O início do fim- Parte 3

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Oi leitores!
Só um rápido aviso. Eu estava relendo os capítulos anteriores e vi que em "Nova Era" e "Distração" a culpa parece que é do Frank. Mas no final de "Distração" e em todo o "Culpado" a culpa vai pro Caesar, que revela o 'plano maligno' de infectar e curar todo mundo. Vou explicar porque: inicialmente, a culpa é mesmo do Frank! Mas depois de desenvolver a história um pouco mais, pensei que seria melhor culpar o Frank, pra ele ser preso, mas o verdadeiro causador ser o Caesar e vi que realmente ficou melhor assim.
Então o que eu queria dizer é: não vou mudar os capítulos para forçar vocês a lê-los de novo, até porque já os editei várias vezes. Talvez, num futuro próximo, eu poste a história novamente, mas mudada e melhor construída e esclarecida, aí nessa edição eu mudo essa parte específica do enredo.
Em síntese, o que eu queria dizer: 1- o barulho quase inaudível que começou a tocar quando Ilana saiu do colo do Frank ( hummm, safadinhos) foi o começo da contagem regressiva do lançamento da vacina. Se não sabem do que diabos eu to falando, isso está no capítulo "Nova Era". 2- Caesar culpa o Frank, no capítulo "Distração", dizendo que este teria deixado a máquina ligada, blá blá blá, ele atira nos porcos e macacos que estavam zumbificados, etc e tal, resumindo: ele deu um chilique. Mas por quê, se foi ele que ligou a máquina, ele que 'matou' todo mundo? Isso eu explico nesse, no máximo no próximo, capítulo. 3- ué, Isa, então porque o nome do capítulo é "Distração", se o Frank não ligou a máquina sem querer? Simples, caros leitores. Ele estava tão distraído, que não ouviu o barulho que indicava que a máquina estava ligada e nem viu o aviso no computador.
Provavelmente, ninguém tinha percebido isso, mas eu percebi e me senti incomodada em não deixar as coisas claras pra vocês. Sim, eu sou aquele tipo de pessoa que gosta de botar os pingos nos i's.
Tudo esclarecido? Tudo beleza? Qualquer coisa, comentem, perguntem e façam o que quiserem, porque, afinal, eu estou aqui por vocês e quero agradá-los. Provavelmente ainda tem muitos erros, não estou pretendendo escrever alguma coisa séria, mas se vocês quiserem, eu reescrevo os capítulos quando esse livro acabar, antes de começar o 2 (pretendo escrevê-lo, pelo menos rsrsrs) Espero que gostem. Boa leitura!

~x~

Springfield, Massachussets

"Com o choque da adrenalina, tomou coragem e adentou o prédio, que seria sua tumba"

A droga já havia sido lançada há aproximadamente uma hora e o tempo não parava. Dentro de alguns minutos, se Caesar estivesse certo, todos lá morreriam e, Ilana admitia com um frio na espinha, voltariam à vida. Ela furava a multidão, até conseguir adentrar no auditório, a essa hora vazio. Pegou o elevador e foi até o último andar, já sabendo dos planos do louco que começara tudo isso, porém observou, com pesar, sua derrota. A cura já estava longe, dentro de um helicóptero, junto com o causador de toda essa desgraça. Sentiu todo o peso da culpa, dos corpos de pessoas inocentes que morreriam por sua causa, do mundo em seus ombros e caiu de joelhos no chão, ralando ambos no chão empedrado. Lágrimas escorriam soltas pelo seu rosto ao ver que todo seu esforço havia sido em vão, que seu marido poderia morrer em vão e que ela poderia não sair de lá viva. Tudo por nada. Porque a cura já estava a milhas de distância. Um grito fugiu de sua garganta, carregado com todo o ódio, a raiva, a culpa e amargura que a consumia, que fora ouvido por todo o prédio. Ilana gritou, gritou até acabar o fôlego, juntamente com sua voz, e depois, o silêncio instalou-se, quebrado apenas pelo choro fraco que saía da mulher. Pensou em cada momento que vivera, desde sua infância até agora. Lembrou-se das suas amigas de escola, dos seus namorados, dos seus pais e avós, que o tempo- infelizmente- levou, de quando conheceu Frank, do noivado e casamento, dos filhos e amigos dos filhos, das festas que já foi e que já fez, das viagens, da família distante... Refletiu e chegou à conclusão de que tudo de bom que ela poderia viver, já foi vivido. Tudo bem, não veria o crescimento dos seus filhos, os namorados de Lily, as paixões de Tate, os netos e bisnetos, mas isso era fruto das aventuras que ela vivera, e com certeza viveria de novo. Conseguia pensar em família daqui a 30 anos, quando ela beirasse os 70, comemorando alguma festa de final do ano, talvez o dia de Ação de Graças ou Ano Novo, na casa antiga de seus pais, de 2030. A imagem de seus filhos crescidos e seus netos brincado na sala de estar arrancou um sorriso de Ilana, o mesmo que a deu forças para levantar do chão. Os joelhos ensanguentados ardiam, mas não o suficiente para desviar o foco da mulher, que não os sentia. Deslizou para dentro do elevador, pensando no discurso que faria tentado alertar os Estados Unidos que o fim estava próximo. Fez uma anotação mental, lembrando a si mesma que não podia mencionar nada sobre mortos-vivos, zumbis ou que ela era uma das envolvidas, juntamente com Frank, Caesar e Pierce, sendo que este último, apenas Caesar sabia. As portas pesadas e metálicas se abriram, revelando o massacre que lá acontecia. Os policiais, que lutavam por sua vida, corriam para todos os lados, em uma tentativa falha de escapar da morte. Do lado inimigo da batalha estavam eles- sim, já haviam se passado duas horas e, o que era para ser uma bela e calma manhã de sábado, virou uma manhã sangrenta. Todos os mortos vivos, que outrora formavam o Conselho, estavam famintos e com sede de sangue, todos com a pele murcha e pálida, olhos cinzentos e leitosos, andar calmo e sereno, aparência horrível. Mas com um único e puro propósito: achar comida. Ilana estava prestes a desmaiar, quando lembrou-se do seu marido, preso na maca da ambulância. Num surto de coragem, tirou os saltos que usava e correu, literalmente, pela sua vida. O barulho que seus pés faziam ao encostar no chão era mínimo, inaudível no meio daquele estardalhaço. Tiros em massa e gritos de horror e dor podiam ser ouvidos e o som da carne sendo arrancada e triturada entre os dentes dos monstros faziam parte da sinfonia do massacre. Suas bochechas estavam vermelhas, mesmo com os 20 graus amenos daquele dia, suas pernas doíam, devido ao choque de emoções, o pânico a fazia ficar paralisada, a razão a fazia correr. Conhecia de cor todos os cantos do laboratório, mas sua mente estava embaçada e não conseguia pensar direito, então a mulher fazia caminhos aleatórios, esperando chegar em alguma saída. Seus pulmões imploravam por descanso, mas ela não iria parar até chegar ao seu marido. Ou ela pensava que não pararia, até chegar na ala das cobaias, com várias portas e uma bifurcação no final, todos os caminhos desconhecidos pela mulher. Olhando as placas, descobriu que o caminho à direita da bifurcação dava na ala das cobaias humanas e o à esquerda, cobaias animais. Não pensou muito em qual seguir, todos estariam presos em jaulas mesmo, então seguiu pelo da direita. Acalmou-se- já que estava bem longe da confusão, os tiros mal podiam ser ouvidos- e passou a andar mais devagar, mas sem afrouxar o passo. Até se lembrar de uma coisa sobre a máquina que inventara. O propósito dela era lançar curas para doenças quanto tivesse alguma epidemia no prédio, coisa que não era tão difícil, ou simplesmente para esterilizá-lo. Quando ela fosse ativada, as gaiolas das cobaias seriam abertas, e estas seriam imediatamente enviadas para o departamento médico para um check-up, junto com os funcionários, caso alguém tenha algum choque anafilático devido à quantidade de substâncias nos antídotos. Nesse caso não foi diferente, exceto por um detalhe: todos estavam mortos e todos encaravam Ilana com sede de sangue, implorando por comida. O pânico dessa vez tomara conta, mas ao invés de ficar estática, fez o contrário. Percebera que todos os mortos na sala somavam mais de cem, então não tinha muitas chances caso tropeçasse- eles estavam quase alcançando-a- e percebeu também o legado que deixara para a humanidade. Monstros por todas as partes, cheiro de decomposição e sangue, muito sangue. Eles ainda não estavam cheirando mal, acabaram de morrer, mas Ilana só conseguia imaginar quão forte seria o odor depois de duas semanas debaixo do sol. Novamente, a cientista encontrava-se correndo aleatoriamente pelo prédio, sempre seguida por predadores que queriam caçar sua refeição, porém a situação se inverteu quando achou um elevador. Em um ato de desespero, atirou-se lá dentro e apertou freneticamente o botão que fechava as grandes portas, tentado despistar a horda de mortos-vivos que a perseguia. Por um momento, achou que tinha conseguido escapar, mas um braço nojento, completamente esfolado, invadiu o cubículo, assustando Ilana e ativando os sensores acoplados nas portas, abrindo-as imediatamente. Então, tudo o que aconteceu a seguir foi em câmera lenta. Ela podia ver as centenas de olhos pairando sobre ela, mas não sentia o peso deles. Ela podia sentir sua carne sendo arrancada, mas não podia ouvi-la rasgar. Ela podia ver pessoas sem rumo, sem futuro, vagantes por aí, mas também ouvia seu passado, suas risadas de quando eram crianças, suas mães chamando-as para jantar e seus pais chegando em casa. Podia ouvi-las em uma época que tudo estava certo. Até não poder ouvir mais.

Infected- A origem (cancelado)Onde histórias criam vida. Descubra agora