At Home - 1°

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Opa, tudo bom? Não sou o rei das introduções, mas tamo aí. Foi um capitulo bem complicado de escrever, espero que gostem


Sentia o vento contra meu rosto, a sensação era fria, leve e boa, como se fosse novamente uma tarde das quais eu saia da escola de bicicleta apressado para ir ver meus amigos na praça, como as coisas mudaram tanto? O que o pequeno Basil pensaria de mim agora? No final acredito que sempre soube: manteria todos aqueles idiotas na minha vida

Filosófico? talvez, mas eu estava mantendo minha cabeça ocupada enquanto dirigia para a morte, ou melhor, enquanto sunny conduzia o carro para irmos visitar a mãe dele no feriado. Já havia começado tudo tão raro, sunny tinha carteira e um carro, Por que ele pegava onibus? De acordo com ele, ele tinha medo de dirigir a um lugar e não poder voltar por estar bêbado. Depois ainda tive que me manter sã que estava indo a casa da minha sogra que me odiava, mesmo antes de ser seu genro, sem ela ao menos saber que seu filho era gay; eu quero morrer

- Basil, esta dormindo de olhos abertos?

- Não creio, mas sería meu sonho. A cada placa de estrada fico mais nervoso, sua mãe vai me matar

- Vai ficar tudo bem, eu juro - Ele tira uma das mãos do volante colocando sobre minha perna e dando um leve aperto

- Diz isso porque sabe que você ela não vai matar - Coloco minha mão sobre a dele apertando - Não quero que ela te faça sentir mal por mim. Eu sei que vai se colocar contra ela se for por mim

Era incrível que eu podia dizer isso com tanta segurança, eu o conhecia e confiava como jamais confiei em mim mesmo, isso era perfeito e assustador ao mesmo tempo

- Você não está errado, mas não quero adiar isso - Ele falava enquanto olhava a estrada, o trafico era quase nulo, um ou dois carros passavam por nós a cada meia hora - somos namorados e eu levo a nossa relação em serio, não quero esconder algo que amo da minha família

- Você me ama? - Estava suando frio surpreso, não por ele me amar, isso era obvio, eu também o amava, mas admitir isso um ao outro, ainda não haviamos feito isso

- Supostamente - Vejo um sorriso envergonhado surgir em seu rosto

- Eu também supostamente te amo - Inclino beijando a bochecha dele para não o atrapalhar dirigir

Eu definitivamente estava surtado por tudo, mas ele me fazia sentir seguro com toda ideia maluco. Algumas horas mais de Harry Styles tocando e doces que comiamos a cada segundo, e estavamos diante da casa dele, era pequena, o jardim da frente tinha um gramado curto e bem cuidado. Ele estaciona e me olha como se perguntasse se eu quisesse voltar

- Vamos - Falo pouco confiante descendo com minha mochila sentindo meu corpo gelar a ponto das pontas dos meus dedos doerem, as vezes o medo psicológico era extremamente físico - Entramos juntos?

- Sim, ela vai estranhar, mas não vai te deixar de fora - Ele segura minha mão e bate na porta, leva longos segundos até que a porta abre com a imagem que eu já conhecia: senhora Park, seu rosto sempre fora jovem e bonito, mesmo que agora com as marcas do tempo, ela estava com um olhar emocionado olhando seu filho e vejo seu brilho sumir ao cruzar com os meus - Oi, mãe

Ele solta minha mão para abraçar a mãe que retribui mesmo confusa comigo

- Você demorou, estava preocupada - Ela segura o rosto dele entre as mãos, como toda mãe analisando o filho como se fosse um bebê sujo - Posso saber por que temos o Menshyer junto?

- Olá, senhora Park - Falo meio baixo sem saber o que fazer com toda a situação

- Ele veio passar o feriado conosco - Ele responde com o rosto ainda nas mãos da mãe - Podemos conversar a dentro?

Ela o solta, e mesmo que eu esperasse que ela dissesse não, ela apenas entra nós dando passagem e tiro os sapatos junto a Sunny antes de entrar

- Fazemos a mesma faculdade - Ele contava enquanto eu o acompanhava ficando do lado que a mãe dele não estava - E...

- Que eu me lembre, já conversamos a alguns anos sobre o quão prejudicial foram um para o outro - Ela não parecia feliz e definitavemente não paciente

- Mãe...

- Não me venha com sua defesa, Park Sunny, vocês dois poderiam ter matado um ao outro

- Eramos crianças e não estavamos bem

- Eu quase perdi você, eu perdi a sua irmã. Já tivemos essa conversa várias vezes, você pode ter os amigos que quiser, mas não ele - Ela fala mais brava a cada resposta que ele tenta dar

- Ele não é só meu amigo, é meu namorado - O rosto dela fica palido, o comodo fica em completo silencio, os olhos dela eram tão fixos neles que eu me sentia incomodado e não eram a mim que olhavam - Mãe, o Basil é meu namorado, por isso o trouxe, eu quero as pessoas que eu amo juntas. Eu sempre gostei dele, começamos a namorar na falcudade, mãe, por favor. Eu sei tudo que passou, como foi dificil, mas a culpa não era do Basil, nem minha e muito menos sua. Erámos crianças lidando com algo muito complicado para nossa idade. E agora, estamos bem, eu estou feliz, nós estamos

- Park Sunny... - Sinto algo ruim doer em meu peito, ve-la, ela parecia extremamente triste e ao mesmo desapontada com ele. Eu não conseguia dizer nada e também nem creio que devia. Tudo fica pior com ela aproximando dele e dando um tapa em cheio no seu rosto - Eu estou tão desapontada - A voz dela tremia entre cada palavra

Foram as únicas palavras dela antes de sair do comodo indo ao que creio ser seu quarto. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas, mas caio no choro ao Sunny me olhar, ele parecia tão perdido, ele realmente acreditou que ela o aceitaria... Nós aceitaria; O abraço com força me desmanchando em choro tentando nós consolar ao mesmo tempo

𝒬𝓊𝒶𝓃𝒹𝓸 𝓮𝓵𝓮   𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 - OMORI Onde histórias criam vida. Descubra agora