Silencio do carro - +18

118 9 9
                                    

Opa, tudo bão? Devo admitir que chorei muito relendo esse capítulo sabendo de tudo que vai rolar depois, eu gosto tanto desse apoio que tem entre eles.

Pizza, não era com certeza o café da manhã mais nutritivo e muito menos o certo para o horário. Eram 8 da manhã e haviamos dirigido até um posto para abastecer, o carro que já estava nas ultimas e por incrível sorte vendia pizza na lanchonete. Então, eu e Sunny estavamos jogados nos bancos da frente do carro comendo nem um pouco preocupados com a sujeira que faziamos

- Sua mãe deve estar preocupada, deviamos ao menos enviar uma mensagem que você está vivo - Afinal, mesmo depois de tudo, ela ainda era a mãe dele e ainda se preocupava com a saúde dele - Acha que se enviarmos do meu celular, ela ler? - Ele não havia trago celular

- Passamos lá mais tarde, nossas coisas estão lá, temos que buscar de qualquer maneira - O olho tendo visão da boca suja da oleosidade da pizza, a minha não devia estar diferente

- Quer mesmo voltar lá?

- Para buscar nossas coisas, se ela não quer passar o feriado conosco, vamos para Farway, a senhora Hunter não vai nós expulsar

- Breves lembranças do passado em que fomos expulsos, mas creio em você - Segurança não era exatamente o sentimento que eu sentia em relação a voltar lá, mas precisávamos - Sua mãe nós deixaria pegar as coisas?

- Eu entro, tento ver como as coisas estão, pego tudo e vamos. Só temos mais dois dias livres, não quero que passemos brigando por algo que nem devia ser complicado. Eu a amo, mas não quero brigar com ela

Sentamos normal colocando o cinto e tentamos limpar o rosto com uma camisa minha que estava jogada no banco de trás de outras noites, antes de irmos para a casa Park. Não era o pior cenário, ela não havia o expulsado ou batido, porém humilha-lo daquela forma era tão brutal e insensível para alguém que devia ama-lo, não conseguia entender como amor gerava tanto ódio, talvez eu ainda seja jovem demais para entender

- Vou ligar para o Kel, enquanto você pega as coisas - Já estavamos com o carro estacionado na rua de frente a casa - Cuidado

- Vou ter - Ele inclina para um selinho antes de descer do carro e ir até a casa, e se ela não deixasse pegar as coisas? E se discutissem? Eu queria ir junto, mas era melhor não. Ligo para o Kel, logo sendo atendido

_Amor da minha vida, quanto tempo, tudo bem? - O tom dele era animado, e varias vozes podiam ser ouvidas ao fundo

_Oi, amor - Sorrio o chamando assim, era tão bobo - Por alto, aceitaria dois rapazes bonitos, sexys e sem lar na sua casa para o feriado?

_Tá pedindo para eu te adotar? - Escuto a voz da Aubrey dizendo "Sim" no fundo - Rolou algo aí? Obvio que você é bem vindo, Ba, é namorado do meu namorado

_ Complicado, te conto quanto estiver aí. Te amo, valeu

_ Ama nada, espero você e o meu peguente! - Ele desliga

Não era dificil as coisas com ele, talvez por ele me amar muito, ou nossa amizade de longa data, definitivamente por já termos perdido o bom senso na nossa amizade e a mãe dele ter me aceitado como sobrinho chato. Não demorou muito para Sunny voltar com nossas mochilas e o celular na mão, ele estava com a cara fechada, mas não parecia ter chorado

- Tudo bem? - Ajudo ele a passar as mochilas para o banco de trás - Ela tentou te parar?

- Na verdade não. Ela fingiu que eu não estava lá - Ele fica alguns segundos calado - Eu pelo menos disse tchau. Estou magoado, mas não quero entrar nesse jogo de culpa, ela quer que eu me sinta mal e peça desculpas por não ser como ela quer. E não vou mentir que eu realmente faria isso, se você não estivesse aqui

- Sunny, isso não é certo. Você não deve pedir desculpas por alguém machucar você - Eu não entendia, não entendia porque ele acreditava em algum tão ruim - Por que você pediria?

- Eu não sei, sempre foi assim. Nunca importou para eles - Ele estava falando dos pais, isso era horrível, nem toda violencia era física, violencia psicologica feri e deixa traumas. Sunny estava tentando sair de ciclo violento que ele foi posto pelas pessoas que ele amava

- Não é sua culpa, não é nossa - Seguro a mão dele tentando trazer conforto - Se ela escolheu o silencio, você a deixa viver com isso, você não precisa conserta algo que não quebrou - Os olhos dele estavam focados na estrada, mesmo que o carro estivesse parado

- Não é fácil, entender isso, aceitar isso. Parece errado, são... é minha mãe, ela deveria ser um exemplo, uma figura de respeito que eu nunca deveria virar as costas

- Você não está virando as costas - Toco as pontas dos dedos em sua bochehca em carinho até ele me olhar - Se afastar quando você foi o machucado, quando você tentou o melhor, não é virar as costas. Isso é o certo, você não fez nada errado, Sunny - Os olhos dele fecham enquanto eu acariciava sua bochecha. Eu sinto meu coração pesar, eu queria poder ter estado todas as vezes junto dele para não deixar que o colocassem a culpa quando ele era somente a vítima, ele não merecia carregar tudo isso, ser filho de alguém não era sobre odio

- Eu juro que estou tentando acreditar nisso - Ele mantinha os olhos fechados, mas eu sabia que ele estava segurando o choro - Mas parece tão errado

- Não, não é - repito baixo sem deixar de estar lá com ele


𝒬𝓊𝒶𝓃𝒹𝓸 𝓮𝓵𝓮   𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 - OMORI Onde histórias criam vida. Descubra agora