Se tinha uma coisa que nunca poderia ser questionada era a lealdade de Arm à primeira família, ele adorava ser guarda-costas do senhor Khun, às vezes era cansativo passar o dia assistindo séries, mas ao menos não tinha a preocupação de levar um tiro ou coisa pior, ele era feliz daquele modo não restavam dúvidas, então como ele simplesmente estava no meio de uma missão de campo comandada por Porsche? Que merda aconteceu para que ele aceitasse participar de uma missão suicida daquelas?
Que Porsche e ele eram grandes amigos, ninguém tinha dúvidas, assim como ninguém tinha dúvidas do quão ciumento e desconfiado Porsche poderia ser quando se tratada de Kinn, bastou que ele ouvisse uma conversa um pouco suspeita entre o namorado e o chefe da máfia russa, para que decidisse investigar por conta própria. E acabou sobrando pro homem de óculos implantar a escuta e o rastreador na roupa do chefe, que buda tivesse piedade da sua alma, pois ele tinha certeza que seria descoberto e punido severamente.
Não era surpresa nenhuma ele ter aceitado seguir Porsche, mas quando viu que Big também participaria daquela loucura, ele teve certeza se duas coisas. A primeira era que Porsche tinha um poder de persuasão muito grande, já que o seu companheiro de trabalho não se dava nada bem com o namorado do chefe. A segunda é que tanto ele quanto o Big eram dois imbecis inconsequentes, porque aquele plano tinha tudo para dar errado. Os três invadindo um galpão onde teria o encontro, o temperamento impulsivo de Porsche, a interferência entre os comunicadores. E como ele já imaginava, assim que Yuri Kosakovisck apareceu, metido em um terno cinza e com os fios loiros devidamente penteados para trás, o maxilar do amigo travou, Arm teve que reconhecer que ele russo era o tipo de homem que seu chefe gostava, mas isso fora antes de Porsche, ele conseguiria apostar um braço na fidelidade do chefe.
Então, Kinn aproximou-se sorrindo com os braços estendidos para um abraço e quando o abraço finalizou ele selou seus lábios aos do homem loiro, e aí Arm orou a todos os deuses por sua vida. Porsche saiu de onde estava com a arma engatilhada, e depois disso tudo foi uma grande confusão com gritos, tiros e um Kinn furioso.
Ele queria ter tido tempo de explicar para amigo que aquele beijo era uma forma de saudação comum entre os russos, queria ter tido tempo de explicar ao senhor Kinn que ele e Big não tiveram escolha, ele queria muitas coisas, mas naquele momento sentia-se grato por só ter sido baleado de raspão no braço. Foi horas de um sermão interminável, e até mesmo o senhor Khun o estava julgando como um estúpido, Porsche teria que lhe pedir perdão de joelhos pelo resto da vida, nunca tinha sido repreendido e agora estava no centro de treinamento de tiro, segurando um alvo acima da sua cabeça enquanto os outros treinavam a mira. Mas não queria reclamar, já que tanto Porsche quanto Big foram chamados ao quarto do senhor Kinn, e ele tinha certeza que a punição dos dois seria ainda mais rigorosa, mas era desesperador pensar no senhor Khun segurando uma arma e o usando-o como alvo.
Big sabia que a chegada de Porsche na família Theerapanyakun só traria problemas para todos, e no fim, ele tinha razão. Big às vezes se arrependia de ter impedido que Tawan o matasse, mas aí olhava para o seu chefe e se recordava o motivo de ter feito aquilo e de ter aceitado seguir o idiota no plano ridículo de espionagem.
— Sete meses de negociação jogados no lixo! — gritou o mais velho enquanto socava a parede — Que o Porsche nunca pensa antes de agir, eu já tô cansado de saber, mas vocês dois deveriam impedi-lo de fazer esse tipo de idiotice!
O mais novo teve vontade de revirar os olhos, mas se conteve, Kinn melhor do que ninguém sabia que Porsche era uma mula teimosa, e que ninguém no mundo conseguiria impedi-lo de fazer algo estúpido se ele estivesse realmente determinado a fazê-lo. Ele apenas suspirou resignadamente quando foi dispensado para retornar as suas funções.
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KinnPorsche: Virtude Indecente 🔞
FanfictionBig sempre fora apaixonado por Kinn, amava-o com devoção e poderia facilmente morrer pelo seu chefe, faria qualquer coisa que lhe fosse ordenado e talvez essa sua submissão fosse ser sua ruína. O que começou como uma punição por falhar em uma missão...