oi gente, tudo bem? não é miragem e peço que leiam as notas finais, por favorzinho!!!
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Soraya Thronicke Point of View.
– Bê, não sei não. Sua mãe deixou? - Perguntei com a voz suave, passando as mãos delicadamente pelo cabelo castanho da cópia perfeita minha e da Simone no quesito personalidade.
– É... deixou. Mas eu tenho que perguntar pra você também, mamãe.
Quem acha que criança não consegue ter atitudes manipuladoras é porque nunca viu os olhinhos de cachorro pidão que o Bernardo faz quando quer nos convencer de algo.
Spoiler: ele sempre consegue.
Olhei para ele mais uma vez, segurando a risada para que minha pose de mãe séria não caísse, e fingi pensar com a mão no queixo.
– Tudo bem, carinha, mas ó, só um pouco.
– Yeah, você é demais. Obrigada.
Sorri orgulhosa e vi quando ele correu agora na direção de Simone, que conversava atentamente com Natasha. Pensei em reclama-ló por estar correndo dentro de casa, mas deixei passar quando o vi fazendo a mesma carinha que fez ao se dirigir a mim, para Simone.
Espertinho.
Falou para mim que Simone o deixou beber refrigerante, e falará para Simone que eu que deixei.
Continuei observando a interação dos dois, e como Bernardo se adaptou rapidamente a nossa rotina, família e amigos, como se convivesse com isso tudo desde que nasceu.
Meus olhos lacrimejaram involuntariamente quando a memória do nosso primeiro encontro se fez presente na minha cabeça.
Após a nossa visita na casa dos meus pais, nada além do desejo de ser mãe rondava a minha cabeça. Pensava tanto nisso que sentia vontade de chorar às vezes criando cenários na minha cabeça. Sempre sonhei com isso, mas sonhar com isso tendo a pessoa que você ama, e quer passar o resto de sua vida junto, ao seu lado, é completamente diferente. De uma maneira extremamente boa, claro.
Poucos sabem, mas eu ajudo alguns projetos de comunidades carentes, e foi em um desses que conheci o amor da forma mais genuína e linda possível.
*Flashback On*
Eu passeava pela espécie de creche, visitando sala após sala, vendo como aquele projeto tinha evoluído e mudado a vida de centenas de crianças. Fazer parte daquilo era gratificante, e a cada sorriso e "Oi Tia Soso" que eu recebia, tinha mais certeza de que estava fazendo o certo.
Entrei na última sala, tinha no máximo 13 crianças, sentadas em suas respectivas cadeiras, montando pecinhas de Lego. Andei por entre elas com os braços para trás, sorrindo sutilmente, e avistei esse garotinho mais afastado, tinha entre 3 à 4 anos, e parecia aborrecido em tentar encaixar as peças e não conseguir.
Me aproximei lentamente, abaixando-me na altura da sua mesinha, ficando por cima dos meus joelhos. O garoto não pareceu se importar com a minha proximidade, tanto é que não fez questão nenhuma de olhar para o lado, mas quando ouviu minha voz soar baixinha e gentil, perguntando-o se queria ajuda, sua cabeça virou e eu poderia jurar que tudo dentro de mim se remexeu.
Ele me analisou por inteira, como se conseguisse ver minha alma com aqueles olhinhos grandes da cor de mel, e eu fiz o mesmo, não entendendo o motivo da minha visão de repente embaçar devido as lágrimas que se formavam. Quando pareceu ser o suficiente, ele deu o sorriso mais lindo que eu já vi, colocando sua mãozinha na minha bochecha e disse:
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CORDIAL - Simone e Soraya
Fiksi PenggemarDesde quando eram apenas professora e aluna, Soraya arrumava um jeito de fazer Simone nutrir ainda mais ódio por ela. Agora, depois de anos, em meio a uma disputa pela presidência, as duas se vêem tendo que aturar a presença uma da outra mais vezes...