I'm here for you

720 87 269
                                    

Autora: Caros leitores, venho aqui dizer que estamos no último capítulo dessa fanfic maravilhosa. Quero agradecer cada comentário, cada estrelinha, cada elogio, cada visualização e etc, que me motivaram a continuar essa adaptação... Aproveitem bem esse capítulo. Vou sentir falta de vocês, meus amores! :(

Will não tocou mais no assunto do show de talentos durante todo o resto da semana. E eu achei isso ótimo. Como estávamos de recuperação por ordens médicas aquela semana, ficamos em casa quase todos os dias. Meu pai estava de licença do trabalho, mas não parava em casa. Aproveitou para fazer a entrega das encomendas de madeira que muitas pessoas haviam pedido.

Dustin ia diariamente em casa após o almoço. Ele levava alguns jogos de tabuleiro, como war e banco imobiliário. Ensinamos Will a jogar e ele nos deu um couro. Meu garoto é inteligente.

Dustin também levou o Xbox e seus diversos jogos. O preferido de Will se tornou Injustice, mas eu não gosto muito desse jogo, pois ele e Dustin sempre me excluem quando jogam. Não sou obrigado.

Logo no fim da tarde, Dustin ia embora, deixando eu e Will sozinhos. Foi ótimo. Eu e Will fodemos mais algumas vezes e, bem, podemos dizer que eu fiquei obcecado em ve-lo gemer meu nome bem alto. Mas, deixe isso entre nós!

A semana estava ótima. Mas, é como diz o ditado: Quando a coisa anda bem, a desgraça bate à porta.

Não foi diferente dessa vez.

Hoje é sexta-feira. O dia do show de talentos.

São dez e meia da manhã e, adivinhem: Will não está em casa. O primeiro lugar que eu desconfio? Lógico: O colégio.

- Puta merda! - eu xingo, descendo as escadas correndo e pegando meu casaco no mancebo. Subo o zíper - Que ele esteja no colégio. Que ele esteja no colégio...

Saio de casa correndo, mal tranco a porta. Corro desesperado seguindo a calçada, esbarrando em algumas pessoas, fazendo garotos desviarem a direção de suas bicicletas.

Atravesso a rua em desespero, sem olhar para os lados. Um carro buzina para mim, e eu sinto o suor escorrer em meu rosto. O vento bate frio em minha pele, e eu sinto pontadas em minhas pernas devido ao acidente. O coração acelerado, me fazendo puxar o ar com força.

O desespero toma conta de mim.

Diminuo a corrida, até que paro sem fôlego. Apoio minhas mãos em meus joelhos e franzi o cenho em sinal de dor.

A dor não importa, no momento. A pessoa que eu amo, a outra parte de mim, pode estar em perigo. Ignoro a dor e volto a correr. Faltam apenas dois quarteirões até chegar no colégio.

Depois de muito suor, eu entro no colégio como se não houvessem portas. Se não fosse pelas tias da limpeza arrumando a bagunça, estaria vazio.

Caminho pelos corredores, olhando os papéis picados no chão. Diversas cores cobriam o piso, assim como os cartazes que eu, Will e mais alguns alunos penduramos há algumas semanas.

Vou direto para o teatro.

Abro a porta, com esperança de que o colégio estivesse vazio por conta do teatro lotado, mas eu me enganei.

O teatro está vazio, assim como o restante do colégio. Sinto uma lágrima prestes a escorrer e logo enxugo meus olhos com a manga do casaco cinza. Caminho por entre as cadeiras até chegar no palco. Nada. Tudo vazio.

- Will! - eu chamo, deixando que a angústia tomasse conta de mim. Ninguém responde, e eu já não consigo conter minhas lágrimas.

Deixo que elas cubram meu rosto. Eu soluço em meio as gotas salgadas, observando-as pingar no chão de madeira do palco onde eu estava.

Wicchio - BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora