Especial I: Romance

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                  Quando Porschay escolheu aceitar a bolsa de estudos em Londres, ele sabia que aquilo implicaria no fim do relacionamento que mantinha com os primos Theerapanyakun, abandonar as pessoas que um dia ele amou mais que a própria vida, tinha doído mais do qualquer outra co Kim e Macau eram os melhores namorados que alguém teria a sorte de ter, mas ele sabia que os dois ficariam bem juntos, a verdade era que Kim se relacionava muito melhor com o primo do quê com ele, não que ele fosse menos amado naquele trisal, mas sendo somente cego para não perceber que no coração do mais velho Macau ocupava um espaço maior que ele. Não estava condenando Kim, ele mesmo amava muito mais o Theerapanyakun mais novo, talvez porque Macau fosse uma pessoa centrada e que sabia sempre o que fazer, foi seguindo o conselho do namorado que ele abraçou o próprio sonho.

                  Ele não olhou pra trás quando foi em direção a área de embarque, estava deixando o passado e seguindo em direção ao futuro, se fosse para se reencontrarem o destino cuidaria para que acontecesse, mas algo em seu coração lhe dizia que aquela seria a última vez que veria os namorados, que mesmo que se reencontrassem no futuro, ele já não se sentiria igual, ele deu um pequeno sorriso ao constatar aquilo, não tinha mágoas ou arrependimento a vida que teve ao lado dos dois foi feliz e agora ele teria que aprender a ser feliz sozinho.

                   Nop seria o seu segurança durante os próximos cinco anos, mas era estranho para o mais novo ter um segurança, ainda que Nop não fosse um desconhecido, Porschay ficou feliz com o local que os namorados lhe deram para morar, Macau e Kim lhe deram um apartamento muito charmoso em um edifício próximo à faculdade, o prédio era de uma arquitetura antiga, com apenas dois andares, embaixo funcionava uma cafeteria e em cima ficava o seu novo lar.

                      Os três primeiros meses foram os mais difíceis, seu inglês não era dos melhores, o clima era muito diferente e sentia saudade de casa o tempo todo, ele costumava telefonar para os namorados toda noite, o que resultava sempre no choro dos três, sentia falta de dormir abraçado ao corpo quente de Macau, sentia saudade de quando Kim cantava no banho, sentia falta do irmão e dos cunhados. Levou um tempo para ele perceber que a saudade que sentia de Kim e Macau não diferia da saudade que sentia de Porsche, Kinn ou Thankhun, ainda os amava, mas não de uma forma romântica.

                Nop era uma companhia agradável, ele gostava da presença do outro, assim como todas as senhoras da redondeza e suas colegas de faculdade, o segurança trabalhava na cafeteria durante os seus períodos de aula, e de noite eles saiam para conhecer a vida noturna de Londres, em pouco tempo criaram uma relação de amizade e companheirismo, era fácil conversar com o mais velho.

                 Porschay nunca havia reparado no quão bonito o homem mais velho era, até uma das suas colegas lhe dizer que ele tinha sorte de poder dividir o apartamento com um gostoso, e dali pra frente, só pra trás. Porschay amaldiçoou até a sétima geração daquela garota, pois o que aconteceu com ele foi o mesmo que Newton explicava no princípio da inércia, ele nunca reparara no quão atraente Nop era, mas uma vez que reparou foi impossível vê-lo novamente apenas como um colega de apartamento, e ele tinha quase certeza que o mais velho percebia seus longos olhares.

                   Nop era um homem prático e já tinha vivido muito coisa ao longo dos seus vinte e sete anos, trabalhar como barista em uma cafeteria era uma experiência nova e bem lucrativa, os Theerapanyakun ainda pagavam seu salário mensal para cuidar de Porschay, mas ganhava tantas gorjetas na cafeteria que nem o salário precisava gastar, e ele tinha consciência que isso era devido a sua boa aparência, sempre teve noção de que era um homem bonito e tirava o máximo de proveito disso.

                Trabalhando com os Theerapanyakun, ninguém parecia reparar muito na sua aparência, isso porque aquela família tinha ótimos genes e todos os seguranças também pareciam saídos de um catálogo de moda, mas no dia a dia, a sua aparência costumava chamar atenção, principalmente o sorriso.

KinnPorsche: Virtude Indecente 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora