Depois do casamento, havia ficado um pouco difícil do casal ter um tempinho pra saírem juntinhos.
Hoje, um dia mais que especial das férias do casal. Haviam tido um dia incrível, comida chique com visão pra praia de Busan, cidade do Kim mais novo.
Agora, estavam na praia. A maré estava alta, o vento batia com violência anunciando o início do inverno rigoroso que chegaria. Estavam agasalhados como bolinhos nas roupas de frio.
Jeongguk vestia uma camisa de gola alta com uma blusa de um tecido gostoso por dentro. Vestia uma calça alfaiataria na cor verde escuro, sapatos brancos com estrelinhas nos pés.
Taehyung vestia um conjunto social azul escuro, uma blusa branca confortável por dentro e all star nos pés.
Nas mãos, ambas alianças de ouro no anelar esquerdo.
O mais velho se viu perdido várias vezes entre os detalhes do seu marido. Ele sempre teve o costume de se arrumar bastante quando saíam. Demorou um pouco até ele se acostumar com o gostosão que o marido ficava.
Estavam sentados um pouco antes da beira do mar, em cima de uma toalha que Jeongguk havia guardado no carro deles ao sair de casa. O último citado estava descansando a cabeça nas coxas do marido, que fazia um carinho descontraído em sua nuca enquanto encaravam o mar e ouviam Jazz, gênero da adolescência deles.
— Tete... — disse o Jeon todo manhoso, ficando de barriga pra cima. — Eu amo você.
— Eu também te amo, Goo. — estava tão feliz desde que casará. Sentia que Jeongguk era sua alma-gêmea, queria ficar com ele pra sempre.
Pra sempre não num jeito ruim, necessariamente.
— Obrigado por ter casado comigo. Obrigado por gostar de mim. — sentou no colo dele, colocando as mãos em seus ombros e uma perna de cada lado do seu quadril, olhando pro marido com os olhos cintilantes que galáxias lá habitavam.
— Eu queria muito ter casado com você antes... Desculpe pelos ocorridos, meu amor. — beijou sua bochecha, ouvindo um bufar descontente. O pedido de casamento havia adiado sem querer por conta de uma viagem inesperada que o Kim teve de fazer. Mesmo sem intenção, ele se culpava muito.
— Não... Para, Tae. A culpa não foi sua, não tinha como adivinhar. Foram só 15 dias, oque importa é que agora, estamos casados e só a morte nos separa. — sorriu grande, abraçando seu amor, fazendo os dois caírem na toalha.
— Time after Time... I tell myself that I''m so lucky to be loving you..
— So lucky to be, the one you ran to see, in the evening...
— When the day is through.
Quando terminaram essa parte, de alguma forma, os rostos já estavam bem pertos, como duas almas querendo se fundir umas nas outras. Sorriram fraquinho e grudaram seus lábios, num beijo calmo e sem língua.
Taehyung gostava de acolher Jeongguk em seus braços quando se beijavam. Abraçava a cintura dele, passeava as mãos pelas coxas, acariciava as costas, fazia cafuné na nuca e apertava seu quadril.
Jeongguk gostava de apertar os ombros do marido ao se beijarem. Gostava de ficar acomodado no colinho quentinho do marido. Se sentia protegido demais. Gostava de abraçar seu pescoço, colocar as mãos lá, usar de apoio e fazer carinho.
Eles adoravam toque físico.
A única espectadora do amor antigo dos maridos era a lua, esta que brilhava em sua fase cheia, com marias distribuídas pela sua cratera, vistas pelos olhos dos dois abaixo dela.
Gostavam muito da lua. O primeiro beijo deles foi sob a luz da lua, Taehyung tirou a virgindade de Jeongguk sob a luz da lua, há 6 amos atrás.
Era muito amor, de um jeito muito bom.
Pensando nisso, Jeongguk descolou o beijo com o seu marido, aproveitando do clima e tempo pacífico, sorrindo pra este e se acomodando em seu abraço, escondendo o rosto em seu pescoço.
Ouviam o som da maré bater contra suas próprias ondas ao se encontrarem na beira do mar, o Jazz em volume ambiente, tocando as músicas favoritas do casal.
Gostavam de momentos a sós, na companhia apenas dos dois. Gostavam de momentos íntimos, estar junto num silêncio confortável enquanto toques e olhares diziam mais que palavras.
Taehyung amava Jeongguk e Jeongguk amava Taehyung, só não sabiam como dizer.
"Eu te amo" já era algo bem ultrapassado. Falavam isso sempre, queriam alguma forma de demonstrar mais amor.
Então, fizeram isso sem dizer nada. Não havia necessidade de proferir palavras uns aos outros. Toques na cintura, beijos e apertos pelos ombros já eram bastante pra convencer que 'Eu te amo' é fraco.
Todos os tempos, eles diziam como eram sortudos de amar desse jeito.
Gostavam de amar intensamente, como se não houvesse amanhã, mesmo sabendo que teria.
— Já quero ir pra casa... — disse após bocejar, se aconchegando no abraço do seu Kim.
— Vamos pra casa, então... Vai começar a ficar bastante frio. — beijou sua bochecha, o pegando no colo e os levantando. Pegou a toalha na areia e seguiu até o carro, não se importando com o bolinho manhoso que carregava.
Entraram no carro e, numa bolha de amor eterno, foram pra casa passar mais alguns minutos se amando antes de se entregarem pro mundo dos sonhos.
Como ficantes, amantes, namorados, noivos, maridos, pessoas que se amam em gera...