Why goodbye hurts so much? Pt. 1

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Chou Tzuyu

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Chou Tzuyu

Era quarta-feira. Dia 9 de março. Não era um dia tão agradável. Brincava com a comida que serviam na cantina da escola sem nem perceber. Estava no meu próprio mundinho enquanto Momo tagarelava sem parar alguma coisa sobre o feriado dela.

— Mas é óbvio que eu não aceitei! — e então as duas riram — por que Tzuyu não riu da minha história super intrigante e engraçada? — balançou a mão sobre meus olhos para ver se eu estava acordada.

— Ah, oi? Desculpa, estava em outro lugar.

— Percebemos. No que está pensando? 

— Nada demais. 

— Momori... — Dahyun balbuciou apreensiva. 

— Ah, eu me esqueci. Me desculpa, Tzuyu. 

— Ta tudo bem, eu vou ao banheiro. Me encontrem na sala. — me levantei dali e joguei toda a comida fora. Era desperdício, eu sei. Mas era impossível comer.

A água fria recém jogada no meu rosto me fez acordar um pouco. Me olhei no espelho e era visível as olheiras de tanto estudar na noite passada. Eu não viria à escola hoje, eu nunca venho nesse dia deste mês em específico. Mas eu tinha prova, não podia faltar. 

Física quântica rodava na minha cabeça e me deixava enjoada. Hoje não era o meu dia. E se eu matasse aula? Afinal, a avaliação aconteceu no primeiro horário. Pelo reflexo do espelho, vi a janela que caberia facilmente um corpo ali, e tinha a leve impressão de que essa janela dava para a parte de trás do colégio, onde quase ninguém ia lá. Ainda faltavam vinte e cinco minutos para o intervalo acabar, era mais do que suficiente para eu pegar minha mochila e vazar.

Um post-it rosa estava colado na mesa das duas meninas, com um recado avisando que eu iria embora, mas que eu ficaria bem. Me tranquei na última cabine do banheiro e subi na privada para alcançar a janela um pouco alta. 

Enquanto jogava minha mochila para o outro lado, fiquei pensando que podia muito bem dizer que estava passando mal e sair pela porta da frente. Mas essa escola é tão enrolada que me fariam esperar até o fim das aulas para ir embora. 

Uma perna, depois a outra. Um salto baixo e uma aterrissagem no chão do outro lado. Bati diversas vezes para tirar o pó que foi pro meu moletom. 

— Merda. — murmurei. 

— Que coisa feia. Matando aula, Chou? — me virei para onde a voz veio. Era uma garota, uma roupa despojada acompanhada de um coque bagunçado, mostrava uma provável aluna que não estava nem aí para a escola, ou mesmo sua própria aparência nela. Ela tinha o cabelo tingido de rosa com a raiz castanha bem à mostra. 

Ela estava apoiada no muro enquanto fumava um cigarro. Dando uma última tragada, jogou o cigarro na grama e veio sorrindo até mim.

— Perdão, te conheço? — perguntei para a garota ali. 

Like a baby | SatzuOnde histórias criam vida. Descubra agora