𝒬𝓊𝒶𝓃𝒹𝓸 𝓮𝓵𝓮 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 - OMORI

Sereno

Opa! Tudo bão? Voltei, ainda corrigindo, mas decidi soltar o princípio desse caos aqui, tem também vários pontos que eu tô desenvolvendo no personagem, fiquem espertos ✨

Eu estava cortando as ramas e arrancando as ervas daninhas das minhas plantas enquanto Sunny terminava de secar o carro dos meus pais mais a frente. Já era quase hora do almoço e havia combinado com minha outra família, os Hunters, que o rango seria aqui em casa

- Filho - Escuto a voz do meu pai e olho na direção e o mesmo me encara - Você não - o encaro emburrado, percebendo que ele tava chamando o Sunny, e o mesmo trazia água para o "filho". Os dois estavam lavando o carro juntos

- Traição nesse nível, eu quero divórcio parental

- Como é ciumento - Meu pai ri enquanto estendia os carpetes do carro na cerca da casa depois de entregar a água para o outro - tá lavando meu carro e me respeita, é meu filho e ainda mais educado que certos filhos

- bla-bla - falo com uma voz infantil brincando e levanto - Sou seu único filho, me recuso a dividir amor - olho Sunny que sorria tímido enquanto carregava o balde devolta até a garagem

Deixo a tesoura de jardinagem perto dos jarros e aproveito que eles terminaram para grudar no Sunny

- Kel tá enrolando

- Eles devem estar se arrumando, devem ter dormido até tarde - Meu namorado ajeita minha franja para trás da minha orelha

- conhecendo os 3, devem ter passado a noite fofocando

- Você adoraria estar na fofoca - Ele comenta e Rio. Eu não gostava de falar da vida alheia, mas adorava ouvir o mundo nos olhos dos meus amigos

- Adoraria - Rio curto

- Os dois podem deixar de namorar e ir tomar banho? - Meu pai se meti na conversa ao entrar na garagem - adolescentes suados fedem

- Você nós fez trabalhar! - viro para ele que revira os olhos pelo "trabalhar"

- vai banhar, trabalhador - Ele indica e seguimos juntos, mas ele segura o ombro do Sunny para ficar - Um por vez

- Pai...

- É para banhar, e dá para banhar sozinho. Um por vez. Minha casa não é motel - Eu não sabia onde esconder a cara, e Sunny não estava diferente

Faço careta para ele sem saber o que fazer e vou para o banheiro, era pequeno, a casa era. Meus pais eram bem financeiramente, porém éramos pouco, não precisávamos de muito espaço. Tiro minha roupa me olhando no grande espelho que cobria a parede da pia e passo a mão por meu ombro e estômago encarando o reflexos no objeto. Aquilo era eu, aquela pessoa, era engraçado e trágico ver a si mesmo, eu as vezes esquecia como "eu" era, meu cabelo estava voltando a crescer, os cachos mal cuidados, o rosto fino, o corpo sem músculos, não me lembrava mais o que gostava em mim, o que o Sunny gosta? Eu não achava feio minha aparência, mas não conseguia amar o que via. Queria ser algo, alguém, mais alguma coisa, todavia não sabia o que faltava

Entro no chuveiro deixando a água tirar esses pensamentos estúpidos da minha cabeça e aproveito para lavar meu cabelo, talvez pedisse para Aubrey cortar-lo, ela sempre acertava o melhor cumprimento para ele

Enrolo um bom tempo no banho, quando desço já vestido pego a cena da minha mãe e Sunny escorados no balcão falando de algum funcionário dela que fez algo engraçado, meu coração batia diferente, era... Reconfortante ter duas pessoas que você ama se dando bem, já não me lembrava porque não os contei antes ou ciúmes de ter outro sendo mimado por eles

- Mãe - Aproximo deles

- Hum? - ela vira para mim e logo passa a mão por meu cabelo ajeitando o penteado não gostando que eu o deixasse bagunçado