Capítulo 120

29 2 0
                                    

|| Amanda Prado Monteiro ||

Terminei de fechar minha mala e coloquei ela no chão de volta.

Disse a Eliza que ia pensar na proposta dela, mas não prometi que não ia voltar. Ela vai ficar puta, mas vai entender porque eu fiz isso.

Mas pô, eles são a minha família! Não posso ficar longe nesse momento tão delicado.

Conversei ontem com o Brad, que é o meu chefe, e ele me liberou por duas semanas. Ele falou que entendia meu momento, mas não podia dá mais do que 15 dias.

E eu fiquei muito grata a ele por isso, não é todo mundo que compreende as necessidades dos outros, e também tenho certeza que a Maitê já vai tá de volta nesses dias.

Não falei nada que tava voltando pro Brasil ao Guilherme e muito menos a Eliza, eles iam me mandar ficar aqui.

Peguei minha bolsa em cima da mesa de mármore e peguei minha mala segurando ela com a mão, saí do quarto e desci as escadas do apartamento que estou morando.

- Já tá indo?- a Maressa perguntou chegando na sala

Ela é a modelo que divide o apartamento comigo e também é brasileira. Eu gosto dela, ela é uma ótima pessoa e uma boa companhia.

- Já sim.- mumurei me aproximando dela

- Vou sentir sua falta. - falou me abraçando

- Eu também, mas jaja eu tô de volta pra encher teu saco. - falei e ela riu negando

- Boa sorte lá no Brasil, espero que sua amiga fique bem. - ela falou e eu concordei mordendo meu lábio

- Se Deus quiser, ela vai ficar...- mumurei e ela deu um sorriso fraco

- Vamos, eu vou te levar no aeroporto. - ela pegou minha mala

- Sabe que eu te amo, né?- entrelacei minhas mãos e ela fez cara de deboche- Vambora!

Saímos do nosso apartamento e entramos no elevador, passamos pela hall do prédio e caminhamos até o carro dela.

Entrei no Fiat da Maressa e esperei ela fechar o porta malas, ela entrou no carro e deu partida pra o aeroporto.

[...]

Paguei o motorista do uber e saí do carro, esperei o motorista tirar minha mala do porta malas e me despedi dele.

Entrei no prédio que o Guilherme mora e caminhei até a recepção.

- Boa noite dona Ana.- comprimentei a porteira do prédio

- Boa noite menina.- ela falou supresa- Quando tempo não te vejo por aqui!

- Tava em viagem à trabalho.- falei calma e ela assentiu- Eaí, vai me liberar a passagem?

- Claro menina- ela falou com a voz doce- Quer que eu avise a ele? O Guilherme anda muito tristonho a dias.

- Não precisa, eu quero fazer uma surpresa. - falei e ela concordou me liberando

Ajeitei minha bolsa no meu ombro e caminhei até o elevador colocando ele pro andar que o Guilherme mora.

Saí do elevador e caminhei até o apartamento do Gui, parei em frente da porta e suspirei fundo tocando a campanhia.

Mordi a pontinha do meu lábio e ouvi a porta se abrindo. Fitei o Guilherme de calça moletom e sem camisa mostrando aqueles músculos que eu adoro nele.

- Amanda? Que cê tá fazendo aqui?- ele perguntou supreso

- Não vai me dar nenhum abraço?- indaguei abrindo os braços- Eu também tava com saudades.

Ele fechou os olhos balançando a cabeça e me pegou pela sintura, girando no ar.

O Guilherme me colocou no chão e colou nossas testas, arranhei de leve a nuca dele e aproximei nossas bocas iniciando um beijo cheio de saudades.

- Você é louca.- ele falou mordendo meu lábio inferior e eu ri

- Sou a louca que tu ama!- roubei mais um selinho dele e entrei no apartamento

O Guilherme pegou minha mala e fechou a porta do AP, peguei na mão dele e puxei ele do sofá, fazendo com que ele deixasse a mala em um canto da sala.

- Cê não tava nos EUA ontem?- ele perguntou se sentando no sofá

- Eu tava, mas entrei no avião hoje de manhã. - tirei minha bolsa do meu ombro e coloquei ela no braço do sofá

- E por que a senhorita não me disse?- ele perguntou me puxando pro colo- Eu teria ido te pegar no aeroporto.

- Do mesmo modo que cê não me contou que a Maitê foi sequestrada. - falei olhando nos olhos dele, que negou com a cabeça- Não adianta falar que queria me proteger, eu tinha o direito de saber!

- Desculpas, tá tudo conturbado esses dias.- ele suspirou e eu concordei colocando meu queixo no ombro dele- Eu só soube depois de um dia, tava de plantão.

- Como cê tá?- perguntei fazendo carinho na cabeça dele e ouvi um suspiro do mesmo

- Tô mal pra caralho, ela é a minha menininha, sabe?- ele falou e eu concordei- Não gosto de nem imaginar oque ela tá passando na mão dele.

- Eu também não, mas a Mai é forte e vai conseguir passar por isso.- mumurei beijando a testa dele

- Obrigada por tá aqui comigo- ele mumurrou beijando meu cangote- já tava ficando louco de tá aqui sem poder fazer nada. Fui até afastado do hospital por uns dias.

- Eles fizeram bem, cê não tá com cabeça pra trabalhar- falei depositando um beijo no seu nariz e ele concordou

- Quer ir pra cama?- ele perguntou e eu concordei fechando os olhos- Então bora lá.

Me levantei do colo dele e arrumei meu cropped, o Guilherme se levantou do sofá e sem mais e menos, me pegou no colo.

- Guilherme, oque cê tá fazendo?- perguntei  segurando no pescoço dele

- Cê deve tá morta dessa viagem, só tô fazendo uma caridade.- ele mumurrou e eu ri dando um selinho nele

- E a minha mala?- perguntei olhando pra a mala

- Deixa ela aí, amanhã eu pego.- ele falou calmo e eu assenti

O Guilherme subiu as escadas do apartamento e me levou no colo pro quarto dele.

- Cê é pesada, viu.- ele mumurrou cansado

- Pensei que tu era mais forte! Pra um médico que faz exercícios todos os dias, cê ta fraco. - tirei onda com a cara dele

Ele revirou os olhos e me entregou uma camisa dele. Tirei minha roupa colocando em cima da poltrona do quarto dele e vesti a camisa que ele tinha me dado.

Me aproximei da cama vendo o Guilherme já deitado nela e me deitei do outro lado da cama.

Senti a mão dele rodear minha sintura e me virei pro lado dele.

- Eu te amo...- mumurei dando um beijo calmo nele

- Eu também te amo.- ele falou com a voz rouca

O Guilherme se virou ficando de barriga pra cima e eu coloquei minha cabeça no peito dele, sentindo os batimentos cardíacos do mesmo. Senti a mão dele fazendo cafuné na minha cabeça e fechei os olhos adormecendo em seguida.

Sempre Foi Você...Onde histórias criam vida. Descubra agora