capítulo 17.

4.3K 383 524
                                    

oi, oi
capítulo regado de boiolagem, boa leitura 💛

||||||||||

Simone Tebet Point of View.

Cheguei ao hotel onde Soraya estava hospedada por volta das 16h20. Me acomodei em um quarto no mesmo corredor que ela, e fui tomar banho. Há essa hora, com base no que andei stalkeando, ela ainda estaria na rua em campanha. Então, ainda me restava alguns minutos antes de vê-la.

Deixei a água quente escorrer desde os meus cabelos por todo o meu corpo. Tenho quase certeza que ficarei avermelhada devido a tanta quentura, mas é uma coisa que definitivamente eu necessitava.

Lutar pela democracia tem um preço, não é mesmo? E eu estava pagando em exaustão, cansaço e sono. Mas é um preço pequeno a se pagar quando um país precisa de você.

Saí do banho secando os meus cabelos com a toalha, e decidi que não usaria secador e nem chapinha hoje, deixaria natural. Viajaria ainda hoje pela noite, e toda economia de tempo para usar com a minha loira é bom.

Vesti uma calça preta com um tecido mais molinho, e uma camiseta qualquer cinza de algodão, de mangas curtas. Conferi o relógio e percebi que já tinham se passado 50 minutos, sendo assim, abri a porta e fui em direção ao quarto de Soraya.

Bati duas vezes e pude ouvir o seu "Já vai!", e segundos depois a maçaneta girou, e por trás do objeto de madeira, pude ver ela.

Sua expressão foi de pura surpresa por me ver parada na sua frente, mas ela não deixou que isso ficasse evidenciado por muito tempo, logo dando espaço a uma carranca em seu rosto.

O quão ferrada eu estava?

Abriu a porta de vez para que eu passasse, e entrou novamente no quarto, como se não fosse nada demais e minha presença ali não fizesse diferença.

Entrei e fechei a porta atrás de mim, indo até ela que agora arrumava algo em sua mala posta em cima da cama.

– Ei. - Falei sutilmente, estacionada ao seu lado.

– O que você está fazendo aqui, Simone? - Sua expressão continuava a mesma, mas eu podia perceber que ela estava se segurando muito para não começar a falar tudo de vez.

– Eu vou fazer campanha aqui perto e quis parar para te ver. Você não me atendia e nem respondia as minhas mensagens. - Expliquei.

– Não precisava. Poderia ficar pra lá com a narizinho. - Seu tom era puro deboche e eu me segurei muito para não rir e piorar a minha situação.

– Narizinho? - Perguntei.

– É, a Gleisi, a nariz empinado.

– Você me solta cada pérola que por Deus. - Dei risada e me sentei na cama, olhando para a mulher a minha frente que arrumava a mala como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

– A presidente do partido, hein? Você não brinca em serviço.

Como pode em um corpo de estatura tão baixa caber tanto ciúmes?

– Soraya, você me mata de rir!

– Tá achando engraçado? - Me olhou com raiva e eu parei no mesmo instante.

– Você fica linda assim toda bravinha.

– Simone, sai da minha frente e vai ficar com suas loiras pra lá, anda anda. - Bateu palminhas e fez um gesto indicando que queria que eu me levantasse da cama. Fiquei de pé e parei em sua frente.

CORDIAL - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora