consciência

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Opa, tudo bom?

Eu jurava que essa fic não chegaria nem a 5 capítulos e aqui vamos nós com 40°, loucura. Eu realmente aprecio quem tem acompanhado e gostado, vocês me lembram o quão bom é escrever e dar vida a personagens, obrigado

Ar, eu já não sentia ar em meus pulmões, minha pele queimava em um sufoco silêncioso, pois nem meus ouvidos captavam meu grito mudo, o que eu havia feito? O mundo não parecia fixo a cada olhar que eu buscava apenas via vultos e mais vultos ao meu redor, eu havia me perdido dentro de mim mesmo

- Basil - Outra voz ecoa em minha cabeça e tento buscar algo na imensidão branca que me sufocava

E se fosse de novo aquilo? E se fosse minha culpa? Eu havia passado anos com meu psicologo falando sobre aquilo, ele, isso. O olhar da Mari em seu padecimento me seguiu por anos em cada crise e pesadelo, como eu poderia aceitar o perdão depois de tudo que eu fiz? 

Consigo ficar de pé olhando no fim daquela imensidão a sombra flutuando asquerosamente, a testura gosmenta, os movimentos repulsivo; Era o medo, meu medo

- Basil, eu estou aqui - Grito agudo ao ouvir isso e ao mesmo tempo sentir mãos me envolverem - Calma, calma - Sintoo meus joelhos contra o piso, eu estava ajoelhado, enquanto alguém me abraçava colocando o meu corpo contra o dele - Eu estou aqui

- Sunny - Minha voz saia quebrada, sem forças para raciocinar uma resposta

- Oi - A mão dele passa por meu cabelo até meu rosto - to aqui com você - levanto o rosto ainda atordoado, cruzando meus olhos com o dele. Eu não estava sozinho, não estava em uma sala vazia, eu estava na casa dele, eu não era mais o pequeno Basil de Farway - Vou te levar para o meu quarto, ok? - Sinto seus braços passarem por minhas costas e por debaixo das minhas pernas me carregando até outro comodo, e não o solto ao ser posto na cama - Quer que eu deite com você?

- Por favor - O puxo grudando nele

Não lembro se cochilei, ou apenas perdi a noção de espaço por horas, mas quando finalmente me senti eu mesmo, sentei-me na cama secando meu rosto

- Quer conversar? - Ele senta me olhando, parecia preocupado

- Não sei o que dizer - Como eu explicaria aquilo tudo? Como colocaria ele contra a mãe? Eu jamais faria isso

- Você teve um ataque de pânico, quando desci, você estava agaixado no chão e não me respondia - Sinto seu toque sobre minha bochecha enquanto ele contava - Quer conversar sobre isso?

- Não foi nada - Abaixo o olhar, enquanto segurava a mão dele que antes estava no meu rosto - Vi uma foto da Mari e me vinheram lembranças ruins - Eu o queria feliz, não podia destruir algo tão importante

Ele ficou em silencio alguns segundos, apenas nossas mãos uma sobre a outra

- Como você se sentiu?

- Com medo, um pavor que não sentia a anos - era uma verdade

- Sempre que se sentir assim, mesmo que pouco, pode me chamar, enfrentamos isso juntos, ok? 

- Ok - Volto a olha-lo, ele não demonstrava tristeza, mas calma. Sunny nunca escondia sentimentos de mim, e ver que ele era seguro com toda essa situação me deixava acolhido e ao mesmo tempo impressionado - sujei sua cama com terra

- Me sujou também - Um sorriso curto nascia no rosto dele - banhamos de novo juntos, minha mãe pareceu ocupada na cozinha quando eu desci, não vai nós supervisionar

Eu ainda não estava 100 porcento, mas estava melhorando. Levanto tirando minha roupa sentindo minha pele arrepiar pela temperatura baixa, caminhei até o banheiro do quarto só de cueca. Eu o deixei encher a banheira e ele entrar primeiro, antes de entrar entre os braços deles, eu só precisava ser abraçado

- Gosto do cheiro do seu sabonete - Sunny não usava perfume, mas por incrível que pareça sua pele tinha o leve cheiro do seu sabonete

- Eu sei, fala isso toda vez que dormi comigo - Ele passava a bucha devagar por meu braço - Vai ficar com meu cheiro agora

- Pensei besteira, mas não estou com ânimo para dizer - Eu podia me ensaboar, mas o deixei cuidar de mim

- "Preferia que fosse de outra maneira" - Ele fala em um tom ridiculo, que descubro em seguida que seria a imitação da minha voz na versão dele e bato na perna dele - Te dei ânimo para me bater pelo menos

- Não falo assim - Sorrio sem perceber - obrigado

- Não me agradeça por cuidar de você

- Eu devo, você é incrivelmente paciente

- E você faria o mesmo por mim e inclusive tentou fazer quando eramos mais jovens - Nesse ponto eu ja estava sentado torto na banheira para o olhar

- Obrigado - Repito insistente e dou um selinho longo nele 

- Obrigado - Ele repite me olhando

𝒬𝓊𝒶𝓃𝒹𝓸 𝓮𝓵𝓮   𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 - OMORI Onde histórias criam vida. Descubra agora