Capítulo 67

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||Enzo Rodrigues||

Foi muito difícil ver a Maitê perto de mim depois de longos dois meses sem ver ela e não poder correr pra abraçar e beijar a mesma .

Ela tá tão diferente, tá mais linda, não que não fosse, mas está mais do que era. Mas também percebi que ela tá mais triste e sem muito ânimo.

Saber que eu causei isso a uma mulher alegre e especial me tira o sono, me sinto um idiota por ter traído a confiança dela.

Eu tento todo os dias tirar ela um pouco da minha cabeça, mas não consigo!

A Maitê é o amor da minha vida, a mulher que faz o meu coração bater à distância de quilômetros e a mulher que fez os meus dias melhorarem.

Eu só queria voltar no tempo e fazer tudo diferente, sem mentiras, sem babaquices... Talvez se fosse assim, ela estivesse aqui comigo me fazendo feliz.

E não, não falei com o meu pai no julgamento. Eu sinto falta dele, por mais que ele fosse um homem horrível, eu sempre vou amar ele, mas ainda não tenho coragem de falar com ele.

O meu pai ficou o julgamento olhando pra mim, os olhos dele transmitiam culpa e tristeza, ele tava literalmente acabado, mas foi ele quem pediu por isso.

Já paguei o dinheiro que o juiz mandou, foi uma quantia alta, mas nada que nos abalava, por mais que o meu pai tenha roubado muito dinheiro, ele trabalhava como um bom advogado e recebeu muito dinheiro por isso.

Enquanto a empresa "Rodrigues" que era do meu pai e passou pra mim, vou fazer o máximo que consegui pra limpar o nome sujo dela, e vou fazer dela uma empresa justa e certa.

- Como foi a conversa com a Maitê?- o Lucas perguntou me tirando dos meus pensamentos

Dou uma risada fraca lembrando que tava pensando na Maitê a poucos minutos.

Já tinha passado um dia desde o julgamento dos nossos pais e chamei o Lucas pra assistir um filme comigo. Tô andando muito sozinho e ele como meu melhor amigo tem a obrigação de ser minha companhia.

- Ah cara, falei com ela muito pouco e a conversa não foi nada demais. Pareceu que a gente nem se conhecia- suspirei- aí tu me chamou e não vi mais ela.

- Eu achei ela bem triste ontem, ela deve tá sofrendo igual tu. - ele falou comendo a pipoca e concordei- Nunca mais te vi sorrindo ou sendo brincalhão igual era. A Maitê te mudou muito e te fez amar alguém, coisa que nenhuma mulher conseguiu fazer.

- Pois é mermão, só o amor pode doer assim...- suspirei e peguei a pipoca do colo dele

- Ei, eu também quero comer tá?- o Lucas falou pegando a pipoca novamente

Empurrei ele de leve e o mesmo mandou o dedo do meio.

- Coloca esse dedo no teu cu, palhaço. - falei e o mesmo deu a língua rindo

Ficamos assistindo o resto do filme de ação e descutindo pela pipoca que tava acabando.

[...]

Escutamos a campanhia da casa tocar e o Lucas me olhou confuso.

- Tu tá esperando alguém?- ele perguntou colocando as pernas na mesa de centro

- Eu não- falei calmo- vou lá ver quem é.

Ele concordou, me levantei do sofá caminhando até a porta e abrindo a mesma em seguida.

- E aí Enzito, sentiu minha falta?- minha prima Lorena falou escorada na porta

Depois de sair do choque que tava, me aproximei dela e dei um abraço apertado na mesma.

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