Capítulo 41

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||Enzo Rodrigues||

- Eu não vou repetir mais oque já disse um milhão de vezes!- falo sem paciência

Estou em casa no escritório do meu pai ouvindo ele e o pai do Lucas tentando nos convencer à entrar novamente pra a lavagem de dinheiro. Já tô de saco cheio disso!

Hoje teve uma operação policial lá no morro onde o Conrada tava, ele fez negócios com meu pai pra entrar e desviar dinheiro, aí o querido foi preso e pode abrir a boca pra falar tudo.

- Filho, nós já sabemos que vocês dois não querem entrar- meu pai apontou pra eu e o Lucas- mas se vocês não atrapalharem os planos da policia, todos nós vamos ser presos.

- Problema de quem tá envolvido, vocês sabiam que um dia isso ia dar merda e continuaram!- digo com raiva

- Eu sei que é difícil de entender, mas estamos em uma situação muito complicada e vocês tem o dever de nos ajudar, somos os seus pais.- o Carlos, pai do Lucas diz andando de um lado para o outro

- Com todo respeito senhor Carlos, não te chamei na conversa, estou discutindo com o meu pai a merda que você e ele fizeram- falo passando a mão no meu cabelo, meu pai me repreende com o olhar

- Filho, mas respeito com o Carlos, por favor- meu pai pede, reviro os olhos

- Se me derem licença de falar- o Lucas fala, olhamos pra ele. Eu tava achando que ele era mudo- eu acho que o Conrada não é tão burro assim, se ele falar quem tava envolvido nesse esquema, não é só vocês que se ferram, ele também se ferra.

- Valeu cara- coloco a mão no ombro dele- pelo menos um que tem raciocínio.

- Nós também pensamos nisso filho- meu pai fala com os cotovelos no joelho e a cabeça baixa- mas isso não é seguro, é tu sabe muito bem disso, a policia faz coisas que ninguém imagina, ele pode ceder e contar a verdade.

- Não posso discorda disso, porque é verdade, mas oque temos que fazer agora é esperar pra ver oque vai dar- falo me alevantando- agora vou sair, preciso de um tempo pra raciocinar isso tudo.

- Já vai correr pra os braços da sua namoradinha- meu pai fala e depois da uma risada- aproveita e tira algumas informações dela, porque quando ela descobri isso tudo, ela nunca mais vai olhar pra tua cara- aperto a minha mão na forma de controlar a minha raiva

- Quer uma carona, Lucas?- indago ao meu amigo ignorando meu pai

- Já é, vambora.- ele fala e concordo

Saímos da sala sem falar nada, pego a chave do meu carro e confiro se meu celular tá no meu bolso. Saímos pela porta principal e fomos caminhando até a garagem.

- Será que tamo fazendo o certo?- o Lucas indagou entrando no carro

- Pode crê que estamos- falo colocando o cinto de segurança- pra onde tu vai?

- Pode me deixar em casa mesmo- fala simples- tenho coisas pra resolver.

- Fechou.- digo dando partida no carro

Fui deixar o Lucas na casa dele e depois dei partida pro AP da Mai, a casa do Lucas era longe do AP dela, então vai demorar um pouco.

[...]

Chego no AP da minha nega, estaciono o carro e vou para hall do prédio, comprimento o porteiro e chamo o elevador.

Caminho até a porta que ela está morando e toco a campanhia, no mesmo estante escuto um "já vai" e fico esperando a porta ser aberta.

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