I'm on the other end of the line

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Hope Mikaelson PoV.

As noites viraram dias, com os dias vieram problemas, e problemas tinham um nome na minha vida, pelo menos no último mês. Penélope não seria ela se não estivesse manipulando a nova vampira para o seu clube, coisa que não tinha acontecido, mas estava quase lá. 

Eu tinha uma carta na manga, sabia de um vampiro que ninguém mais sabia, tirando o nosso grupinho de meninas, Lizzie, Maya e eu. Eu não queria contar para a vampira. Eu não tinha se quer um motivo para esconder, mas o fiz. Talvez com Lizzie seguindo em frente ela não quisesse mais provocá-la. Eu e a sifão não estávamos exatamente bem, até por que quando sua irmã gêmea estavam por perto eu fugia, detestava aquela garota desde que tinha descoberto por Penélope que ela a beijou na frente de Lizzie quando soube que estavam saindo. 

Estávamos nos roubando dos nossos respectivos grupos, passando tempo juntas em tantas coisas diferentes, e nem sempre em publico, tinha um outro lado daquela linha de babaquice de Penélope, a linha que ela deixava exposta comigo. 

— Toda vez eu fico chocada com o quão folgada você consegue ser. — Falei quando Penélope além de estar deitada com a cabeça no meu colo, ainda colocou minha mão no seu cabelo. 

— Pra que eu tenho uma namorada se ela não faz carinho no meu cabelo? — Penélope perguntou. 

— Eu não sou sua namorada. — A lembrei. Mas já estava fazendo carinho no seu cabelo. 

— Você é sim. — Penélope falou. — Preciso lembrar que você pediu?

— Pior erro da minha vida, eu estou aqui presa com você se aproveitando de mim. — Reclamei. Era meio que nossa marca registrada nesse ponto. 

— Ao que eu me lembre, ontem VOCÊ estava me procurando perto dos meus amigos, e ai eu cheguei, sem combinar nada, e até abracei, depois de dar um selinho, e você ficou ali, agarrada comigo. Você não queria? — Penélope estava olhando para mim, mas eu me recusava a o fazer. Não poderia estar simplesmente afim dela depois de um pouco de afeto. 

— Eu estava fingindo. — Me defendi. 

— Não estava não. 

— Você é quente. 

— Eu estou literalmente morta. 

— Poderia continuar? — A olhei. Ela parecia bem pacifica. 

— Se não fosse o Landon já estaria apaixonada por mim. — Penélope tentou usar essa arma baixa contra mim. Me tranquilizou. — Apaixonada por um covarde. 

— Você anda falando demais nele ultimamente, se apaixonou também? — Perguntei num tom engraçado no começo, mas chequei as possibilidades e estava séria no final. 

— Se isso te irritar, pode apostar. 

— Sua vida é deixar as pessoas irritadas? — Questionei. — Deve ser um saco.

— Você tem vivido comigo, sabe como é. — Penélope se sentou. — Se está achando tedioso quem sabe eu deva transformar seu futuro namoradinho para animar as coisas.

— Vampiros podem morrer de vez, sabe disso não sabe? 

— Você teria uma bela visão, e ainda saberíamos que sobrenatural ele é. — Penélope pareceu estar me oferecendo aquilo. 

— Está vendendo isso como uma boa ideia? — Soltei um risinho. — Sabemos o que ele é. 

— Não. Não pode ser só isso, só existiram três como ele, e eles eram fodões, um deles era o diabo. — Penélope parecia gostar. — Ele seria tão perigoso, e pode ser. 

— Não toque nele. Ele não é desse tipo. — Defendi. — Ou vai saber se o diabo é realmente um psíquico. 

— Acha que eu tenho medo de morrer? — Penélope debochou. Ela virou totalmente para mim, eu estava vidrada em todos os movimentos dela. — Eu já teria seduzido a morte. Mas soou como uma ameaça. 

Penélope apenas me encarou.  Eu não estava braba, não sou baba de ninguém, era quase rotina bater de frente com a vampira por algum motivo, provocações, depois a calmaria. Ela era difícil, muito mais do que qualquer pessoa, e isso me atraía. Até os corações mais puros são atraídos por badgirl gostosas e vampirescas, quem dirá o meu. 

— Você parece sexy assim. — Penélope sorriu. 

Foi quando de repente eu senti tudo de uma vez, se projetou para frente certa do que estava prestes a fazer, seus lábios tocaram os meus numa surpresa que fez a excitação subir invadindo todo o meu corpo. Sua mão parou na minha nuca, e eu soube exatamente o que ela quis dizer anteriormente. Quando ela me beijasse, eu iria saber. E eu sabia agora. Não foi calmo como o anterior, era agitado, nossas línguas buscando pela outra, sua mão apertando minha cintura. Eu me deixei levar pelas respostas do meu corpo, isso era uma desculpa boa o suficiente? 

— O que você... você.. — Perdi a fala. Penélope era tão vadia que passou o dedão pelos lábio inferior.

— Eu ouvi a Lizzie. — Penélope apontou para a bruxa junto da Josie passando. — E dei o meu tiro. 

Parecia uma desculpa. Eu estava mesmo do outro lado da linha. 

— Você beija bem. — Comentei envergonhada. 

— Minha faz coisas muito melhores. — Penélope disse. — Você precisa dormir no meu quarto hoje. — Eu arregalei os olhos, e Penélope sorriu. — Não por isso, sabe, a gente está namorando e você ainda não dormiu comigo. 

— Você meio que tem razão. — Tive de concordar. Eu estava tão boba.

— Na verdade, não tem mais nada para fazer aqui, quer ir para o meu quarto? — Penélope propõe parecendo inocente. Era falsidade, ela nunca seria inocente.

— Depois desse beijão? — Eu ri. — Nem fodendo. Eu não sou uma santa, Penélope.

— Pra você é amor. — Penélope se aproximou novamente. — Não vou fazer nada enquanto não estiverem olhando, eu prometo. 

— Sua palavra não vale de nada para mim. — Falei dura. Ela se aproximou mais. Intercalou o olhar entre minha boca e meus olhos, jurei que ela iria me beijar. 

— Ou você que não quer que eu cumpra? — Penélope provocou. Ela pegou lá no fundo. 

— Nos seus sonhos. — Me levantei deixando com todo o seu charme ali, parada. — Espero que cumpra promessas.

— Eu não. — Penélope falou andando atrás de mim. Mas eu já estava decidida. Fui longe demais. Cruzei a linha demais. Tinha um motivo para eu não querer ser beijada, isso sempre dá errado, cruzar a linha da amizade sempre acaba com um coração partido, e pelo que eu conhecia dela, seria o meu. A vampira não estava interessada. E eu estava, em outro, talvez ela também. Minha cabeça girou. 

Heda Xxx.

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