Capítulo 6

114 9 1
                                    


— Vai vir comigo ou não? — Kisaki questionou com a voz firme

Ele pode engrossar a voz até não conseguir mais usá-la, não vai adiantar. Isso não é o tipo de coisa que me deixa intimidada.

— Eu vou — Respondo antes de caminhar até Baji que estava prestes a ir embora — Me liga amanhã, precisamos conversar

— Tudo bem, tome cuidado — Baji respondeu tirando os cabelos da minha testa para beijá-la enquanto eu acaricio sua nuca

E daí se a Toman inteira está nos olhando? Foda-se eles! É a primeira vez que eu reencontro o Baji desde que passei a morar em Tokyo!

— Ash, cuide do Yusuke e não me esperem, voltem para casa — Peço antes de me virar para Mikey que apenas observava tudo — Mikey, quando o Takemichi acordar, peça para ele me encontrar na minha casa amanhã

Corro para alcançar Kisaki e caminho ao seu lado.

— Onde vamos? — Pergunto colocando as mãos atrás da cabeça

— Está com fome?

Na mesma hora meu estômago ronca.

— Isso responde sua pergunta? — Falo olhando para ele, recebendo um sorriso como resposta

— Vamos comprar algo para comer enquanto conversamos — Falou calmamente

— Minha moto não está muito longe, se você quiser podemos ir nela. Sinceramente, eu não estou muito a fim de ficar andando

Ele acena e me segue enquanto eu caminho em direção a minha moto. Subo na mesma antes de pegar a chave em meu bolso e a ligar.

Olho para Kisaki que encarava cada parte da minha moto, seu olhar subiu para mim, encarando desde as minhas botas até o meu cabelo solto.

— O que você está esperando? Um convite? — Falo inclinando para frente e me apoiando na moto — Sobe logo!

Ele veio até mim, pegando uma mecha vermelha dos meus cabelos e a levando para seu rosto, o cheirando antes de o beijar.

— Bela moto — Sussurrou contra meu cabelo antes de subir na moto

Minha moto é grande o suficiente para nós ficarmos afastados, mas pelo visto, não era isso que Kisaki queria, já que assim que se sentou atrás de mim, pressionou o seu corpo contra o meu.

Ele era mais baixo, acredito que tenha menos de 1,70, seu corpo pressionado contra mim não era ruim, pelo contrário, era confortável o suficiente para eu me acostumar com o seu toque.

— Para onde você quer ir? — Pergunto me virando para encará-lo

Ele me fala o endereço e percebo que era a localização de uma lanchonete. Eu já tive vontade de ir nela, parece que vou hoje.

— Segure firme, eu não sou o tipo de pessoa que gosta de lentidão

Em resposta, ele aperta a minha cintura. Não era o que eu esperava, mas ainda é válido.

[...]

Desço da moto e passo as mãos pelos cabelos para arrumá-los novamente. Olho para Kisaki vendo seus olhos me observarem atentamente.

Caminhando lado a lado, nós entramos na lanchonete. O local era como uma lanchonete qualquer, com mesas de madeira, assentos almofadados e revestidos com um tecido vermelho com sua parte de trás grudada em outro assento.

Havia uma mesa no fundo, e foi nela que nós nos acomodamos. Apoio meu rosto na palma da minha mão enquanto observo Kisaki, que decidia o que iria comer.

𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭𝐬 𝐌𝐚𝐝𝐞 𝐓𝐨 𝐁𝐫𝐞𝐚𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora