Capítulo 45

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||Enzo Rodrigues||

Abro meus olhos vagarosamente por causa da claridade do sol. Aqui na casa de praia fica de frente para o nascer e o pôr do sol, é simplesmente maravilhoso.

Percebo que a Maitê está dormindo abraçada comigo e também percebo que dormimos no chão ontem, nossos corpos estão cobertos por uma manta fina.

Olho pra Maitê, beijo a testa dela e começo a fazer cafuné em sua cabeça.

Como ela pode ser tão linda até dormindo?!

A mesma começou a se mexer e abriu devagar os seus olhos, ela se aconchegante mais a cabeça no meu ombro.

- Bom dia- fala sorrindo- que horas são?- ela perguntou

Pego meu celular em cima da mesa de centro e ligo ele.

- São 5 horas e 30 minutos- falei e a mesma acentiu- e bom dia pra você linda. - dou um selinho nela

- Temos que ir pra casa, preciso chegar cedo no trabalho.- ela suspirou

- Já é, tu quer tomar café da manhã aqui?- indago olhando pra ela- Se quiser posso comprar pra gente.

- Não precisa, eu tomo em casa mesmo.- falou se alevantando do chão

- Beleza. - digo simples me levanto, ela se vira de costas pra mim para vestir sua roupa- Por que tá se vestindo de costas pra mim?

- Não sei, acho que é um extinto meu, tá ligado?- ela falou e ri com a situação- Não ri, eu tô falando sério.

- Tá bom meu bem, eu entendo. - falo acabando de vestir minha roupa, vou caminhando até ela que já está vestida- Podemos ir?

- Sim, amor- ela falou sorrindo.

Coloco o cabelo dela atrás da orelha e a puxo para perto de mim deixando eles totalmente colados, aliso a bochecha dela e aproximos nossos lábios dando início a um beijo.

Desço minha mão até o seu ombro e puxo ela para deitar no sofá, deito em cima da mesma e começo a descer os meus beijos em seu pescoço, meus lábios vão novamente para o encontro com os lábios dela, começamos a se beijar novamente, nossas línguas se encontraram e dançaram em um ritmo calmo, depois nos separamos por falta de ar.

-É melhor irmos agora- ela fala com a respiração ofegante

- É, infelizmente.-digo saindo de cima dela e pegando a chave do carro

A Maitê pegou a bolsa dela e entrelaçarmos nossas mãos caminhando até o carro.

- Se de noite já era lindo, de manhã é perfeito! - ela falou entrando no carro- Seu pai arrasou na escolha dessa casa.

- Sim, aqui é maravilhoso.- falo colocando o cinto de segurança- Venho aqui quando quero esquecer do mundo.

- Bem a sua cara fazer isso. - ela falou, nego com a cabeça rindo.

- Prometo que te trago aqui outras vezes, agora vambora daqui.- digo e ela acente

Ligo o carro e meto o pé pra o apartamento da Maitê.

[...]

- Bom dia pai!- falo puxando a cadeira e me sentando na mesa

Já tinha levado a Maitê pra o AP dela e agora vim tomar café e um banho aqui em casa.

- Bom dia filho. - ele comprimenta com um sorriso

Pego uma torrada e passo doce de goiaba na mesma.

- Bom dia Rosário, como a senhora tá?- perguntei a Rosário que está trazendo o suco pra mesa

- Bom dia querido, estou bem. - ela fala colocando o suco na mesa, dou um sorriso e ela se retira

- Filho, quero trocar uma ideia contigo.- meu pai fala e concordo colocando o suco no copo- Bom, quero que você convide a sua namorada para um jantar aqui em casa amanhã.

- O que?- me engasgo com o suco

- Isso o que você ouviu, quero conhecer a Maitê- falou simples

- Pai, a dois dias atrás o senhor queria que eu terminasse com ela, e agora você quer conhecer ela?- indago confuso

- Eu mudei de ideia, vai ser bom conhecer-la- ela falou sorrindo fraco

- Eu acho que não é uma boa ideia- digo negando com a cabeça

- Por favor filho, quero me redimir contigo, me dá essa chance. - meu pai insiste mais uma vez

Isso tá muito estranho! Meu pai não esquece uma coisa tão fácil pra tá agora chamando pra um jantar?

- Eu vou ver se ela está disponível e te falo- digo com relutância

- Certo, estou a espera.- ele fala se levantando- Vou para o escritório, tchau filho.

- Tchau pai.- me despeço dele

Fico mais um tempo comendo e pensando em tudo oque meu pai falou. Depois me levanto e vou tomar um banho pra relaxar.

Termino de tomar meu banho que demorou vinte minutos, ainda bem que foi na banheira, aquecimento global tá implorando por ajuda.

Saio do banheiro com a toalha enrolada na minha cintura e vou pra o closet. Escolho uma bermuda e uma camisa azul, penteio meus cabelos e saio do closet.

- Amém Jesus! Quase não saia mais daquele banheiro.- o Lucas falou sentado na minha cama me assustando

- Medo da porra, mermão- coloco a mão no peito- como cê entrou aqui?

- Enzo- ele deu uma risadinha de leve- eu sou seu melhor amigo cara, e a Rosário me conhece desde pequeno, não tem como eu não entrar aqui.

- Verdade.- suspiro me sentando na beira da cama- Como cê tá?

- Eu tô bem, mas você nem tanto- ele fala espantado- oque que tá pegando irmão?

- Ontem eu levei a Maitê pra casa da praia, passamos a noite juntos- digo dando um sorriso de lado, o Lucas empurra meu ombro- mas hoje meu pai disse pra eu  convidar ela pra um jantar amanhã.

- E isso não é bom?- o Lucas me perguntou, revirei os olhos

- Mas tu é um retardado mesmo, né?!- digo negando com a cabeça- Meu pai nunca aceitou o meu namoro com a Maitê, não que ele tenha que aceitar algo, mas como ela é uma policial, ele nunca iria aceitar.

- Mas tu também mexe com as leis e ele também, se tu quisesse prender o seu pai já tinha prendido- ele falou colocando a mão no meu ombro

- Eu sei disso, mas isso tá me cheirando ruim.- digo suspirando- Algo em mim tá me falando que eu vou perder ela, mas eu não quero perder-la.

- Você não vai perder ela, porque vocês se amam e o amor vence tudo.- ele coloca o dedo no meu peito

- Se o amor vencesse tudo minha mãe nunca tinha me abandonado. Meu sexto sentido nunca falhou Lucas!- digo andando o quarto todo

- Eu sei- ele falou simples- tu vai chamar. ela?

- Vou né, eu quero que ela conheça meu pai- me sento colocando meus cotovelos na minha perna- de noite chamo ela. Eu só queria uma família normal cara, será que é pedir muito?

- Não, mas tu sabe que a nossa vida é assim, fica tranquilo, vai dá tudo certo. - ele falou dando um sorriso fraco

- Queria ter seu otimismo.- digo e ele revira os olhos- Vamo jogar videogame, talvez saia essa sensação do meu peito.

- Vambora. - falou pegando os controles

Fiquei jogando por um tempo com o Lucas, mas ele teve que resolver uma coisa na empresa do pai dele.

Fiquei o dia inteiro pensando em como iria ser esse jantar.

Pode ser um jantar simples e feliz ou pode ser um desastre que vai mudar as nossas vidas.

Tento tirar essas coisas ruins do meu pensamento, me deito na cama e logo adormeço

(Sextou meus leitores!🤪)

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