e me contem, mas se eu fosse vocês começaria a fazer as malas.
— Preciso passar na delegacia primeiro.
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Unidos pelo Destino
FanfictionNick a odiava mais do que odiava qualquer outra pessoa. Adalind o odiava tanto quanto. Não possuíam nada de parecido, não tinham um vínculo, muito menos uma boa relação. Eles se odiavam com todas as forças, mas será que um feitiço que deu errado que...