Capítulo 107

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|| Amanda Prado Monteiro ||

Acordei sentindo um peso no meu corpo, abri os olhos devagar e vi a Eliza deitada em cima do meu braço.

Juro que queria saber como ela veio parar do meu lado se ela tava na ponta do lençol.

Levantei a cabeça com um pouco de dificuldade e olhei pro lado vendo que não tinha mais ninguém ali, aproveitei pra jogar a Eliza pro outro lado.

- Aí desgraça...- a Eliza resmungou alisando o braço

- Isso é pra nunca mais dormir em cima de mim.- mumurei me sentando

Ela resmungou alguma coisa que não deu pra entender, acho que ela tá mais dormindo do que acordada.

Olhei pra os lados e não vi nem a Maitê e nem o Guilherme, cocei minha cabeça e me levantei do chão.

Peguei meu chinelo e calcei o mesmo, passei a mão no meu cabelo e subi as escadas do apartamento.

Abri a porta do meu quarto e vi as malas que tinha arrumado ontem no quantinho do quarto.

Senti um aperto no meu coração ao ver tudo aquilo arrumado, respirei fundo e peguei uma toalha reserva que tava em cima da cama.

Caminhei até o banheiro e escovei meus dentes, depois disso tirei a roupa que tava vestindo e entrei no chuveiro.

Saí do banheiro enrolada na toalha e peguei a roupa que tinha escolhido ontem, vesti uma calça jeans e uma blusa colorida, coloquei um casaco quentinho rosa por cima, porque na Flórida faz um frio imenso.

Deixei meu cabelo solto e calcei meu sapato, passei perfume em mim e coloquei um colar no meu pescoço, e passei um batom claro na minha boca.

Fui no banheiro e coloquei a toalha em cima da pia, saí do banheiro e olhei ao redor do quarto que vivi muitas memórias, seja de felicidade ou de tristeza.

Eu nunca vou me esquecer de nenhum momento que vivi nessa casa, especialmente junto com as meninas. Sinto que amadureci muito ao chegar aqui, quando eu estava nos Estados Unidos, eu era fraca e tinha medo de tudo e de todos.

Mas agora eu estou mais confiante e perdi meu medo no mundo, as meninas me ensinaram que se você for ligar pra as pessoas do mundo, você não sai do lugar nunca.

E o que eu posso dizer do Guilherme, o meu Guilherme. Ele me ensinou que existe sim o amor verdadeiro, e que não podemos deixar nossos relacionamentos passados interferirem no atual. E o mais importante, ele me ensinou como amar de verdade.

Vai ser muito difícil viver sem seu abraço e o seu beijo, mas eu ainda acredito que um dia vamos viver esse nosso amor.

Passei minha mão no espelho da cama e suspirei deixando minhas lágrimas saírem.

Escutei batidas na porta e mandei entrar, a porta se abriu e fitei a Maitê na mesma, limpei minhas lágrimas e me virei pra ela.

- Como você tá?- ela perguntou pegando minha mão

- Eu tô bem, só triste por tá deixando vocês...- funguei

- Você não tá deixando a gente, só tá indo realizar seu sonho. - ela falou calma

- Não Mai, vocês fizeram tudo por mim e eu tô deixando vocês agora por nada.- meus olhos se encheram de água

- Claro que não garota, você tá indo pela sua carreira e pode ter certeza que a gente tá muito orgulhoso de ti.- ela beijou minha mão e concordei

- Eu sei, mas é tão difícil se despedir de vocês.- umideci meus lábios- Pô, cês são a minha família, a família que me apoiou em todos os momentos.

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