Capítulo 11

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||Maitê Mendonça Albuquerque||

Estamos a mais de 1:00 hora e 30 minutos na estrada, a Eliza está em seu sono profundo, ela tomou dramin se não iria vomitando a viagem inteira, é impressionante, ela viaja a muito tempo e seu organismo nunca se acostumou.

Já o Pingo que está se recuperando muito rapidamente, está na cadeirinha atrás, diferente da Eliza.

Ele não pregou um olho desde que nós saímos de Niterói, está só observando a paisagem, falando na cachora ela acordou agora.

- Já chegamos?- perguntou abrindo os olhos, balancei com a cabeça que não- Quanto tempo eu dormir hein?- perguntou novamente, além de vim dormindo o caminho inteiro só sabe fazer perguntas! Aff

- Literalmente você está dormindo desde que saímos de casa- falei e ela se espreguiçou- é bonito pra senhorita, me acorda de madrugada e ainda dorme mais dá metade do caminho!- indaguei e ela deu de ombros, COMO SEMPRE.

- Mana, tu sabe muito bem que dramin da muito sono- deu uma pausa- ou tu queria que fosse vomitando o caminho todo no seu carro maravilhoso?- perguntou e eu neguei.

- Então para de presepe e vamos ligar esse som pra animar o ambiente- disse ligando o som

A Eliza pode me irritar todos os dias, mas não vivo sem aquela louca! Ela é o meu ponto seguro, pra quem posso contar tudo e quando éramos pequenas, sempre cuidava dela quando minha tia Laura me pedia, vulgo eu adorava, posso dizer que sou como uma "mãe" pra ela, mesmo que temos a mesma idade, sou mais velha alguns meses.

Em poucos minutos que Eliza ligou o rádio, começou a tocar uma música, mas não era qualquer música, era HUMAN a nossa música!!

🎶Talke a look in the mirror
And what do you see
Do you see it cleare
Or are you deceived
In what you believe
'Cause I'm only human after all
You' re only human after all
Don't put the blame on me
Don't put the blame on me🎶

Eliza começou a dançar e pular no carro e o Pingo balançando o rabo- Take a look in the mirror, and what do you see do you see it clearer or are you deceived- cantou, ou melhor, berrou fazendo seu pulso de microfone.

Parou colocando sua mão sobre a minha boca, que logo comecei a cantar- In what you believe 'cause I'm only human after all
you're only human after all don't put the blame on me don't put your blame on me.

Esperamos o refrão e contamos uníssono- Some people got the real problems some people out of luck some people think I can solve them lord heavens above i'm only human after all i'm only human after all don't put the blame on me don't put the blame on me.

Fomos o resto do caminho todo assim, cantando e dançado, como era bom tá na sua companhia.

[...]

Finalmente chegamos em Angra dos Reis, peguei as nossas mochilas no porta-malas do carro enquanto Eliza pegava o cachorro, percebi logo o carro do meu irmão o que me deixou saltitante.

Fomos surpreendidas com os nossos avós nos esperando com dois buquês de flores, que os mesmos tinham feitos- Vovô, vovó!- corri com Eliza em sua direção e abracei-os.

- Olá meus amores!- minha vó Mariana disse depositando dois beijos em nossas cabeças- como foi a viagem?- perguntou

- A viagem foi ótima vó- Eliza respondeu saindo do abraço- estávamos com muitas saudades de vocês.

- Nós também estávamos morrendo de saudades das nossas bebês- agora foi a vez do meu vô Afonso falar- e como vocês cresceram hein!- falou e nós rimos

- Onde estão os nossos pais?- perguntei olhando para dentro da casa- não estou vendo eles. - fiz uma cara triste

- Eles estão lá dentro crianças- meu vô respondeu, ela adora nos chamar de criança e concordei

Fomos direto para dentro da casa procurar-los quando fui interrompida por um homem alto, meio forte e com cabelos pretos, já sabia que era o meu irmão Guilherme.

- Não vai me cumprimentar irmãzinha?- pergunto e não respondi nada, só pulei em seus braços e o mesmo me acolheu em uma abraço quente e cheio de saudades

- Que saudades que tava de tu, seu bosta- falei ainda no abraço e ele riu

- Também estava morrendo de saudades do meu palito da macarrão- meu irmão falou saindo do abraço, revirei os olhos e ele caiu na gargalhada. Palhaço!

- Oi pra você também seu fitness bombado- falou Eliza batendo em seu braço e eu como sempre só rir- nem fala com a pessoa, cuidado pra não cair com sei salto alto de grife- ironizou e o mesmo puxou pra um abraço

- Sei que tu tava morrendo de saudades de mim- meu irmão falou e ela revirou os olhos, mas contribuiu o abraço- tu sabe que eu te amo sua vaca debiloide!

- Vai se fuder Guilherme- minha prima falou- também te amo carai.

Fui procurar meus pais e curti o meu dia inteiro com a minha família, esse com certeza vai ser um dos melhores finais de semana da minha vida!

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