CORDIAL - Simone e Soraya

capítulo 11.

vocês ainda lembram de mim? :(
me perdoem pela demora dessa vez, de verdade. tava viajando, ou seja, sem tempo nenhum pra escrever...

nesse tempo eu parei pra ler umas fics simoraya, e minha cabeça deu um revertério!! comecei a confundir tudo, não sabia mais qual fanfic era qual, confundia até com a minha mesmo

então sugiro que antes de começar esse capítulo, vocês leiam uns dois anteriores de novo pra refrescar a memória

enfim, tô de volta, e com att dupla, daqui a pouco posto o outro!! 💛

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Narrador Point of View.

Ao chegar em casa, Simone sentia o peso de ter deixado a mulher com quem dormiu sozinha após uma noite incrível. Só ela sabia o quanto queria ficar, e aproveitar o restante do dia com Soraya.

Dado o fato de que foram para o segundo turno juntas, o contrato estava oficialmente acabado. Tinham conseguido o que tanto queriam. Mas na cabeça de Simone, só rondava o pensamento de não ver a loira com tanta frequência mais.

Claro que até o dia 30, teriam debates para ir, mas ela não queria ver Soraya unicamente por causa de eleição. E para isso, precisava encarar o marido que descia agora as escadas indo de encontro a ela.

Olhando de fora, certamente parece ser mais fácil do que realmente é. Mas para Simone, é o fim de um relacionamento de décadas. É uma vida juntos. Fizeram um juramento diante todos, de que seria assim até que a morte os separasse.

E se engana quem pensa que a decisão dela pedir o divórcio partia somente do fato dela estar entrando nessa espécie de rolo com a outra candidata. Estar com Soraya era uma motivação a mais para fazer o que tanto estava adiando.

Eduardo sempre fora um cara extremamente bom pra ela. Amoroso, carinhoso, gentil, compreensível, e o melhor de tudo, também era do mesmo meio político, então poderia entender quando a agenda dela não permitisse ficar por muito tempo em casa.

Mas de uns tempos para cá, as coisas já não eram as mesmas. Brigas bobas, por motivos ainda mais bobos, desgastavam o relacionamento. A ausência por causa de trabalho era ainda mais um fator. E no final das contas, os dois sabiam que não existia mais amor no casamento. Estavam juntos ainda por comodismo.

Então, Simone preferia pôr um ponto final logo, para não se tornar algo grandioso, e estragar o respeito que ainda cultivava por Eduardo.

– Oi, querida. Estava te esperando. - O homem concluiu a descida e parou em frente a Tebet.

– Oi, Eduardo. Bom dia.

– Parabéns pelo segundo turno. Sabia que você ia conseguir, e tenho certeza que a presidência já é sua. - Eduardo parecia verdadeiro em sua fala, demonstrando um orgulho genuíno.

– Obrigada. Espero que sim. - A morena balançou sutilmente a cabeça, esboçando um sorriso fraco. Estava se preparando mentalmente para o que falaria a seguir. – Eduardo, precisamos conversar.

– O que aconteceu? - Perguntou preocupado.

– Vem, vamos sentar. - Indo em direção ao sofá da sala, Simone sentou-se e deu dois tapinhas no espaço ao seu lado, indicando onde Eduardo deveria se acomodar também.

O homem olhava atentamente para a esposa, esperando que ela começasse a falar o que queria. No fundo, ele sabia do que se tratava.

– Eu sempre serei grata a você pelos anos em que passamos juntos, sabe disso, não é? Mas sejamos sinceros, isso aqui, já acabou faz um tempo. - Simone apontou para si mesma e depois para o homem. – Não temos mais tempo um para o outro, e o pouco que temos, usamos para discutir. É cansativo. - Suspirou. – Eu quero o divórcio.

Ao finalizar, a mulher soltou o ar que nem percebeu estar predendo, e sentiu seu corpo leve, como se tivesse tirado um peso das costas. E realmente tinha. Estava empurrando o casamento com a barriga.

Eduardo por sua vez, não demonstrou surpresa com o que acabara de ouvir. Já estava esperando por aquilo, e concordava com a sua esposa. Sabia a hora de parar.

– Mesmo esperando por isso, não deixa de ser difícil. Mas eu concordo com você, e também serei eternamente grato por todos os anos juntos. Você é uma mulher incrível, Simone. Espero que possamos manter uma amizade.

– Claro que podemos, Eduardo. - Sorriu simpática.

Simone pensou em contar sobre a traição, contar sobre Soraya. Mas o clima daquela conversa estava tão pacífico que preferiu não arriscar terminar mal. Ela sabia que tinha que falar, mesmo as coisas estando ruins entre eles quando aconteceu, não deixava de ser algo extraconjugal.

– Então em nome dos anos de casamento, sairemos hoje para comemorar o início de um novo ciclo, e o seu pé na presidência. E não aceito "não" como resposta. - Falou simpático, pegando uma mão de Tebet e apertando.

– Tudo bem. Acho que mereço um momento de distração antes da campanha começar de vez novamente.

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– Eu sabia que seria um ótimo lugar para virmos. - Simone escutou a voz de Eduardo, e se conteve para não revirar os olhos de leve. Odiava música alta, e o agora ex marido, tinha trago ela justamente para uma boate.

- Eduardo, ainda bem que você não é mais meu marido. Depois de anos de casamento, não sabe que isso aqui não é o meu estilo? - Tebet brincou, falando um pouco mais alto para que o homem pudesse ouvir.

– Desculpa, esqueci que você não gosta de se misturar com pessoas. Ainda mais se tiver pobres por aqui. - O homem retrucou, também brincando. Eles eram melhores como amigos do que como casados, estavam constatando isso agora.– Aproveita que só se vive uma vez.

– Pelo menos não está lotado. - A Senadora olhava ao redor, analisando o ambiente. Tinha pouquíssima iluminação, mas mesmo para uma boate, não deixava de ser sofisticado.

– Aquela não é a Soraya? Sua oponente e ex aluna? - Eduardo perguntou de repente, também analisando o local, e Simone se virou para olhar na mesma direção que ele.

E então, viu uma cena que pouco lhe agradou. A loira dançava agarrada a um homem alto e ruivo, em completa sincronia.

Simone automaticamente sentiu seu sangue ferver. Só podia ser uma brincadeira de muito mau gosto com ela. Tudo bem que não tinham nada, mas precisava dançar daquela... forma? Definitivamente não.