Especial II: Accidentally in love

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                   Tem não conseguia acreditar que tinha saído de casa às três da madrugada apenas para comprar sorvete de chocolate com menta pro herdeiro mais velho da família Theerapanyakun, e porque mesmo ele estava fazendo aquele tipo de coisa? Ah sim! O mais velho tinha lhe dito que era uma forma de mostrar que não era tão podre quanto Time, que por sinal ainda estava preso aguardando julgamento.

                  Não que ele tivesse culpa do que o ex-namorado fez, mas ele ainda se sentia culpado por ter se envolvido com uma pessoa comprometida, e por todas as coisas horrendas que Time fez e por esse motivo já tinha quase uma semana que Thankhun o tratava com uma espécie de escravo pessoal, Tem sabia que se aquele doido o perdoasse, os outros também perdoariam, então ele estava rodando a cidade em busca da porcaria daquele sorvete.

                  Após duas horas rodando ele finalmente encontrou o bendito sorvete e foi até a casa da primeira família entregar, apenas para o mais velho olhar para o sorvete e dizer que não queria mais, Tem sentiu-se dividido entre fazer o homem a sua frente engolir aquele sorvete com pote e tudo; e chorar em posição fetal.

                 — Você demorou demais — Thankhun disse voltando a deitar na cama espaçosa — Apaga a luz e vem dormir.

               Tem não deveria dormir na casa da primeira família, e muito menos dormir na cama do homem de cabelos ruivos — Thankhun havia pintado os fios de um vermelho mogno — mas estava cansado demais e não queria dirigir até a própria casa, tinha aula em poucas horas e precisava ao menos dormir um pouco.

               Aquele hábito de dormir com o outro vinha se tornando frequente, mas do ponto de vista do universitário, não era tão estranho assim? Só estavam dividindo a cama, não é como se dormissem abraçados ou coisa parecida, ele respondia isso com frequência para o amigo de infância, a primeira vez que tinha sido ordenado a dormir na cama do mais velho, no dia seguinte acabou dando de cara com Kinn e Porsche, o que resultou em uma longa conversa sobre a fragilidade de Thankhun e o quanto ele poderia se apegar as pessoas, Tem até tentou se manter longe, mas isso resultou no Theerapanyakun mais velho invadindo sua sala de aula e o arrastando pela mão, e ele ficou sendo motivo de piada na escola.

                Após ver como Thankhun agiu durante o julgamento dos traidores, Tem teve um leve receio, mas não conseguia deixar o mais velho, passava o dia olhando para a tele do celular esperando que o outro lhe mandasse uma mensagem ou ligasse, não queria admitir, mas tinha se apegado ao ruivo, os vinte dias entre o início da execução de Time e o final, quase o enlouqueceram, Thankhun não dera nenhum sinal de vida e ele sentia-se como um dependente químico em abstinência.

                No início fora só um capricho, queria que Tem sofresse um pouco do que Tay havia sofrido, não esperava se apegar tanto ao mais novo, ele estava decidido a não procurar mais aquele jovem e deixá-lo levar a vida livremente, Thankhun aguentou firme durante dezenove dias, mas no vigésimo dia, simplesmente exigiu a presença de Tem para chegar o corpo de Time e depois quis sair para jantar e ir ao cinema, o mais novo reclamou, mas acabou levando-o para fazer o que queria.

                Nenhum dos dois saberia dizer quem tinha inciado aquele beijo no carro, enquanto ainda estavam no estacionamento, mas o fato que ambos beijavam-se afoitamente, mesmo que estivessem presos pelo cinto de segurança.

               — Thankhun... — o mais novo se afastou observando a face corada do mais velho — Eu...

              — É — o mais velho disse engolindo a saliva — Melhor ir pra casa e...

              Eles não sabiam explicar, era como se fossem duas forças que se atraíam mutuamente, pois voltaram a ser beijar intensamente, com Tem deslizando os lábios pelo pescoço do mais velho enquanto recuperava o fôlego.

KinnPorsche: Virtude Indecente 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora