Hope Mikaelson Pov.
Meu coração estava batendo tão forte no peito que acreditei que ele poderia pular dali. A vibração passava por todo o meu corpo.
Invadi a casa dos vampiros em meio a madrugada já que Jade me disse que viu Maya andando com Lizzie tarde da noite.
Ao invés de estar cercada de todos os vampiros sedentos pelo meu precioso sangue fervendo a licantropia, apena uma vampira está ali, de forma suspeita. Provavelmente ouvindo meu peito acelerar só de respirar o mesmo ar que ela.
— Eu sinto sua falta? — Penélope Indagou. A vampira estava afastada, encostada na mesa, segurando um copo. — Tá só mentindo ou sendo irônica?
— Está brava por eu sentir ou ter coragem de te contar? — Fui ainda mais petulante. — Me desculpa, é a verdade.
Penélope riu, como se não acreditasse no que estava ouvindo. Me encarou esperando que eu desistisse.
— Penélope, eu sinto muito, não pelo que eu fiz, mas por ter magoado você. — Andei alguns passos para frente. — Acredite, se eu pudesse evitar essa merda toda que minha vida virou eu faria, mas eu não posso.
— Essa "merda" toda é culpa sua, você me pediu aquilo, e você resolveu trair minha confiança. De quantas formas mais você quer me envergonhar? — Penélope gritou. — Eu confiei em você. Demais. E você anda por aí se vangloriando de ter me traído.
— Eu fiz o que eu tinha que fazer pra VOCÊ não matar alguém que não tinha ideia do que tava fazendo.
— Isso não tinha nada haver com você.
— Se eu posso impedir, e eu não faço nada, eu tô escolhendo um lado. — Aumentei a voz também. — Isso é quem eu sou.
— E essa sou eu. — Penélope me olhou com desgosto. Senti como se um raio me atravessasse ao meio. — Espero que esteja feliz com o lado que escolheu. Mas não venha mentir.
— Princípios não são princípios se eu escolho quando seguir eles. — Falei na esperança de ser realmente ouvida. — Fiz por impulso, as custas de uma perda. Eu tava feliz... com você.
Penélope desviou o olhar. Algo estava sendo perdido ali, procurei lá no fundo o que tinha como a verdade da minha alma. Transparente. Me adiantei um pouco mais. Havia um metro no máximo entre nós.
— Eu perdi você. E isso doeu. Você tava certa, era verdade. — Concordei com a cabeça. — Eu quis lutar contra isso. Mas eu, eu continuo sentindo isso. E.. E isso me consome, a cada hora de cada dia, eu penso em você, isso é totalmente novo pra mim.
— Você literalmente quebrou um coração que já parou. — Penélope diz dura.
— ME DESCULPA. PORRA. — Gritei. Completamente fora de mim. Não via mais nada naquele cômodo. Nem o cheiro do sangue mais me incomodava.
A voz de Maya foi ouvida de longe, Lizzie estava junto, provavelmente achando suspeito que eu ainda estivesse respirando dividindo um cômodo com um vampiro.
— Ótimo. Está escolhendo de quantas formas mais vai torturar a Hope? — Maya tomou meu partido antes mesmo que eu falasse algo. Invadindo a casa assim como eu.
— Fica quieta loba.
— Não fode, Penélope. — Maya esbraveja. — Até a Lizzie acha ridículo essa sua birra. — Penélope lança uma olhar a vampira que não se manifesta. — Aquele show com o Landon? É. Todo mundo aqui sabe. Menos ele. Admita que está com ele por que tem medo da competição.
— Maya quer falar de birra? — Penélope debochou. — Que tal não falar com seu irmão só por que ele virou vampiro?
— Tem diferença.
— Ah quando é sua família tem diferença, quando te é conveniente. — Penélope cruza os braços. — Pimenta no cu dos outros é refresco, não é?
— Penny, isso já foi longe demais. Eu tô bem. — Lizzie tenta interferir. — É serio.
— Mas eu não. Isso não se trata de nenhum de vocês, só de mim.
— Qual o problema, Penélope? — Indaguei desesperada. — Qual é a porra do problema? O que tanto te dói?
— Você não pensou por dois segundos antes me machucar. De me morder, Mikaelson. — Sua voz ficou fraca. — Quando eu estava protegendo alguém. Sabe qual a porra do problema? — Suas presas foram saltadas. — Você resolve como lobo. Mas eu? Eu resolvo como vampiro.
Penélope ficou em câmera lenta para mim, tudo ficou, milésimos pareceram minutos, sua velocidade de vampira a levou para trás de Maya. Meu peito doeu. Eu sabia que algo daria muito errado.
Mordeu seu pulso, rasgando a carne, aquele sangue morto foi colocado a força e de repente na boca da loba, uma vez ali, e na sua corrente sanguínea, não se havia mais o que fazer.
Então o estalo oficializou, ela sabia que eu estava partindo em sua direção para tentar impedir, mas lá já estava Maya, no chão.
— Que porra você fez? — Lizzie diz aterrorizada.
O mundo caiu. Preto e branco. Sem sentido algum. Eu não fazia ideia de como engolir aquela situação. Maya agora era uma vampira e não havia nada que eu pudesse fazer. As lágrimas escaparam sem que eu percebesse.
A raiva por outro lado eu senti de forma bruta, tomando conta, quis arrancar seu coração. Então parti para cima de Penélope.
— Você não podia ter feito isso. — Empurrei seu peito. — Ela não tinha nada haver com isso. — Acertei um soco em seu rosto. — Não podia ter feito isso. — Perdi minhas forças. — Não podia.
Penélope segurou meus dois braços com força, com toda aquela mágoa, e vingança brilhando em seus olhos. Seu paraíso verde soava como o inferno agora. Seu rosto angelical tal qual um demônio.
— Agora você entende. Sei que entende. — Foi tão melodramático. Tão sem sentido. Tão drástico.
Eu me desmanchei, me desfiz. Edward disse a Bella, ele tentou a avisar que era um assassino, sua pele diamante era a de um selvagem. Vampiros. Inimigos naturais.
Jamais dignos de confiança. Era a regra da matilha. Maya sabia seguir, e sabia como seguir. O luto que disse mais cedo me machucou profundamente.
Seria o sonho da minha vida um pesadelo disfarçado? Minha felicidade se tornar a maior fonte de miséria.
Em algumas horas eu precisava dizer a minha melhor amiga que sua vida tinha sido tirada. Assim como Lizzie. E a traição. Ao menos foi um vestido de vingança perfeito.
Heda Xxx.
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FAKING IT - Phandon.
Teen FictionHope nunca pensou em viver um romance clichê, para uma loba em uma escola de sobrenaturais essas coisas pareciam besteira, até se pegar completamente apaixonada por um bruxo, ela tem a brilhante ideia de usar uma vampira, tão popular quanto a mesma...