CORDIAL - Simone e Soraya

capítulo 28.

oi galerinha!!
coloquei uns trechos da música "say you won't let go" nesse capítulo, então sintam-se a vontade para dar play quando a letra começar. (não coloquei do começo, mas vai ser bom do mesmo jeito)
bom capítulo 💛

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Narrador Point of View.

A sucessão de acontecimentos após a partida de Soraya, foi um borrão na mente de Simone. Ela nem ao menos sabia como tinha voltado para o apartamento, mas quando entrou, Gleisi já não se encontrava lá, e ela agradeceu mentalmente por isso. A última coisa que queria era ter que lidar com a mulher estando daquela maneira.

Entrou no seu quarto, se deitando na cama que a pouco tempo tinha Soraya no travesseiro ao lado, e chorou copiosamente. Sentiu tudo em seu corpo doer, como se a dor de ter acabado seu relacionamento, fosse agora física também, a incapacitanto até de se mover.

Tentou ligar para Soraya algumas vezes, preocupada com a forma com que ela tinha saído, afinal a loira estava dirigindo, mas não obteve êxito. Chamava, chamava, e não era atendida. E com base no que conhecia de Soraya, que era bastante coisa, sabia que ela não atenderia, então desistiu.

Pegou o travesseiro que a loira tinha usado, e pressionou contra o seu rosto, desejando sentir mais do aroma gostoso que só Soraya tem. Mais lágrimas desceram pelas suas bochechas, e dessa vez ela tentou conter, passando o dorso da mão para secá-las.

Alcançou seu celular mais uma vez, dessa vez discando um número diferente. Esperou chamar, e no segundo toque a ligação foi atendida.

– Até de folga você não me deixa em paz? - Natasha falou do outro lado, em um tom sério, mas para Simone que já a conhecia o suficiente, pôde identificar a brincadeira.

– Eu e a Soraya brigamos feio, e acabou tudo. - Descarregou, sem nem preparar a ruiva antes para o que iria dizer.

– Espera. O QUÊ? O quê aconteceu? - O tom de voz mudou abruptamente, e ela parecia tão desesperada e preocupada como Simone achava que seria.

– É uma longa história. Você está em Brasília? - Perguntou. Sua voz estava tão baixa, que Natasha verificou se seu aparelho estava no volume máximo, antes de responder.

– Estou.

– Você poderia vir aqui?

– Claro! Chego aí logo, logo.

A morena continuou deitada, se levantando só quando ouviu as batidas na porta. A entrada de Natasha ali já era permitida, então sabia que era ela.

Abriu a porta e deu as costas para a mais nova, deixando ela com a missão de fechar por conta própria o objeto. Andou até o sofá e se sentou. Natasha foi atrás, se acomodando na poltrona da frente.

– Você já jantou? Posso preparar algo, a Soraya comprou umas coisas e...

– Você não precisa fingir comigo, Simone. Sabe disso, não é? - A ruiva cortou. Assim que pousou seus olhos em Tebet, se deu conta da bagunça que ela estava.

Simone suspirou pesadamente em resposta, colocando os cotovelos apoiados nas pernas, para adentrar os dedos no cabelo e manter a cabeça abaixada.

– Ela entendeu tudo errado, Nat. A Gleisi apareceu aqui, e eu não sei de verdade o que deu nela, mas quando vi ela já estava me beijando, e a Soraya saindo pela porta praticamente correndo.

– Que baranga, como eu queria mandar essa mulher tomar vergonha na cara, e dar uns bons tapas nela. - Natasha respondeu com indignação.

– Ela nem ao menos sabe nada sobre eu e a Soraya, não acredito que tenha feito com más intenções. Mas também não foi certo, e eu nem quero saber disso agora. - Levantou sua cabeça, agora massageando as têmporas. – A briga foi tão feia, ela jogou na minha cara que traí o Edu, então poderia muito bem ter feito o mesmo com ela. E eu não entendo como ela pode pensar em algo assim.