Capítulo 68

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|| Maitê Mendonça Albuquerque ||

Abri meus olhos pela terceira vez que o meu despertador tocava, tentei dormir mais um pouco, mas o trabalho me chama.

Meu Deus, ainda é quarta feira e já tô com esse cansaço todo!

Me levantei da cama sentando na mesma e caçando meus chinelos, caminhei até o banheiro com uma enorme vontade de vomitar.

Corri pra o vaso sanitário e coloquei tudo pra fora, lavei minha boca na pia e tirei minha roupa entrando no banheiro.

Tá cada vez mais difícil de esconder a minha gravidez, não que alguém possa esconder uma gravidez, mas não quero que as pessoas descubram agora.

Saio do banheiro e entro no closet, pego minha roupa de sempre e visto a mesma. Calcei meu tênis e fiz um rabo de cavalo no meu cabelo, o calor tá de matar aqui no Rio!

Passo um gloss nos meus lábios porque os mesmos estão ressecados e cortados, me olhei no espelho e peguei minha bolsa saindo do closet.

Peguei meu celular no criado mudo e a chave do carro colocando tudo na bolsa, apertei mais o meu cabelo e saí do quarto.

- Bom dia babies!- digo ao pessoal me sentando na mesa

- Bom dia maninha do meu coração- o meu irmão falou me abraçando de lado e revirei os olhos- como cê tá?

- Tô bem- digo simples pegando um pão- tu só vive aqui no meu apartamento agora, né?

- Fazer oque se tem as três gatas da minha vida aqui.- o Guilherme falou e a Eliza revirou os olhos tomando o café, e eu gargualhei negando com a cabeça

- Cê só vem aqui por causa da Mai e da Mandy. Se fosse só eu que morasse nesse apartamento tu não pisava aqui.- a Eliza falou colocando mais café

Oh menina que gosta de tomar café viu, acho que é por isso que ela tem tanta disposição.

Não posso falar dela, sou do mesmo jeito, a única diferença é que eu não tenho disposição.

- Com certeza você tá certa, tu é um bicho do mato, pra que eu ia vim aqui?- o Guilherme falou e eu e a Amanda demos uma gargalhada

- Vai tomar no seu cu, Guilherme!- a minha prima disse puta e o mesmo riu- Mas é uma caipora malhada mesmo hein, não sei como as meninas te aguentam.- a Eliza falou e nós caímos na gargalhada outra vez

O Guilherme fechou a cara tomando o café dele, a Eliza acabou de acordar a fera do sono profundo.

Tu se importa? Nem eu!

- Mas cês são idiotas, viu- a Amanda falou negando

- Esses aí são desde que nasceram- falei limpando a boca- e eu quem tenho que aguentar essas crianças.

- Ninguém merece.- a Amanda falou negando e concordei

- Deram agora pra ficar contra mim?- o meu irmão perguntou indignado

- Ah mermão, aqui é massacre em massa.- falei e a Mandy concordou estendendo a mão, bati na mesma- A única que podemos ficar do lado é a Eliza.

- Obrigada pela parte que me toca!- a minha prima falou colocando a mão no peito

- Agora meus amores, tô indo trabalhar- falei ajeitando a bolsa no meu ombro- é bom que cês tem vida boa, eu não tenho não. - eles riram

Me levantei da cadeira e bateu uma tontura de derrubar um, coloquei minha mão na mesa e a outra na cabeça na esperança da tontura passar.

Logo já tava rodeada de gente preocupados comigo.

- Cê tá bem?- o meu irmão perguntou com o semblante preocupado

- Tô sim, eu só me levantei rápido e deu uma tontura, mas já passou. - falei e o mesmo concordou- Eu vou pra delegacia, não precisam se preocupar comigo.

- Qualquer coisa só mandar mensagem. - a Amanda falou e concordei

Me despedi deles e saí do AP, passei no hall do prédio e comprimentei o porteiro.

Fui pra garagem do prédio e destravei meu carro entrando no mesmo, dei partida pra a delegacia.

|| Guilherme Mendonça Diniz ||

Faço cafuné no cabelo da Amanda e dou um beijo na cabeça da mesma.

Ainda estamos no AP da minha irmã, mas já estamos indo embora pro trabalho.

- Gente, eu tô indo trabalhar- a Eliza apareceu na sala falando- Mandy, tu vai com o Guilherme né?

- É sim, a gente já ta indo- a Amanda falou calma- deixa que eu fecho a porta.

A Eliza concordou e saiu deixando eu e a Amanda sozinhos.

A Amanda se levantou do meu colo e se escorou na almofada do sofá, passei o meu braço atrás das costas dela e puxei a mesma pra um abraço, coloquei meu queixo na cabeça da mesma e suspirei.

- Oque foi, hein?- ela perguntou me olhando

- Nada, só tô preocupado com a Maitê- falei alisando o ombro dela- ela tá estranha a algum tempo e agora ela teve essa tontura do nada.

- Cê sabe que a sua irmã terminou um relacionamento com o amor da vida dela a pouco tempo né?- ela falou e concordei- E da tontura, a pressão dela pode ter baixado ou pode ser ela que se levantou rápido demais.

- É, cê tem razão. - falei e a mesma sorriu

- Eu sempre tenho razão querido.- a Amanda mandou um beijo no ar e aproveitei pra roubar um beijo da mesma- Isso não valeu!- ela falou com a respiração ofegante

- Nesses casos vale tudo, meu bem- falei e a mesma deu de ombros deitando a cabeça no meu peito- Hoje cê tá disponível a noite?- perguntei abraçado com a mesma

- Aham, por quê?- ela mumurrou com as mãos entrelaçadas no meu ombro

- Porque nós vamos jantar hoje- falei e a mesma me olhou confusa- bom, não vai ser em um restaurante, mas vou cozinhar uma comida pra nós no meu AP.

- Hum, oque cê tá aprontando hein?- a Amanda perguntou desconfiada e neguei com a cabeça

- Nada meu bem, só quero jantar contigo. - falei e a mesma concordou desconfiada- Agora vamos trabalhar, já tá na hora.

- Vambora. - a Amanda falou pegando na minha mão e se levantamos do sofá

Saímos do AP e a Amanda trancou a porta do mesmo. Chamamos o elevador e o mesmo chegou, entramos nele e fomos pra a hall do prédio.

Comprimentamos o porteiro e fomos de mãos dadas até o meu carro, abri a porta pra ela como de costume e a mesma entrou nele, dei a volta entrando no carro e meti o pé pra a loja que a Mandy trabalha.

[...]

Estacionei o meu carro em frente do hospital e saí do mesmo, travei ele e caminhei pela hall do hospital.

Já tinha deixado a Amanda na loja e vim direto pra o hospital, graças a Deus cheguei na hora.

Ainda não me conformei com a história da Maitê, a minha irmã tá muito estranha e eu vou descobrir oque tá acontecendo.

Hoje finalmente vou pedir a Mandy em namoro, já tá mais do que na hora né?

Por mim já tinha pedido, mas decidi da um tempo pra ela se sentir confortável e segura comigo, não vou deixar ela passar por tudo oque ela passou com aquele ex namorado dela.

Ela me faz bem e me faz feliz, não consigo mais viver sem aquela garota na minha vida!

- Bom dia Doutor Guilherme, já estão chegando os seus pacientes. - a Luísa que é a repisionista aqui no hospital falou

- Certo Luísa, já vou atender eles.- falei e a mesma concordou

Caminhei até a minha sala e entrei na mesma, peguei meu paletó e vesti o mesmo.

Sentei na minha cadeira e fiquei esperando meus pacientes chegarem.

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